No primeiro dia da semana que
agora acaba, Marques Mendes, na SIC, alertou para a má gestão da ADSE pelo
Governo. Mais, deu a entender que se trata de uma gestão danosa - estranhamente
danosa - quando se trata de um serviço que assegura os cuidados de saúde dos
funcionários públicos – os utentes – que para ele contribuem e também para os
outros, que não contribuindo por o seu rendimento ser inferior ao salário
mínimo nacional, a ele têm direito. No total, segundo referiu, trata-se de um
milhão e duzentos mil utentes. Acontece que os que não contribuem acabam por
ser suportados pelos que contribuem, não colocando o Estado um único cêntimo
para suportar esse encargo, quando é da sua responsabilidade fazê-lo. Segundo
Marques Mendes, o Estado deve milhões à ADSE, não compensa a ausência de
contribuições dos utentes isentos, e o Governo está a ignorar, há quatro anos,
um estudo do Tribunal de Contas que aponta caminhos de viabilidade para a ADSE.
Hoje, no final da semana, o economista Daniel Bessa, na sua coluna do Expresso, volta a chamar a atenção para a situação
insustentável da ADSE.
Ora parece que há algo de podre no reino da Dinamarca. É caso para perguntar: quem
quer tramar a ADSE? O que tem o Governo Socialista contra a ADSE? Por que razão
procede a uma gestão danosa?
O envelhecimento da população portuguesa é cada vez mais
marcado e o número de reformados aumentará, o que significa que os serviços de
saúde serão cada vez mais solicitados e necessários. Quando se deveria esperar
alguma segurança na velhice, o que os nossos governantes nos apresentam é mais
insegurança e dúvida quanto a essa fase da vida em que nos encontraremos todos
mais frágeis e em que seremos muitos. No horizonte, a nada ser feito,
vislumbra-se o fim da ADSE e um decréscimo acentuado na qualidade da prestação
dos cuidados de saúde, com efeitos na qualidade de vida de todos.
Se isso acontecer, então poderemos apontar os responsáveis pelos
nomes.
Não é só a ADSE. Prometem que vão aumentar salários e fazem acordos com UE como este:
ResponderEliminarO Dinheiro Vivo também já noticiou que a meta do novo Executivo é cortar o nível de despesa com trabalhadores (salários basicamente) dos atuais 10,8% do PIB para o equivalente a 10,3%, naquele que será o valor mais baixo das séries da Comissão Europeia, que remontam a 1995.
Link: https://www.dinheirovivo.pt/economia/portugal-faz-3-o-maior-aperto-orcamental-da-europa-ate-2021-novo-banco-incluido/
E a malta ainda acredita!