Rentes cometeu um sacrilégio. Esse, o de juntar numa só
frase, as palavras “refugiado” e “terrorismo”. O sacrilégio de pensar pela sua própria cabeça. O sacrilégio de considerar o “politicamente correcto” uma obnubilação aos que ousam exprimir livremente um pensamento claro e limpo, livre de
conspurcações ideológicas e modas correntes.
Ora um pensamento livre não se deixa agrilhoar pelo "politicamente correcto".
Cá vai:
Com os seus atentados e degolações, o
terrorismo bastaria como séria ameaça, mas mesmo sem violência, pela simples
presença e número, os refugiados contribuirão igualmente, senão para destruir a
Europa, de certeza para abalar os seus alicerces, transformar as suas
instituições, desestabilizar o equilíbrio e a variedade das sociedades que a
compõem. Os refugiados do Médio Oriente não conhecem mais do que os regimes
tirânicos e autoritários que, malgrado as suas imensas riquezas, só produzem
sofrimento, atraso e miséria.
Será então razoável esperar que gente
nada e criada nesses ambientes seja capaz, ou deseje, abraçar os nossos valores
de liberdade e respeito quando, apesar do sofrimento, eles, como muçulmanos,
consideram o seu modo de encarar a vida o único possível? E a sua religião
única e obrigatória?
Rentes de Carvalho, A Ira de Deus Sobre a Europa, Quetzal,
2016, pág. 13.
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