sábado, novembro 09, 2019

Quem quer tramar a ADSE?


No primeiro dia da semana que agora acaba, Marques Mendes, na SIC, alertou para a má gestão da ADSE pelo Governo. Mais, deu a entender que se trata de uma gestão danosa - estranhamente danosa - quando se trata de um serviço que assegura os cuidados de saúde dos funcionários públicos – os utentes – que para ele contribuem e também para os outros, que não contribuindo por o seu rendimento ser inferior ao salário mínimo nacional, a ele têm direito. No total, segundo referiu, trata-se de um milhão e duzentos mil utentes. Acontece que os que não contribuem acabam por ser suportados pelos que contribuem, não colocando o Estado um único cêntimo para suportar esse encargo, quando é da sua responsabilidade fazê-lo. Segundo Marques Mendes, o Estado deve milhões à ADSE, não compensa a ausência de contribuições dos utentes isentos, e o Governo está a ignorar, há quatro anos, um estudo do Tribunal de Contas que aponta caminhos de viabilidade para a ADSE.

Hoje, no final da semana, o economista Daniel Bessa, na sua coluna do Expresso, volta a chamar a atenção para a situação insustentável da ADSE.

Ora parece que há algo de podre no reino da Dinamarca. É caso para perguntar: quem quer tramar a ADSE? O que tem o Governo Socialista contra a ADSE? Por que razão procede a uma gestão danosa?


O envelhecimento da população portuguesa é cada vez mais marcado e o número de reformados aumentará, o que significa que os serviços de saúde serão cada vez mais solicitados e necessários. Quando se deveria esperar alguma segurança na velhice, o que os nossos governantes nos apresentam é mais insegurança e dúvida quanto a essa fase da vida em que nos encontraremos todos mais frágeis e em que seremos muitos. No horizonte, a nada ser feito, vislumbra-se o fim da ADSE e um decréscimo acentuado na qualidade da prestação dos cuidados de saúde, com efeitos na qualidade de vida de todos.

Se isso acontecer, então poderemos apontar os responsáveis pelos nomes.

1 comentário:

  1. Não é só a ADSE. Prometem que vão aumentar salários e fazem acordos com UE como este:
    O Dinheiro Vivo também já noticiou que a meta do novo Executivo é cortar o nível de despesa com trabalhadores (salários basicamente) dos atuais 10,8% do PIB para o equivalente a 10,3%, naquele que será o valor mais baixo das séries da Comissão Europeia, que remontam a 1995.
    Link: https://www.dinheirovivo.pt/economia/portugal-faz-3-o-maior-aperto-orcamental-da-europa-ate-2021-novo-banco-incluido/
    E a malta ainda acredita!

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