quarta-feira, junho 07, 2017

Baixem lá essa bosta, pá!


Quereis um desígnio? Baixem-na! Baixem a dívida pública! Libertem as futuras gerações desse fardo. A dívida pública excessiva será uma amarra que não as deixará navegar.

É certo que cresceu com a crise económica após 2009, pela integração de dívida privada, do crédito mal-parado e dos bancos resgatados pelos contribuintes. Grandes (alguns na verdade eram pequenos e foram tratados como grandes) demais para falirem.

Mas não nos deixemos iludir pelos que se ufanam de tão bons tempos que vivemos (dizem eles), do reduzido défice (o menor de sempre, dizem), da redução do desemprego (é bom ouvir) e do incipiente crescimento económico que o país manifesta agora, em grande parte, devido ao turismo e às actividades no seu entorno. 

Gostaria de ouvir os políticos, lá do alto dos seus palanques, perorarem sobre a dívida pública com o mesmo entusiasmo com que discursam acerca da redução do défice e do crescimento económico. Mas não é lá muito conveniente, pois não?!

Enquanto uma dívida pública desta magnitude perdurar não estaremos seguros, nem nós, nem os nossos filhos, nem os nosso netos. Eles é que vão pagar. Teremos então gerações de escravos. 

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