Todos os impérios têm um fim. Por
vezes tudo ocorre muito rapidamente e a agonia é breve. Outras vezes, começam
por surgir sinais quase imperceptíveis de decadência. Rombos nas longínquas
muralhas que não são reparados nem notados no coração do império. Mas para lá das
muralhas, bárbaros atentos perscrutam Procuram linhas de fraqueza e brechas. É então por aí que decidem invadir o território abandonado e descuidado pelos seus antigos ocupantes. Aí, no limiar do império,
os bárbaros apercebem-se da fraqueza que invadiu o coração império. Apercebem-se que o tempo começou a correr a seu favor.
Pressentem que mais tarde ou mais cedo atingirão as imediações da capital imperial
onde irão erguer as suas tendas. E a partir daí darão a última estocada no touro moribundo.
Hoje, as muralhas que cingem os
impérios já não são feitas de pedra. São feitas de presenças e projecções de
forças - vasos de guerra, bases militares, territórios ocupados, etc. - nos lugares mais distantes do planeta. A retirada dessas forças é um
sinal de fraqueza e decadência imperial.
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