Sem qualquer nobreza, já não calcorreamos campos distantes, como soldados apartados da terra-mãe. Quentes nos nossos lares, confortáveis nas nossas poltronas, defronte das nossas lareiras, já não temos que lutar pela liberdade. Ela já nos foi oferecida (supostamente) numa bandeja de prata. Estamos agora demasiado acomodados, isolados e engordados, neste neoliberal século XXI. Não temos camaradas de armas com quem beber um copo e sonhar com lares distantes, deixados para trás. Não caminhamos já nas areias dos desertos, no Norte de África, de arma a tiracolo, como noutros tempos. Nem vigiamos o horizonte nas quentes ilhas do Mediterrâneo - esse mar navegado desde tempos imemoriais, por Ulisses, Eneias e outros antigos navegadores. O Mediterrâneo do passado ainda é porém, o dos nossos sonhos, e quem sabe, o do nosso futuro.
terça-feira, fevereiro 20, 2007
Século XX...Século XXI
O meu século XX teve início em 1968, após todas as tempestades do século. As guerras onde os nossos bisavôs se afundaram. O barco vogou após 1968 para águas mais tranquilas, climas quentes, mares tropicais. E hoje, perdidos neste mar, vogamos de ilha em ilha. Perdemos o tempo, ganhamos a vida...
Lassos corpos no convés, ao sol quente dos mares tropicais. Contemplamos o horizonte em busca de um ponto conhecido. O rumo da história trouxe-nos a estes mares nunca antes navegados. E por aqui velejamos, sem bússola e sem rumo. Aguardamos! Pode ser que o vento torne a soprar neste mar paradisíaco.
domingo, janeiro 21, 2007
Discurso de César às Legiões
Quando a mão cessar de agitar-se, e o lábio
de tentar falar; quando terminar
de organizar a minha destruição, e começar
a organizar meu esquecimento; quando for
coisa ou, menos ainda, a pegada de um gesto
ou, menos ainda, referência
de uma mancha muito zelosamente
apagada; quando acabem
as solúveis escórias, os destruídos
torrões, a fumarada,
de espalhar-se e afastar-se e ver-se
sumidos num fundo saco vazio; quando
nada estiver como está, como não esteve
nunca; quando já ninguém
entender nunca o que é nunca, e sempre
simule eternidades novas;
quando outros mordam o engano, ferido
o palato, e creiam a pés firmes
que estão e são, etcetera; e mais tarde,
quando já não haja nada que crer ou ninguém
que creia; quando não haja
ninguém; quando todas as récitas
acabem, se dispam os actores
de máscara e de pele, e o público
se retire e vá dormir, se apaguem
as luzes, e os ratos
busquem nas plateias
algum pedaço de chicle húmido; quando morrerem
também os ratos e os gulosos
vermes dos ratos e os pequenos
animais (ou plantas) que devoram
os vermes dos ratos; quando abatam
seu estriado prestígio os fustes; quando o brilho
se ensombre, e a sombra
se esfume; quando
tudo se suma num longo silêncio, e não haja um só
sinal para decifrar, TEREI VIVIDO.
de tentar falar; quando terminar
de organizar a minha destruição, e começar
a organizar meu esquecimento; quando for
coisa ou, menos ainda, a pegada de um gesto
ou, menos ainda, referência
de uma mancha muito zelosamente
apagada; quando acabem
as solúveis escórias, os destruídos
torrões, a fumarada,
de espalhar-se e afastar-se e ver-se
sumidos num fundo saco vazio; quando
nada estiver como está, como não esteve
nunca; quando já ninguém
entender nunca o que é nunca, e sempre
simule eternidades novas;
quando outros mordam o engano, ferido
o palato, e creiam a pés firmes
que estão e são, etcetera; e mais tarde,
quando já não haja nada que crer ou ninguém
que creia; quando não haja
ninguém; quando todas as récitas
acabem, se dispam os actores
de máscara e de pele, e o público
se retire e vá dormir, se apaguem
as luzes, e os ratos
busquem nas plateias
algum pedaço de chicle húmido; quando morrerem
também os ratos e os gulosos
vermes dos ratos e os pequenos
animais (ou plantas) que devoram
os vermes dos ratos; quando abatam
seu estriado prestígio os fustes; quando o brilho
se ensombre, e a sombra
se esfume; quando
tudo se suma num longo silêncio, e não haja um só
sinal para decifrar, TEREI VIVIDO.
