sábado, julho 05, 2008

Não há força que sempre dure

Um dia ouvi esta frase proferida pelos lábios de Arafat: “Não há força que sempre dure”. E apetece dizer: nem fraqueza. Mas quando a força se converter em fraqueza e a fraqueza em força, voltaremos à estaca zero, mas em pólos opostos e a história continuará. Quem nos garante que os fracos tornados fortes serão melhores que os actuais fortes então tornados fracos? Enquanto o ódio morar no coração dos homens, bem podem os governantes das superpotências deste mundo apadrinhar acordos de paz entre os beligerantes, com apertos de mão para a fotografia e sorrisos de conveniência. Não haverá paz enquanto o ódio não for erradicado do coração de cada homem.

O problema não se resolve “de cima para baixo”, mas de “baixo para cima”. Infelizmente digo-o muitas vezes, na minha descrença: “Hei-de ser velhinho, ter barbas brancas e andar de cajado, e quando ligar a TV para ver o telejornal, lá me depararei com eles a anunciar a paz nas conferências e a fazer a guerra nas ruas”. Intifadas, muitas! Incitações à paz, milhentas, mas o ódio, esse, grita mais alto.

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