terça-feira, julho 06, 2010

Ainda sobre bárbaros, fronteiras e impérios

A diferença entre o espaço controlado e o espaço incontrolado é a diferença entra a civilidade e a barbárie.»

(…)

«Em primeiro lugar, ao longo da história da modernidade, a fronteira entre a civilidade e a barbárie nunca coincidiu com as fronteiras do Estado-nação e, menos ainda, com a circunferência partilhada da “parte civilizada do mundo” no seu conjunto. Hiroshima varreu os bárbaros “lá fora”, mas Auschwitz e o Gulag, os bárbaros “cá dentro”. (…) Em nenhum momento da história moderna foi permitido aos bárbaros ficarem em paz “ficando à porta”: eram objecto de desprezo, espiados e desenraizados de uma maneira razoavelmente caprichosa que não deixava de evocar o carácter caprichoso que lhes era, a eles, atribuído por definição.»

(…)

«Bem vistas as coisas, e talvez originariamente, houve sempre um selvagem aprisionado no íntimo de cada ser humano civilizado

(…)

«Em segundo lugar, também não é rigorosamente verdade que “a fronteira entre civilidade e violência já não pode ser encontrada no limite do espaço territorial soberano”. As guerras ortodoxas e passadas de moda “entre nós e eles” são travadas e continuarão a ser travadas durante algum tempo mais sob as bandeiras da santa cruzada da civilização contra a barbárie, da paz contra a violência.»

Zygmunt Bauman (1995). A Vida Fragmentada, Ensaios sobre a Moral Pós-Moderna. Relógio de Água, 2007. Páginas 150-153.

segunda-feira, julho 05, 2010

O ocupante

Um soldado americano descansa numa paisagem lunar, no Afeganistão, fronteira do Império.

Os ocupados

Ceifeiros no Afeganistão, onde os bárbaros são contidos, longe do centro do Império.
Mas quem são os bárbaros?

Imagem tirada daqui.

sábado, julho 03, 2010

Afinal, nem Messi, nem Ronaldo. Os deuses estão com Sneijder.

Reuter
Wesley Sneijder, será o jogador do ano.

sexta-feira, junho 25, 2010

quarta-feira, junho 23, 2010

Tenham coragem! Acabem com elas.

Se “ou pagam todos ou não paga ninguém”, como diz aqui Miguel Relvas, então que não pague ninguém e, que paguem todos, ou seja, acabem com as portagens. Os contribuintes pagam, cada um de acordo com as suas possibilidades (pelo menos assim deveria ser). É o princípio da universalidade. Neste caso, paradoxalmente, é possível ter sol na eira e chuva no nabal.

As portagens são uma taxa medieval. A sua existência é um factor que impede o desenvolvimento e o crescimento económico. São uma taxa que recai sobre todas as empresas que querem fazer chegar de forma célere os seus produtos aos mercados de consumo ou receber rapidamente as matérias-primas e mercadorias. São um entrave à livre circulação. Liberalizemos a circulação. Os custos de transporte reduzir-se-iam e tal reflectir-se-ia numa baixa generalizada dos preços e num aumento de competitividade das empresas. Além disso as portagens dificultam a solidariedade regional. Se todos os contribuintes pagassem a circulação nas auto-estradas daqueles que residem no interior, não seria essa uma forma de solidariedade regional?

Tenham coragem, senhores políticos, abram os olhos, e não pensem apenas no curto prazo.

Acabem com as portagens.

terça-feira, junho 22, 2010

Aquiles nos relvados

Que deuses estarão com ele?

Etiquetas