quarta-feira, setembro 09, 2009

Rato Gigante

Uma equipa de filmagem da BBC está a fazer grandes descobertas na caldeira de um vulcão perdido da Papua-Nova Guiné, num lugar onde o Homem jamais pôs os pés. Consta que nem as tribos autóctones ousavam aventurar-se naquelas terras. E pela reacção dos bichos encontrados parece que é verdade: os seres humanos são-lhes completamente estranhos. Fica o filme do rato gigante, com mais de meio metro de comprimento (julgo que já tinha sido antes descoberto nas selvas da Indonésia em 2007, como se noticia aqui). Até agora ainda não se encontrou naquela área um bichano de dimensões proporcionais, mas ao ritmo das descobertas que estão a ser feitas, tudo é possível.

Para mais informações, clique aqui.

sexta-feira, setembro 04, 2009

Franklin Delano Roosevelt (1882-1945)

Franklin Delano Roosevelt (1882-1945)

quinta-feira, setembro 03, 2009

Virtudes e limitações da crítica marxista


As políticas modernistas da Esquerda tradicional constroem-se sobre a presunção de continuidades históricas, essencialmente a persistência de relações de exploração na produção capitalista e do potencial revolucionário da classe trabalhadora. Estas condições continuam a ser, em parte no presente, iguais ao que eram no passado. Mas esta revelação ou desmistificação diz-nos pouco mais de que o capitalismo todavia existe. Ainda que a crítica marxista mantenha uma intuição relevante no momento de ajudar-nos a compreender que hoje há mais do mesmo em relação ao passado, proporciona-nos muito menos profundidade no momento de ajudar-nos a entender – e a responder de uma forma efectiva – ao que hoje há de novo e diferente.

Edward Soja (2000). Postmetrópolis - Estúdios críticos sobre las ciudades y las regiones. Traficantes de Sueños. 2008. Pág. 483.

quarta-feira, setembro 02, 2009

O “socialismo” da “governação socialista”

O que impossibilitou as reformas anunciadas e esperadas da governação socialista?
É um enigma. Não sei porque é que não funcionou. Eu tive esperança…Possivelmente tem a ver com os impasses internos, como o marxismo dizia, com «contradições internas» - eu prefiro «impasses» - da própria política de modernização, que foi feita a martelo. Imposta a martelo. Que ela tenha de ser imposta de cima, muito bem, mas então que se faça ouvindo quem está por baixo, as populações, os grupos sociais, etc., para além mesmo dos sindicatos. Vamos supor uma coisa, a sinceridade: eles queriam mesmo mudar isto e começaram a martelo porque docemente não se vai lá. Simplesmente o martelo obriga a muita coisa que provoca o seu contrário e se vira contra si. Depois há aqui outros temas a desenvolver: por exemplo, o que é o socialismo desta governação socialista? Fala-se sempre numa coisa óptima que fez o Governo, que foi assegurar a Segurança Social e fala-se unicamente nisso. O resto são migalhas que estão adiadas, que não foram feitas. Então o que há aqui de socialismo? Nada.
José Gil, LER, Entrevista de José Riço Direitinho, Setembro 2009, página 24.

terça-feira, setembro 01, 2009

A Guerra

Cruzador alemão, Schleswig-Holstein

A Segunda Guerra Mundial não começou em 1941, nem em 1940, nem sequer a 3 de Setembro de 1939. Começou às 4:45 da madrugada de 1 de Setembro de 1939. Foi nesse preciso momento que o cruzador alemão Schleswig-Holstein, numa visita amigável, atacou no porto de Danzig (Gdansk) e abriu fogo à queima-roupa sobre o forte polaco de Westerplatte. Simultaneamente, ao nascer do dia, a Wehrmacht alemã atravessou a fronteira da Polónia em vinte locais diferentes – a oeste, a norte e a sul. Foi um acto de guerra não declarado: mas, sem dúvida, um acto de guerra.

Norman Davies (2006). A Europa em Guerra, 1939 – 1945. Edições 70.

A partir de então o mundo mudou, como nunca antes tinha mudado. Jamais voltaria a ser o mesmo. Fazem hoje 70 anos. Nos próximos seis anos suceder-se-ão cerimónias de lembrança, coincidindo com os principais acontecimentos dessa guerra de má memória. Felizmente neste país limitámo-nos a ouvir ao longe o troar dos canhões. Felizmente para nós, tratou-se de uma guerra longínqua, ainda que no nosso continente e no nosso oceano.

segunda-feira, agosto 31, 2009

Pós-política

A crise é tão grande e tão profunda que está literalmente em tudo e em toda a parte: nas ruas, nas conversas, num medo surdo que vai crescendo, no desprezo geral pela autoridade e na desconfiança de qualquer política.

Vasco Pulido Valente, Público, 16.08.09

sexta-feira, agosto 28, 2009

Os últimos dias de Agosto

Claude Monet (1840-1926) -A Regata de Sainte-Adresse, 1867

Música: Shostakovitch, Jazz Suite N.º 2, Valsa Lírica

quarta-feira, agosto 26, 2009

Ética e Responsabilidade

«Mas a ética é a esfera que não conhece culpa nem responsabilidade: é, como sabia Spinoza, a doutrina da vida feliz

Giorgio Agamben, O que resta de Auschwitz – O artigo e o testemunho. Homo Sacer III.

segunda-feira, agosto 24, 2009

Semper Fidelis


Fidel Castro, a fiel fortaleza, sempre fiel, está longe de ter perdido a lucidez, como muitos gostariam que fosse.

Sempre fiel aos seus princípios e à Revolução, mesmo no fim, não deixa de estar atento ao mundo. Manifestou a lucidez que não teve Hoxa ou que não tem Mugabe, ao retirar-se do Poder em Cuba. Manifestou lucidez ao receber na sua ilha o Papa João Paulo II. Mas mais do que acreditar em Deus, crê no Homem e na Revolução.

Está lúcido quando ouve Ban Ki-moon a propósito da Cimeira de Copenhaga sobre o clima, ou os generais do Pentágono, acerca da ameaça ambiental à segurança dos EUA, e preocupa-se com a sobrevivência dos pobres do mundo.

Ao receber estudantes de Direito venezuelanos referiu que jamais poderá ser revolucionário aquele que não acredita no Homem. Essa pele não cabe aos ressentidos da vida, nem aos “contentes com o mundo”. E nem as distopias em que se transformaram todas as utopias, sempre que o Homem as tentou levar à prática, o demovem da crença na Humanidade.

Eis Fidel, semper fidelis.

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