(Alfonso Canales)
Etiquetas:
Alfonso Canales,
Poemas da minha vida,
Poesia
terça-feira, janeiro 02, 2007
Um Creso dos tempos modernos
Mais uma vez o passado assalta-nos a memória. Toda a glória é efémera! Essa é a lição de Creso, o rei Lídio que viveu em Sardes, no século VI a. C., e que pretendeu ser o mais feliz dos homens. Também Sadam teve destino quase semelhante. No auge do seu poder possuia esplendorosos palácios, tesouros valiosíssimos e tudo o que os seus desejos quisessem satisfazer. Nessa época julgava-se o mais feliz dos homens. Mas como narra a história, só no fim é que se faz o balanço. Só no fim um homem pode atestar da sua felicidade. A Creso salvaram-no, no último momento, da pira ardente, os deuses. O rei persa, Ciro, que o condenou, apiedou-se dele ao escutar os seus derradeiros lamentos. A Sadam, ninguém o escutou, nem os deuses vieram em seu auxílio. Fica a lição. Mais uma vez a história repete-se, ainda que, com ligeiras nuances. sábado, dezembro 16, 2006
A noite de Vincent Van Gogh

Vincent Van Gogh , A Noite Estrelada (1889)
A noite estrelada de Van Gogh é a noite assustadora. Algo se passa de estranho no céu ondulante como o mar. As estrelas parecem buracos negros no céu, aprisionando a luz em seu torno. A vila está recolhida, talvez com medo do fim do mundo, talvez simplesmente adormecida.
Definitivamente, já não se trata da antiga noite dos poetas. O elemento humano está presente e o elemento natural está alterado, distorcido. É a noite do princípio da Era Industrial. Era que deu início ao maior esforço de domínio da Natureza e transformação da superfície da Terra pelo Homem.
sexta-feira, dezembro 15, 2006
A antiga noite dos poetas
Dormem os cumes das montanhas e as ravinas,
os promontórios e as torrentes,
a floresta e quantos animais cria a terra negra,
as feras das montanhas e a raça das abelhas,
e os monstros nos abismos do purpúreo mar;
dormem também as tribos das aves,
com as suas grandes asas.
Álcman (Séc. VII a. C), in Hélade, Edições Asa, pág. 128.
Tradução da Excelentíssima Professora Maria Helena da Rocha Pereira. Grande Divulgadora da Cultura Clássica.
Álcman foi poeta nascido em Sardes, mas naturalizou-se espartano.
A noite de Álcman está repleta de elementos naturais e parece pertencer a um mundo em vias de extinção. No mundo actual, subjugado pelo elemento humano, cada vez mais omnipresente à superfície da Terra, já não dormem as montanhas, e os monstros dos abismos já não povoam a imaginação dos homens.
os promontórios e as torrentes,
a floresta e quantos animais cria a terra negra,
as feras das montanhas e a raça das abelhas,
e os monstros nos abismos do purpúreo mar;
dormem também as tribos das aves,
com as suas grandes asas.
Álcman (Séc. VII a. C), in Hélade, Edições Asa, pág. 128.
Tradução da Excelentíssima Professora Maria Helena da Rocha Pereira. Grande Divulgadora da Cultura Clássica.
Álcman foi poeta nascido em Sardes, mas naturalizou-se espartano.
A noite de Álcman está repleta de elementos naturais e parece pertencer a um mundo em vias de extinção. No mundo actual, subjugado pelo elemento humano, cada vez mais omnipresente à superfície da Terra, já não dormem as montanhas, e os monstros dos abismos já não povoam a imaginação dos homens.
domingo, dezembro 10, 2006
Nas margens suburbanas
Viver no subúrbio é viver à margem, sem ser necessariamente um marginal. No subúrbio vive-se à margem da cidade e à margem do campo, mas nunca, isso nunca, à margem da vida, nem à margem do mundo. O subúrbio agora é um lugar de liberdade, mais do que no centro da cidade, porque pertencer ao subúrbio é não pertencer a lugar nenhum e ao mesmo tempo, pertencer ao mundo inteiro. Vive-se na franja, entre a cidade e o campo, entre o país e o mundo e no meio da juventude empreendedora. A capital essa, envelhece e torna-se conservadora, porque sente o futuro escapar-lhe.
