Os contribuintes, através dos impostos e do Estado, pagam anualmente milhões de euros para a formação dos médicos nas universidades públicas. É bom que os médicos formados nestas universidades se habituem a servir os contribuintes, em exclusividade, pelo menos durante algum tempo (no mínimo, o necessário para que a despesa do Estado na sua formação seja coberta).Há que salvaguardar as necessidades dos contribuintes pobres (os tais que não têm dinheiro para irem fazer uma operação cara a Londres, numa boa clínica privada) em relação aos interesses dos utilizadores abastados.
PS: E quem diz os médicos diz outros quaisquer profissionais formados nas mesmas condições. Pois se é injusto uma empresa despender na formação dos seus empregados e estes depois saiam logo a seguir para trabalhar noutra concorrente, também é injusto para o Estado pagar a formação de profissionais e funcionários, para estes, finda a sua formação, irem trabalhar para empresas privadas.



A Landscape at Sunset (1773)
Dependura o timão, bem lavrado por sobre a lareira
Um dia ouvi esta frase proferida pelos lábios de Arafat: “Não há força que sempre dure”. E apetece dizer: nem fraqueza. Mas quando a força se converter em fraqueza e a fraqueza em força, voltaremos à estaca zero, mas em pólos opostos e a história continuará. Quem nos garante que os fracos tornados fortes serão melhores que os actuais fortes então tornados fracos? Enquanto o ódio morar no coração dos homens, bem podem os governantes das superpotências deste mundo apadrinhar acordos de paz entre os beligerantes, com apertos de mão para a fotografia e sorrisos de conveniência. Não haverá paz enquanto o ódio não for erradicado do coração de cada homem.