Recorrer à “linha da troika” para recapitalizar um banco é
recorrer ao dinheiro do Estado Português. Dinheiro que foi emprestado ao Estado
português e cujos juros têm de ser pagos pelo Estado português. Pelos
contribuintes. Na verdade, os contribuintes já estão a pagar pelos empréstimos
contraídos e que constituem um fundo para salvar bancos em aflição devido à
gestão danosa dos seus gestores, que, esses sim, quiseram dar passos maiores do
que as suas próprias pernas – por outras palavras, quiseram viver acima das
suas possibilidades.
Os contribuintes serão no futuro chamados
à pedra? A ver vamos. Já se apronta o argumentário do risco sistémico. E o “buraco”
está aí para justificar futuros cortes no rendimento disponível dos contribuintes
portugueses.