O subúrbio emancipa-se, portanto, gradualmente da cidade centro. Já lá vão os tempos em que se ia de visita à velha capital, centro do Império Ultramarino.
Agora é no subúrbio que a vida se agita e fervilha. Na verdade, o subúrbio está cada vez mais independente da cidade centro e quase já não precisa dela.
E a velha "nomenklatura" dos intelectuais da vetusta urbe ainda se julga no centro do mundo, quando mais não é do que uma espécie de tainhas que se acardumam e engordam frente às cloacas do Tejo. As suas memórias, revelam-se quando falam: sempre e ainda o Estado Novo. Mas essas vivências já não pertencem a esta nova geração ainda que nos queiram ancorar àqueles outros tempos. Parece que já não pertencem ao nosso mundo nem ao nosso tempo. Vivem já das suas memórias. Não vivem já do seu futuro. Mas isso são outras histórias.
sábado, dezembro 09, 2006
Os últimos operários do século (2)
Arrastam-se indolentes pela alba,
num mar de sirenes e ventos.
Arrastam o sono e os sonhos,
perdidos logo que o dia avança,
quando os transportes públicos avançam,
quando a vida avança.
Ao som de sirenes indolentes,
clamores fabris, chamadas ao trabalho,
aos gritos, os suburbanos...
avançam e acordam!
num mar de sirenes e ventos.
Arrastam o sono e os sonhos,
perdidos logo que o dia avança,
quando os transportes públicos avançam,
quando a vida avança.
Ao som de sirenes indolentes,
clamores fabris, chamadas ao trabalho,
aos gritos, os suburbanos...
avançam e acordam!
Os últimos operários do século.
Oiço o teu grito, manhã!
Oiço o teu grito.
Um grito estridente
de sirenes e ventos.
Anúncios distintos
de novos dias laborais.
Já arrastam o sono pela rua,
os últimos operários do século.
Oiço o teu grito.
Um grito estridente
de sirenes e ventos.
Anúncios distintos
de novos dias laborais.
Já arrastam o sono pela rua,
os últimos operários do século.
Subscrever:
Comentários (Atom)
Etiquetas
- . (3)
- 25 de Abril (14)
- Acordo Ortográfico (1)
- Açores (2)
- Adelino Maltez (2)
- Adriano Moreira (8)
- Afeganistão (7)
- Afonso de Albuquerque (1)
- África (10)
- Agamben (2)
- Agostinho da Silva (9)
- Água (1)
- Agustina Bessa-Luís (1)
- Alcácer do Sal (2)
- Alcochete (1)
- Alentejo (1)
- Alepo (1)
- Alexandre Farto (1)
- Alfonso Canales (1)
- Algarve (15)
- Alienação (1)
- Allan Bloom (1)
- Almada (1)
- Alterações Climáticas (1)
- Álvaro Domingues (1)
- Ambiente (68)
- América (2)
- Amy Winehouse (1)
- Anaximandro (1)
- Âncoras e Nefelibatas (1)
- Andaluzia (7)
- Andrew Knoll (1)
- Angola (2)
- Ann Druyan (1)
- Ano Novo (2)
- António Barreto (1)
- António Guerreiro (3)
- Antropoceno (5)
- Antropologia (3)
- Apocalípticas (1)
- Arafat (1)
- Arcimboldo (1)
- Aretha Franklin (1)
- Aristides de Sousa Mendes (1)
- Aristóteles (4)
- Arqueologia (1)
- Arquíloco (1)
- Arquitectura (1)
- Arrábida (2)
- Arte (12)
- Arte Etrusca (1)
- Astronomia (11)
- Atletismo (5)
- Azenhas do Mar (1)
- Babel (3)
- Banda Desenhada (1)
- Banksy (2)
