domingo, novembro 22, 2015

O Islão e as provocações

As palavras realçadas no último post, que não são as minhas, são evidentemente uma provocação que convocam a uma reflexão. Ainda assim, como disse, gostei de as ler.

Onde está a provocação?

No paternalismo implícito na expressão “civilizar o Islão”. O que significa isso? Poder-se-á civilizar uma civilização? O Islão não é apenas uma religião, é uma civilização; um espaço civilizacional que se estende desde a costa da Mauritânia aos confins das ilhas da Indonésia. Quererá dizer “civilizar o Islão” o mesmo que “ocidentalizar o Islão”? Ora nem o Islão quer ser ocidentalizado, da mesma forma que o Ocidente não quer ser islamizado.

Outra provocação: comparar o Alcorão ao “Mein Kampf”. Esta consideração leva-nos a associar o islamismo ao nazismo. Ora nem o islamismo é o nazismo, nem o Alcorão é o Mein Kampf. O “Mein Kampf” escrito por Hitler, como se sabe, é um livro maldito e proibido em muitos países e o nazismo foi, nos espaços onde vingou, alvo de um processo de desnazificação. Defenderão os que comparam o Alcorão ao “Mein Kampf” uma desislamização do mundo?

Contudo, e dito isto, constatamos ainda assim que algo “cheira mal, muito mal, neste Reino da Dinamarca”.

quarta-feira, novembro 18, 2015

Liberdade versus Segurança

Liberdade versus segurança, eis uma falsa questão.

Não há liberdade sem segurança.

Lamentamos.

domingo, novembro 15, 2015

A barbárie jamais vencerá.



Hoje as multidões encheram a praça frente à catedral Notre-Dame, depois da missa, e entoaram-se cânticos na place de la Republique. Aguarda-se uma resposta mais musculada contra os clusters do activismo islâmico na Europa e mais além. A barbárie não se pode sobrepor ao mundo civilizado, diz Obama frente ao presidente turco. O activismo islâmico não pode ser consentido na Europa e em nenhum outro lugar do mundo civilizado.

Ao longo das últimas semanas foram numerosos os atentados, a começar pela queda do avião comercial russo na península do Sinai. Depois no Líbano e na Turquia e agora em França. Serão os últimos estertores do Daesh, agora que o martelo russo cai na Síria e que infantaria iraniana entra no terreno? E temos ainda a intervenção das forças aéreas americana, francesa entre outras, em apoio dos peshmergas no solo. Como pode o Daesh resistir a tudo isto? E eis então que os ratos do Daesh fogem em todas as direções. É a debandada. Alguns dirigem-se para a Europa. Pois a Europa que acorde. Aqui há trabalho que não pode deixar de ser feito, sob pena de se repetirem os atentados de Paris.

sábado, novembro 14, 2015

Os terroristas vencem

Em vez de uma resposta destemida, que seria Paris a funcionar normalmente este sábado, com gente nas ruas - uma Paris desafiadora e confiante – a cidade acordou com medo, com os seus cidadãos escondidos atrás de portas, como cordeiros, com receio de lobos armados nas ruas. E tudo a conselho de uma fraca liderança. Os atentados são um acto de guerra, pois claro, mas não uma declaração de guerra, porque essa há muito foi declarada. Não é a Síria sobrevoada e bombardeada por aviões franceses?

Se fosse oposição em França, deixaria passar os dias de luto e a seguir cairia com força sobre o governo francês e o presidente. As falhas de segurança que permitiram estes atentados são inadmissíveis e a senhora Le Pen já está a tentar tirar proveito desta situação, com o seu populismo fácil.

A velha “solução” europeia para todos os problemas do mundo.

Despejar dinheiro em cima dos problemas. É o que a União Europeia faz quando se depara com problemas aparentemente insolúveis ou trabalhosos e de difícil resolução. Não faz, mas paga a quem faça. Assim inunda a Turquia com dinheiro para que contenha os refugiados. Inunda com dinheiro a Faixa de Gaza para a pacificar. E lança dinheiro sobre África para conter os incómodos migrantes lá na terra deles. Como se isso resolvesse o problema.


Na União Europeia as incompetências dos políticos e dos tecnocratas sempre se podem ocultar sob uma larga e opaca camada de dinheiro. Na União Europeia o dinheiro fala sempre mais alto.

Uma acordo, pois.

Uma coisa é uma coligação pós-eleitoral e pontual, outra é um acordo.

Uma coisa é um governo coligado PS/BE/CDU outra é um governo do PS com o apoio acordado da CDU e do BE. Os acordos, tal como nos casamentos, têm o seu estado de graça e os estados de graça na política são breves. Até o Syriza para governar na Grécia teve de se coligar com um partido fora da sua área política para que houvesse alguma legitimidade na governação.

Num acordo, a responsabilidade é menor do que seria caso os partidos se coligassem pontualmente para governar e existissem ministros ou secretários de estado de todos os partidos que o assinaram. É até estranho que a CDU e o Bloco não impusessem nas negociações a condição de participarem num governo, com ministros ou secretários de estado. Afinal todos os partidos têm como objectivo alcançar o governo do país.

CDU e BE dão assim razão àqueles que os remetem para as bancadas opositoras do hemiciclo, para todo o sempre. Os mesmos que dizem que o BE e a CDU não têm vocação de governo e que não são partidos do “arco da governação”.

quarta-feira, outubro 28, 2015

Sampaio da Nóvoa em entrevista

Num ápice Sampaio da Nóvoa arrumou a questão do espantalho comunista e extremista erguido por Cavaco Silva, logo a seguir às eleições e mais recentemente (o da saída da NATO, na Zona Euro, da União Europeia, do incumprimento dos compromissos internacionais, e dos dos tratados e do não pagamento da dívida externa, etc.). Cavaco deu o mote aos políticos do PSD e do CDS/PP para uma argumentação do tipo “cuidado vem aí o papão, tenham medo, muito medo”.

Disse Sampaio da Nóvoa em entrevista que os programas dos partidos não têm de ser confundidos com o programa de Governo. E deu o exemplo do Partido Popular Monárquico (PPM) que integrava a AD que governou Portugal, nos idos anos 80. Que se saiba a República não se converteu numa Monarquia só por o PPM ter integrado o governo da altura.

Caros senhores arrumem lá a viola no saco ou cantem outra canção, que esse argumento do espantalho comunista ou extremista não serve.

Entrevista AQUI

sábado, outubro 24, 2015

70 years keeping the peace


Setenta anos a manter a paz e a tentar unir todos os seres humanos em torno de causas comuns, é obra! A criação das Nações Unidas é uma das maiores obras de sempre do ser humano.

Oxalá dure. Quando a malograda Sociedade das Nações caiu, o mal varreu o mundo. Foi a tragédia da IIª Grande Guerra. Mas das cinzas da Sociedade das Nações surgiu, qual fénix renascida, a ONU.

Hoje é caso para dizer:


Congratulations UN!

70 years keeping the peace.

Viva a ONU!

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