sábado, junho 15, 2013

O nosso “thatcherzinho”

Sabemos que Thatcher quebrou a espinha aos sindicatos dos mineiros do carvão, depois de quase um ano de luta e de greve. Sabemos que Thatcher é um modelo para pequenos neoliberais provincianos como nosso primeiro-ministro (o provinciano ditador Salazar, como sabemos, é outro modelo seu). Quererá ele mostrar músculo face aos professores, elegendo uma classe profissional para mostrar como se faz? Com a sua teimosia e irredutibilidade em não querer alterar a data de um exame para outro dia, como lhe sugeriu o colégio arbitral, parece querer manifestar uma posição de força face aos sindicatos e a um grupo profissional que os políticos dos partidos do “arco da governação” se habituaram a apoucar e desvalorizar socialmente, como se vê pelo trato que lhe dão quando governam e não pelas palavras mansas que lhe dirigem, quando estão na oposição.

Nem Passos é Thatcher, nem os professores são mineiros do carvão. Se ele se julga uma espécie de “dama de ferro” à portuguesa, ou se intenta querer seguir-lhe o exemplo, ou ainda, se sonha ser assim, está muito equivocado.

Passos será sempre uma versão de plástico, que é mais barato (nas palavras de O'Neill).

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