- Baudelaire (1)
- Bauman (25)
- Benfica (3)
- Bento de Jesus Caraça (3)
- Bernard-Henri Lévy (1)
- Bernini (1)
- Bertrand Russel (1)
- Biden (1)
- Bill Gates (1)
- Biodiversidade (1)
- Biogeografia (1)
- Bismarck (1)
- Blogosfera (11)
- Blogues (3)
- Boas-Festas (1)
- Boaventura de Sousa Santos (6)
- Bob Dylan (2)
- Brasil (4)
- Brexit (5)
- Bruegel (1)
- Bruno Patino (1)
- Cão d' Água (1)
- Capitalismo (5)
- Caravaggio (2)
- Carl Orff (1)
- Carlo Bordoni (1)
- Céline (1)
- Censura (1)
- Cervantes (2)
- Charles Darwin (1)
- Charles Trenet (1)
- Chesterton (1)
- Chico Buarque (1)
- China (4)
- Chris Jordan (2)
- Cícero (3)
- Cidade (1)
- Ciência (14)
- Ciência e Tecnologia (5)
- Ciência Política (2)
- Cinema (1)
- Citações (118)
- Civilizações (9)
- Clara Ferreira Alves (4)
- Claude Lévy-Strauss (3)
- Claude Lorrain (1)
- Coleridge (1)
- Colonialismo (1)
- Colum McCann (1)
- Comunismo (1)
- Conceitos (1)
- Conquista (1)
- Cormac McCarthy (4)
- Cornelius Castoriadis (4)
- Coronavírus (7)
- Cosmé Tura (1)
- COVID-19 (3)
- Crise (2)
- Crise financeira (1)
- Cristiano Ronaldo (4)
- Cristo (1)
- Crítica literária (1)
- Croce (1)
- Cultura (5)
- Curzio Malaparte (2)
- Daniel Bessa (1)
- Daniel Boorstin (1)
- David Attenborough (3)
- David Bowie (1)
- David Harvey (8)
- David Landes (1)
- David Wallace-Wells (1)
- Dedos famosos que apontam (5)
- Democracia (7)
- Demografia (1)
- Desabafos (3)
- Descartes (1)
- Desemprego (1)
- Desenvolvimento (2)
- Desmond Tutu (1)
- Desporto (15)
- Direitos Humanos (1)
- Diversão (1)
- Don Delillo (1)
- Dudley Seers (1)
- Dulce Félix (1)
- Dürer (3)
- E.O. Wilson (3)
- E.U.A. (1)
- Eça de Queirós (2)
- Economia (69)
- Eduardo Lourenço (3)
- Educação (35)
- Edward Soja (2)
- Einstein (1)
- Elias Canetti (1)
- Elites (1)
- Embirrações (4)
- Emerson (1)
- Emmanuel Todd (1)
- Empédocles (1)
- Ennio Morricone (2)
- Ensino (8)
- Ericeira (1)
- Escultura (6)
- Espanha (2)
- Espinosa (1)
- Espuma dos dias (5)
- Ésquilo (1)
- Estado Islâmico (1)
- Estoicismo (2)
- Estranhos dias os nossos (2)
- Ética (10)
- EUA (19)
- Eugénio de Andrade (3)
- Europa (18)
- Famosos Barbudos (1)
- Fascismo (2)
- Fauna (40)
- Feira do Livro (2)
- Ferdinand Addis (1)
- Férias (2)
- Fernando Grade (1)
- Fernando Pessoa (17)
- Ficção (1)
- Ficção Científica (2)
- Fidel Castro (3)
- Figueiras (1)
- Filosofia (67)
- Finanças (1)
- Flora (11)
- Fogo (1)
- Fonte da Telha (1)
- Formosa (1)
- Fotografia (114)
- Foucault (5)
- França (5)
- Frank Herbert (2)
- Freitas do Amaral (1)
- Fukuyama (2)
- Futebol (23)
- Gabriel García Márquez (2)
- Galbraith (1)
- Garcia Lorca (3)
- Garzi (1)
- Geografia (29)
- Geologia (4)
- Geopolítica (16)
- George Steiner (14)
- Georges Moreau de Tours (1)
- Gerês (4)
- Globalização (15)
- Gonçalo Cadilhe (2)
- Gonçalo M. Tavares (1)
- Gonçalo Ribeiro Telles (1)
- Gore Vidal (3)
- Goya (1)
- Gramsci (1)
- Grandes Aberturas (8)
- Grécia (2)
- Grécia Antiga (10)
