Bruegel, o Velho, O Triunfo da Morte, c. 1562, Museu do Prado
Duas obras, em particular, viriam a possuí-lo [a Elias Canetti], embora com efeitos contrários. O Triunfo
da Morte, de Bruegel, parecia confirmar a
mensagem de Gilgamesh. A energia da
resistência à morte que pulsa nas numerosas figuras da composição invadiu a
consciência de Canetti. Embora a morte triunfe, a luta representada dos que a
combatem mantém uma dignidade eminente, e é ela que liga todos os homens uns
aos outros.
George Steiner
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Fonte: George
Steiner, in Robert Boyers (org.) George
Steiner em The New Yorker, Gradiva, 2010, pág. 338.