domingo, julho 31, 2016

Tudo isso e muito mais




















Peter Severin Krøyer, Bathing Children, 1892

sábado, julho 30, 2016

Uma velha prática

Em meados do século IX, o Islão instituíra já uma política de recrutamento militar sem igual: a aquisição de jovens não muçulmanos que, com o estatuto de escravos, eram educados segundo a fé islâmica e treinados para serem soldados.


John Keegan, Uma História da Guerra, Tinta da China, 2009, pág. 60



quarta-feira, julho 27, 2016

Animais culturais

Somos animais culturais e é a riqueza da nossa cultura que nos permite aceitar o nosso inegável potencial para a violência e acreditar, ainda assim, que a sua expressão é uma aberração cultural.  


John Keegan, Uma História da Guerra, Tinta da China, 2009, pág. 22

terça-feira, julho 26, 2016

Esses senhores sérios


É na rambóia estudantil, nas liberdades e manigâncias estudantis que pensarão mais tarde esses senhores sérios ao afirmarem que também já foram jovens.

Peter Sloterdijk, Crítica da Razão Cínica, Relógio D'Água, 2011, pág. 165

domingo, julho 24, 2016

Mais ouro


Irmãos Pedro e Diogo Costa: Campeões Mundiais da Classe 420, vela.

domingo, julho 17, 2016

A tragédia turca

A tragédia turca é a tragédia da democracia nos países islâmicos. A Turquia é hoje um país presidido por um radical islâmico democraticamente eleito. Vencidos os golpistas a criatura não perdeu tempo para trazer Alá à liça. Não um deus justo, mas um deus vingador. Atentar contra Erdogan foi atentar contra Alá, que agora se vingará daqueles que ousaram tentar derrubá-lo através de um golpe de Estado quixotesco.

É simbólico o canto dos muezins, apelando à população para vir para a rua na noite do golpe de Estado, a pedido de Erdogan. Alá estava com Erdogan.

Atatürk deve estar a dar voltas na tumba.

quarta-feira, julho 13, 2016

O abismo da história, uma vez mais

A velha Europa, em vez de saltar em frente, por cima do abismo da história, deixa-se resvalar uma vez mais para esse abismo, presa a um destino que ninguém deseja.

terça-feira, julho 12, 2016

O arreigado empenho da Europa na desunião

A habitual unidade da China e a perpétua desunião da Europa têm ambas uma longa história. As áreas mais produtivas da China moderna foram politicamente unidas pela primeira vez em 221 a.C. e assim permaneceram pela maior parte do tempo desde então. A China teve um só sistema de escrita desde os inícios da literacia, uma única língua dominante por muito tempo e unidade cultural substancial durante dois mil anos. Pelo contrário, a Europa nunca esteve, nem de longe, perto da unificação política: ainda estava repartida por 1000 pequenos estados independentes no século XIV, em 500 estados em 1500 d.C., reduziu-se a um mínimo de 25 estados na década de 80 e, no momento em que escrevo esta frase, já é de novo constituída por cerca de 40. A Europa ainda tem 45 línguas, cada uma delas com o seu alfabeto modificado, e uma diversidade ainda maior. Os desacordos que ainda hoje continuam a frustrar até as mais modestas tentativas de unificação europeia através da Comunidade Económica Europeia (CEE) são sintomáticos do arreigado empenho da Europa na desunião.

Jared Diamond, Armas, Germes e Aço, Relógio d’Água Editores, 2002, página 447.
(destaques nossos)

E ainda hoje, em 2016, como se comprova pelo actual contexto político europeu, a Europa se empenha na desunião.

“União Europeia” soa, portanto, a ironia da história. Jamais resultará. É uma ideia peregrina. São utópicos os que defendem um aprofundamento da união política da Europa, uma comum federação. Afinal poderá um cão ser cavalo? Poderá uma Europa que sempre prosseguiu a desunião política – é essa a sua essência, desde que o Ocidente é Ocidente, desde o fim do Império Romano – converter-se em união política? Nada mais há de contranatura. Se algum dia a Europa se tornasse politicamente unida, então anular-se-ia enquanto tal. Deixaria de ser Europa para passar a ser outra coisa qualquer. Os que propugnam um aprofundamento político da União Europeia estão a opor-se a um movimento longo, com mais de um milénio. São Quixotes que investem contra moinhos de vento ou tentam parar o vento com as mãos.

Poderá haver união na diversidade? Paradoxalmente, essa parece ser a fórmula. Mas para isso, é preciso abandonar a ideia de uma união política da União Europeia, como se de um império sediado em Bruxelas se tratasse. Não há povo que o deseje, apenas os líderes de um eixo que ambiciona exercer a sua dominação sobre os demais.

domingo, julho 10, 2016

Ora aí está

Portugal, Campeão da Europa!

Parabéns!

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