Sabemos que Thatcher quebrou a
espinha aos sindicatos dos mineiros do carvão, depois de quase um ano de luta e
de greve. Sabemos que Thatcher é um modelo para pequenos neoliberais
provincianos como nosso primeiro-ministro (o provinciano ditador Salazar, como sabemos, é outro modelo seu). Quererá ele mostrar músculo face aos professores, elegendo
uma classe profissional para mostrar como se faz? Com a sua teimosia e irredutibilidade
em não querer alterar a data de um exame para outro dia, como lhe sugeriu o
colégio arbitral, parece querer manifestar uma posição de força face aos
sindicatos e a um grupo profissional que os políticos dos partidos do “arco da
governação” se habituaram a apoucar e desvalorizar socialmente, como se vê pelo
trato que lhe dão quando governam e não pelas palavras mansas que lhe dirigem,
quando estão na oposição.
Nem Passos é Thatcher, nem os
professores são mineiros do carvão. Se ele se julga uma espécie de “dama de
ferro” à portuguesa, ou se intenta querer seguir-lhe o exemplo, ou ainda, se sonha
ser assim, está muito equivocado.
Passos será sempre uma versão de plástico, que é mais barato (nas palavras de O'Neill).
Passos será sempre uma versão de plástico, que é mais barato (nas palavras de O'Neill).
Sem comentários:
Enviar um comentário