domingo, março 22, 2015

Cofres cheios, bolsos vazios.

Diz a nossa alegre, jocosa e ufana, Ministra das Finanças, que os cofres do Estado estão cheios.

Parabéns! Arrebatada proeza, a alcançada!

Os cofres estão cheios e os bolsos vazios.

E sempre as palavras de O'Neil a ressoarem-me na cabeça: ah, Portugal, Portugal, se fosses só três sílabas de plástico, que era mais barato!

***

Vejo por aí um cartaz  com o dito "Acima de tudo, Portugal!" Portugal über alles! Pois claro.

Mas afinal o que é Portugal para esta gente?

Não deveria rezar o cartaz "Acima de tudo, os Portugueses!"? Vindo de quem vem, admirar-me-ia, se ousassem a tanto.

Está mais do que claro que para esta gente Portugal não são os portugueses.

Afinal Portugal tem os cofres cheios e os portugueses, a larga maioria, tem os bolsos vazios. 

2 comentários:

  1. Tende a realidade para o que se segue,

    cofres e bolsos e bancos vazios, a menos, que algo os detenha. Pode parecer contrassenso
    mas havendo uma diferença entre cofre e offshore
    estes irão estar a abarrotar de dinheiro, penso

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  2. Quando se vai às compras, por vezes, o vendedor procura convencer o comprador a pagar, não a pronto pagamento, mas sim a prestações... leia-se... um banco deveria ganhar alguns juros com aquela compra.
    .
    Uma ministra das finanças falou em 'cofres cheios'... e qual foi a reacção de certas marionetas: "a ministra está a ter uma atitude fascista!"
    Quer dizer, na óptica de certas marionetas, (como alguns ditadores tinham os 'cofres cheios') uma pessoa que queira ter uma 'reserva', e que queira fazer poucos empréstimos (pagando juros baixos por eles), é um fascista.
    Na óptica de certas marionetas, não ter uma 'reserva', andar a fazer constantemente empréstimos (pagando juros altos por eles), andar constantemente de renegociação em renegociação da dívida, é que é uma coisa de democrata!!!



    ANEXO:
    Por muitos mestres-em-economia que existam por aí... quem paga não pode deixar de ter uma palavra a dizer!!!
    .
    Ora, de facto, foram mestres anti-austeridade [com o silêncio cúmplice de (muitos outros) mestres/elite-em-economia] que enfiaram ao contribuinte autoestradas 'olha lá vem um', estádios de futebol vazios, nacionalização do BPN, etc, etc, etc...
    .
    .
    -» Votar em políticos não é (não pode ser) passar um cheque em branco... isto é, ou seja, os políticos e os lobbys pró-despesa/endividamento poderão discutir à vontade a utilização de dinheiros públicos... só que depois... a 'coisa' terá que passar pelo crivo de quem paga (vulgo contribuinte).
    ---> Leia-se: deve existir o DIREITO AO VETO de quem paga!!!
    [ver blog 'fim-da-cidadania-infantil']

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