sábado, julho 29, 2023

Uma religião pop, uma religião kitsch, um Papa pop e cardeais muito pops

 

De facto, é impossível fugir ao kitsch, procurando refúgio na religião, quando a própria religião é kitsch. A «modernização» da Missa católica e do Livro de Oração anglicano foi, na verdade, um processo de kitschificação; e as intenções da arte litúrgica estão, hoje em dia, contaminadas pela mesma efemeridade. As cerimónias litúrgicas comuns das igrejas constituem um testemunho confrangedor de que a religião está a perder a sua orientação puramente divina, e a converter-se ao mundo da produção em massa.

Roger Scruton (1998)

A Cultura Moderna, Edições 70, 2021 pág. 125 (destaques nossos)

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Hoje temos uma religião pop, missas pop, Papa pop, bispos pop, cardeais pop, os portugueses, burgueses até ao tutano, tolentinos & aguiares. A aparição do Papa, em qualquer lugar, é celebrada como uma efemeridade, um grande evento de marketing religioso. Esta é a Era do Mercado, que tomou conta de tudo.  


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