No dia seguinte,
Seutes deitou fogo às aldeias; não ficou uma casa intacta. O seu objectivo era,
semeando o terror, fazer sentir aos
habitantes a sorte que os esperava se não se apressassem a fazer acto de submissão.
Xenofonte, A Retirada dos Dez Mil, Bertrand
Editora, Lisboa, 2014, na página 238.
(Anábase, traduzida por
Aquilino Ribeiro, que também escreveu o prefácio )
Uma metáfora!
Eis o terrorismo, oriental e
ancestral, visando a submissão de aldeões. Sempre a submissão. O diabo da
submissão.
***
E eis-nos agora, passados 2 500
anos, num mundo transformado em “aldeia global”. O mundo que habitamos, também
ele ameaçado por terroristas que visam a nossa
submissão. A submissão do mundo.
Eis a metáfora posta a nu.
***
Xenofonte narrou na Anábase a incursão e difícil retirada de
10 000 gregos ao serviço de Ciro, o Jovem, do coração do Império Persa, no reinado de Artaxerxes II.
Um movimento que durou cerca de quinze meses, no século V a.C. Uma verdadeira
epopeia.
Xenofonte |
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