No Alien: Covenant decidiram os argumentistas, como agora é moda,
aproveitar e misturar cenas similares a outras histórias que fizeram história:
nele encontramos a indomável criatura que escapa ao seu criador, virando-se contra ele, coisa que já vem do tempo do Dr. Frankenstein e provavelmente antes
disso, e que se repete vezes e vezes sem fim, do Robocop
ao Terminator, antes e depois. Temos
também um robot psicopata, qual Hannibal Lecter, que esconde as suas intenções assassinas
sob uma face inexpressiva, quiçá até bondosa e uma falsa atitude protectora, até se revelar na sua
extrema agressão. E uma cena no banho, à Psico,
do velho Hitchcock, mas agora com um casal bem amparado em vez de uma menina
desamparada e de grito estridente.
Argúcia do realizador: receitas antigas para novos proventos.
Argúcia do realizador: receitas antigas para novos proventos.
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Já na Guerra dos Tronos a misturada é também evidente: velhas epopeias, ilíadas e odisseias, histórias medievais, as histórias fantásticas de Tolkien, com dragões e anões, mas
agora condimentadas com erotismo e soft porn (receita
das Sombras de Grey?), relações incestuosas, sadismo,
zombies e grosserias. Enfim, um melting
pot que vende.