Hoje, pleno dia de Primavera e
Dia Mundial da Poesia, deixo aqui um poema que alia o melhor destes dois mundos.
É de um amigo da blogosfera que já não aparece há cerca de cinco semanas, mas
que disse um dia que não nos inquietássemos com a sua ausência, se fosse
demorada, pois provavelmente estaria em viagem e que renasceria na Primavera como a folhagem do jardim e a luz que se
derrama na cidade de Lisboa ao respiro da liberdade.
Primavera
Tudo o que sempre quis foi conhecer
um a um os mistérios do teu rosto
e sem medos nem pressas percorrer
os recantos secretos do teu corpo.
Tudo o que sempre quis foi recolher
ao abrigo seguro do teu porto
e para sempre aí permanecer
sem sombra de pecado ou de desgosto.
E agora que te tenho, Primavera,
quero que sejas minha por inteiro
após longa e dolorosa espera,
pois consegui furar o nevoeiro
e de todo esquecer-me de quem era,
meu amor de raiz, amor primeiro.
Torquato da Luz, Espelho Íntimo
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