
Mas no ministério educativo de
Sócrates nem tudo foi mau: distribuiu computadores pelos alunos e professores
- os famosos Magalhães, entre outros -, inclusive a alguns que nunca tinham
utilizado um, e equipou escolas. Diminuiu o número máximo de alunos por turma e
abriu a escola aos adultos – os famosos Cursos de Educação e Formação e os cursos
de Educação e Formação de Adultos, enquadrados pelo programa Novas Oportunidades. Introduziu o ensino
do Inglês no Primeiro Ciclo, alargou a rede pública de educação Pré-escolar. Além disso, investiu nalgumas escolas
reparando-as, modernizando-as, dotando-as de novos equipamentos, …Pelo menos era
essa a intenção, até chegarem os delinquentes.
Os delinquentes chegaram e
pararam tudo – não havia dinheiro, diziam – e ao invés de investirem na Escola Pública, desinvestiram. Agravaram as condições de trabalho nas escolas públicas, aumentaram o número de tempos lectivos nos horários dos
docentes, aumentaram o número máximo de alunos por turma (quando o Governo
anterior, o tinha diminuído). E, contrariando as orientações do memorando da troika (porque aqui lhes convinha), aumentaram a transferência de dinheiros públicos para os colégios privados –
para isto já havia dinheiro.
São delinquentes, pois claro,
porque a sua intenção evidente é a de favorecer negócios privados, que envolvem empresas
de amigos, conhecidos, influentes e grupos de interesse dos colégios privados. Para estes
delinquentes é preciso que a Escola Pública e a Universidade Pública se degradem, para que a Privada se torne mais apelativa, apetecível e lucrativa. Para estes
delinquentes, o ensino e a educação escolar são ainda um rico filão à espera de
ser explorado. Há que prepará-lo para a rapina.
Sem comentários:
Enviar um comentário