- Guadiana (5)
- Guerra (20)
- Guterres (2)
- Handel (1)
- Hannah Arendt (1)
- Harold Bloom (2)
- Hayek (1)
- Hegel (1)
- Henri Lefebvre (1)
- Henrique Raposo (1)
- Heraclito (7)
- Heródoto (5)
- Hervé Le Tellier (1)
- Hesíodo (7)
- Hillary Clinton (1)
- Hino (2)
- História (16)
- Hobsbawm (4)
- Homenagem (7)
- Homero (5)
- Horácio (4)
- Hubert Reeves (3)
- Hugo Chávez (3)
- Humanismo (2)
- Humor (1)
- Ian Bremmer (3)
- Ian Morris (1)
- Iconoclastia (2)
- Ideologia (8)
- Ignacio Ramonet (2)
- Ilíada (1)
- Iluminismo (2)
- Imigração (1)
- Immanuel Wallerstein (1)
- Imprensa (1)
- Índia (2)
- Internacional (31)
- Iraque (1)
- Islão (3)
- Israel (5)
- Jacques Barzun (1)
- Jakob Schlesinger (1)
- James Knight-Smith (1)
- Japão (5)
- Jared Diamond (2)
- Jean Fouquet (1)
- Jihadismo (1)
- Jim Morrison (1)
- Jô Soares (1)
- João Lourenço (1)
- João Luís Barreto Guimarães (1)
- João Maurício Brás (9)
- João Salgueiro (1)
- João Villaret (1)
- Jogos Olímpicos (14)
- John Keegan (1)
- John Locke (1)
- Jonathan Swift (1)
- Jorge Luis Borges (1)
- Jornalismo (3)
- José Gil (4)
- Joseph Conrad (3)
- Joseph-Noël Sylvestre (1)
- Juliette Gréco (1)
- Justiça (1)
- Kamala Harris (1)
- Karl Polanyi (3)
- Karl Popper (1)
- Kazuo Ishiguro (1)
- Ken Follett (1)
- Kenneth Clark (1)
- Kolakowski (1)
- Kropotkin (1)
- Krugman (1)
- Lana Del Rey (1)
- Langston Hughes (1)
- Laurent Binet (1)
- Lavoisier (1)
- Leituras (10)
- Leon Tolstói (1)
- Leonardo da Vinci (4)
- Li Wenliang (1)
- Liberalismo (5)
- Liberdade (5)
- Lipovetsky (4)
- Lisboa (2)
- Literatura (10)
- Literatura pós-modernista (1)
- Livros (77)
- Livros Lidos (35)
- Lorca (3)
- Lou Marinoff (1)
- Lugares de Portugal (4)
- Macaulay (1)
- Madeira (1)
- Madeleine Albright (2)
- Madredeus (2)
- Madrid (1)
- Mafalda (1)
- Málaga (1)
- Manuel António Pina (1)
- Máquinas (6)
- Maradona (1)
- Marc Augé (1)
- Marcelo Rebelo de Sousa (2)
- Marco Aurélio (1)
- Maria Filomena Mónica (4)
- Maria José Morgado (1)
- Maria José Roxo (1)
- Marilyn (1)
- Mário Soares (1)
- Marques Mendes (2)
- Marte (3)
- Martin Landau (1)
- Martin Page (2)
- Marx (8)
- Marxismo (1)
- Matemática (1)
- Máximas pessoais (3)
- Medeiros Ferreira (1)
- Media (4)
- Mega Ferreira (1)
- Melville (3)
- Memória Esquecida (6)
- Michel Houellebecq (2)
- Michel Serres (1)
- Migrações (1)
- Miguel Ângelo (1)
- Miguel de Unamuno (2)
- Miguel Esteves Cardoso (2)
- Miguel Torga (5)
- Mikhail Gorbachev (1)
- Minho (1)
- Mitologia (3)
- Moçambique (1)
- Modernidade (3)
- Montesquieu (1)
- Morin (1)
- Morrissey (1)
- Mozart (1)
- Música (20)
- Mussorgsky (1)
- Nagasaki (1)
- Naide Gomes (1)
- Nanni Moretti (1)
- Natal (4)
- NATO (1)
- Natureza (1)
- Natureza Humana (1)
- Navios (2)
- Nazismo (1)
- Nelson Évora (1)
- Neoliberalismo (70)
- Niall Ferguson (3)
- Nietzsche (9)
- Noam Chomsky (1)
- Norman Davies (2)
- Notícia (2)
- Notícias do milagre económico (2)
- Nova Iorque (1)
- Nuno Rogeiro (3)
