Venceu a União Europeia, que
precisa urgentemente de ser reformada nas suas políticas. Os eleitores franceses, e
anteriormente os holandeses, não quiseram entrar em aventureirismos que os
poderiam levar a um empobrecimento. Interiorizaram que a cisão com o projecto
europeu, o fim do Euro e da União Europeia, teria um impacto muito negativo nas suas carteiras, com as desvalorizações das moedas nacionais que então criariam e,
consequentemente, das suas poupanças. As derrotas de Le Pen, em França, e de Geert Wilders, na Holanda, devem-se às suas posições contra o projecto europeu e contra a União Europeia.
Os problemas que se colocam hoje ao
mundo transcendem a capacidade dos velhos Estados-nação para os resolverem. São
problemas transnacionais. São precisas organizações de alcance mais vasto (espaços políticos transnacionais), e reticulares (cidades globais
funcionando em rede).
Mas o fascismo de pantufas
continuará a andar por aí, pronto a ocupar o poder em França, se
Macron e a União Europeia não estiverem à altura dos desafios (as migrações ilegais
massivas, os refugiados, o terrorismo, os problemas ambientais e as alterações
climáticas, e as ameaças geopolíticas que sopram de várias direcções).
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