domingo, julho 06, 2008

Se isto é socialismo e social-democracia...


Using a population-weighted average for EU-25 Member States in survey year 2004 (income reference year 2003) the top (highest income) 20% of a Member State's population received 4.8 times as much of the Member State's total income as the bottom (poorest) 20% of the Member State's population. This gap between the most and least well-off people is smallest in Slovenia (3.1), Hungary (3.3), Czech Republic (3.4) and the Nordic Member States (3.3–3.5). It is widest in Portugal (7.2), Latvia (6.1), Greece (6.0), Estonia (5.9) and Slovakia (5.8).

European Commission (2007), The social situation in the European Union, 2005-2006, página 35.

O “prestígio nacional”, pelas declarações dos nossos governantes, é de capital importância para o país. Estão preocupados com a nossa imagem. Mas uma imagem para ser credível tem de fundar-se em factos reais, caso contrário, não passará de um simulacro enganador, que com o tempo será desmascarado.

Ora não adianta muito referirem que diminuíram umas décimas as desigualdades sociais entre os 20% mais ricos da nossa população e os 20% mais pobres (considerando o rendimento disponível das famílias reflectido no índice de Gini) e ocultarem que o nosso país ainda é o que regista as maiores desigualdades sociais de entre os 27 estados membros da União Europeia. Mas é exactamente isso que os nossos governantes andam a fazer: ocultam a enorme disparidade preferindo salientar a insignificante redução.

Tal facto não é bom, nem para a qualidade de vida do povo português, nem para o “prestígio nacional”, que tanto os preocupa.

O “prestígio nacional” está estampado nos relatórios internacionais como o Relatório do Desenvolvimento Humano das Nações Unidas de 2008, ou no Relatório Anual do Banco Mundial, ou ainda no supracitado relatório da Comissão Europeia de 2007, quando neles o país é apontado como o possuidor dos maiores índices de desigualdade entre ricos e pobres na União Europeia. Mas os nossos governantes sabem que o povo tem mais que fazer do que ler relatórios e o facto não parece incomodá-los.

O país da Revolução de 25 de Abril de 1974, volvidos mais de 34 anos de governações sociais-democratas e socialistas, chegou a este estado e não se desenvolve. Argentiniza-se, brasileiriza-se…

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