“A questão da Rússia está a mostrar que o diálogo entre culturas não deve ser baseado na tolerância, mas sim no
respeito. A tolerância só é precisa para aquilo de que não gostamos.”
Adriano Moreia, entrevista
ao Jornal “i”, 26 de Julho de 2014
Grande Adriano! Daqui lhe tiro o
meu chapéu.
Assim é, até nas relações
pessoais. Pergunte-se o leitor: se prefere ser tolerado ou respeitado, não
podendo escolher as duas?
Aqui preferimos ser respeitados,
acima de tudo, ainda que não nos tolerem. E para sermos respeitados é preciso
darmo-nos ao respeito. E como é essa história de nos darmos ao respeito? É
simples. Miguel Esteves Cardoso, coloca esta questão muito claramente numa obra sua:
“Para haver respeito, temos de nos fazer respeitar. Tem de ficar tudo
dito e exprimido…”
Miguel Esteves Cardoso,
Como é Linda a Puta da Vida, Porto Editora,
2013, pag. 34
Tem de ficar tudo dito e exprimido.
O respeito é um valor mais
elevado que a simples tolerância, e portando deve ser ele a reger o diálogo,
entre culturas e entre pessoas. E nesse diálogo, tudo tem de ficar dito e exprimido.
A entrevista de Adriano é rica e
pedagógica. Votaremos a falar dela.