Os crimes de guerra podem ser definidos como violações das convenções
de Genebra e de Haia relativamente às práticas proibidas em situação de guerra.
As referidas convenções cobrem um vasto leque de categorias, incluindo os maus
tratos infligidos a prisioneiros de guerra, refugiados e não combatentes, o uso da força excessiva e de armas proibidas
(tais como gás venenoso); a violação de hospitais e equipas médicas, a tomada
de reféns, o bombardeamento de alvos
civis; episódios recorrentes de saque, violação, espancamento e assassínio
praticados por militares indisciplinados.
Norman Davies, A Europa em Guerra, 1939-1945, Edições
70, 2008, pág. 83.
(realces nossos)
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Quando um pirralho dá uma canelada num adulto este tem o dever moral de não lhe responder da mesma
forma, ou de forma pior, dando-lhe um murro ou um pontapé, por exemplo. O
adulto tem a razão e a força que o pirralho não tem e o uso da força numa
situação destas, pela sua parte, redunda no uso de força excessiva e na perda da
razão.
O governo de Israel porta-se como o adulto irresponsável e o Hamas como o pirralho malcriado. Ambos
têm cometido crimes de guerra e os seus líderes deviam ser severamente punidos
pela justiça internacional.
Neste conflito não há bons de um
lado e maus do outro. Ambos os lados são maus e cada bomba ou rocket lançado por cada uma das partes,
cada tiro disparado, é uma semente de ódio e violência que no futuro irá despontar.
Tristes colheitas se adivinham.
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Sobre este assunto, é
interessante a entrevista de Zygmunt Bauman, divulgada pelo Diário do Centro do Mundo. Aqui.