Assad é um criminoso contra a humanidade.
É Ban Ki-Moon, o Secretário-geral das Nações Unidas que o diz, e não um
perigoso imperialista desejoso por alargar a esfera de influência do seu
império. O que se deve fazer então em relação ao criminoso? Cruzar os braços e
deixá-lo à solta? Vamos advogar que é um problema sírio, eles que se entendam?
Que se matem uns aos outros? Parece-me que não: é um
problema da humanidade, um problema planetário e portanto, um problema nosso.
Já não vivemos no tempo do Rei Creso, nem na Idade Média europeia, em autarcia, fechados nos nossos feudos.
Quando nem uma só bala tinha
ainda sido disparada e um só corpo tombado nas ruas de Damasco, quando o
exército da Síria estava unido e o conflito não se tinha avolumado como uma bola
de neve, Assad, por ter toda a força do seu lado, tinha o dever moral de evitar
a guerra. Preferiu outro caminho e deixou que se avolumasse o conflito. O
resultado está à vista.
Estou perplexo com a posição das
esquerdas portuguesas, contra Obama, aparentemente por
cegueira ideológica: parece que, para as nossas esquerdas, todo o vento que
sopra da América é mau, independentemente das razões que lhe assistem, quer sejam justas
ou não. Como se Obama fosse um falcão ávido de sangue, um Bush. Curiosamente as
posições das esquerdas assemelham-se às posições da extrema-direita fascista,
basta ler as opiniões dos blogues dessa área, que defendem os regimes de Assad
e de Putin. Ironias da história.
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