- O Neoliberalismo no seu Estertor (19)
- O neoliberalismo no seu melhor (9)
- Obama (6)
- Opinião (3)
- Oppenheimer (1)
- OqueStrada (1)
- Orlando Ribeiro (3)
- Ortega y Gasset (10)
- Orwell (2)
- Os touros querem-se vivos (2)
- Paco de Lúcia (1)
- Padre António Vieira (2)
- Paidéia (1)
- Paisagem (28)
- Paleontologia (2)
- Palestina (3)
- Palmira (1)
- Pandemia (9)
- Papa Bento XVI (4)
- Paquistão (2)
- Para memória futura. Ambiente. (1)
- Paris (2)
- Partidas (53)
- Pascal (1)
- Patrick Deneen (1)
- Patti Smith (1)
- Paul Valéry (2)
- Pelé (1)
- Pensamentos (54)
- Peter Sloterdijk (33)
- Phil Hansen (1)
- Píndaro (1)
- Pino Daeni (1)
- Pintura (84)
- Platão (3)
- Plutarco (1)
- Poder (1)
- Poe (1)
- Poemas da minha vida (9)
- Poesia (105)
- Política (161)
- Política Internacional (2)
- Porto (18)
- Portugal (59)
- Portugal é Paisagem e o Resto é Lisboa (9)
- Portugueses (5)
- Pós-modernidade (2)
- Praia (20)
- Pré-socráticos (1)
- Presidente Cavaco (23)
- Putin (4)
- Quino (1)
- Raça (1)
- Rachmaninov (1)
- Racismo (2)
- Rafael (3)
- Rafael Alberti (1)
- Reflexões (4)
- Reflexões sobre Reflexões (1)
- Reino Unido (6)
- Relações Internacionais (4)
- Religião (28)
- Rembradt (1)
- Renoir (1)
- Rentes de Carvalho (4)
- Respeito (2)
- Revolução Industrial (1)
- Revoluções (5)
- Ricardo Reis (1)
- Richard Dawkins (4)
- Richard Rogers (1)
- Rimbaud (2)
- Robert Capa (2)
- Roberto Bolaño (1)
- Rocha Pereira (1)
- Rodin (2)
- Roger Scruton (1)
- Roma (9)
- Rússia (4)
- Safo (1)
- Sal da Língua (1)
- Salazar (2)
- Samuel Barber (1)
- Samuel Huntington (1)
- Santa Sofia (1)
- Sean Connery (1)
- Sebastião Salgado (1)
- Seca (1)
- Século XX (2)
- Séneca (4)
- Sesimbra (2)
- Sevilha (4)
- Sexta Extinção (3)
- Shostakovich (1)
- Simões Lopes (1)
- Sionismo (1)
- Síria (9)
- Socialismo (1)
- Sociedade (22)
- Sociologia (11)
- Sócrates (2)
- Sófocles (2)
- Solidão (1)
- Sólon (2)
- Sorolla (1)
- Steven Pinker (2)
- Stiglitz (1)
- Sublinhado (24)
- Suiça (1)
- Sun Tzu (1)
- Suzanne Collins (1)
- T.E.Lawrence (1)
- Tabucchi (1)
- Telavive (1)
- Telescópio James Webb (1)
- Televisão (1)
- Terreiro do Paço (2)
- Território (1)
- Terrorismo (11)
- Thomas Friedman (2)
- Thomas Kuhn (1)
- Tim Marshall (2)
- Titã (1)
- Tocqueville (1)
- Toledo (2)
- Tom Lea (1)
- Tony Judt (11)
- Transformações Sócio-Culturais (1)
- Triste País (1)
- Trump (15)
- Turquia (2)
- Ucrânia (9)
- Ulrich Beck (6)
- Umberto Eco (8)
- União Europeia (25)
- Universidade (1)
- Urbanismo (2)
- Ursula von der Leyen (1)
- Utopia (1)
- Vargas Llosa (3)
- Vasco da Gama (1)
- Vasco Graça Moura (1)
- Vasco Pulido Valente (5)
- Venezuela (1)
- Verão (9)
- Violência Policial (1)
- Virgílio (1)
- Viriato Soromenho-Marques (1)
- Vital Moreira (1)
- Vítor Gaspar (1)
- Viviane Forrester (1)
- Vulcões (3)
- walt whitman (5)
- Walter Mittelholzer (1)
- Winston Churchill (2)
- Xenofonte (2)
- Yuval Harari (3)
- Zelensky (1)
- Zizek (2)
- Zurique (1)
- Zweig (6)