“A natureza humana, o que quer que isso seja”, li um dia não sei onde, nem dito por quem. Perdi a referência. Talvez Agostinho da Silva… Não posso garantir. Dão-se alvíssaras a quem encontrar.
A natureza humana. Che cos'è?
Talvez os mitos nos digam mais sobre a nossa própria natureza
do que aturados filósofos, que continuam em busca do “conhece-te a ti mesmo”.
Permanecemos desconhecidos perante nós mesmos. E por muito que nos conheçamos,
nunca nos conhecemos. O que somos? Quem somos? Por que somos? A cada avanço no
sentido do conhecimento acerca de nós mesmos, um imenso desconhecido abre-se logo
à nossa frente. A cada clareira de conhecimento que desbravamos, apreendemos logo
uma imensa selva da qual não se adivinham os confins. Os seus limites, a
existirem, vão muito para além de todos os horizontes, em qualquer direcção, para
onde olhemos. Estamos perdidos à procura de nós mesmos e a busca é incessante. Por
isso não nos venham falar com tanta certeza da natureza humana. Sabemos apenas
que estamos juntos e que amamos. Talvez constitua o melhor da nossa natureza: a capacidade de amar em momentos difíceis e até adversos, pela simples compreensão das nossas próprias fraquezas.
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