A embirração de MST com os professores
nem merecia uma reacção (ele serve-se das reacções que suscita para depois se
vitimizar nos palcos mediáticos que tem ao seu dispor como o fez no Expresso deste sábado). É um opinion-maker à procura de opinion-takers.
Acerca dos romances que escreve,
assim como os romances que escrevem outros jornalistas e pivots de telejornais deste nosso pequeno mundo, também eles muito
críticos em relação aos professores, aplicam-se as palavras de Alexis de Tocqueville na sua Democracia
na América:
…nas nações democráticas, um
escritor pode gabar-se de obter sem dificuldade um renome medíocre e uma grande
fortuna. Para isso, não é necessário que o admirem, bastando tão-somente que o
aprovem. A turba sempre crescente dos leitores e a sua necessidade contínua de
novidades asseguram a venda de livros que de modo nenhum estimam. (…) As
literaturas democráticas abundam sempre desses autores que não vêem nas letras
mais que uma indústria, e, por um punhado de grandes escritores que aí se
vislumbram, podem contar-se aos milhares os vendedores de ideias.
Alexis
de Tocqueville, Democracia na América,
Cap. III.
Eles estão longe, muito longe, de
fazer parte daquele punhado de grandes escritores dos tempos democráticos a que se refere Tocqueville.
E como muito provavelmente não obtiveram a aprovação que esperavam dos
professores, não os aprovam. Os professores que tenham paciência.