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quarta-feira, dezembro 10, 2014
domingo, outubro 19, 2014
Safo
Charles-Auguste Mengin, Safo, 1867, Manchester Art Gallery
Quando morreres,
hás-de jazer sem que haja no futuro
memória de ti nem saudade. É que não tiveste parte
nas rosas de Piéria.
Invisível, andarás a esvoaçar
no Hades, entre os mortos impotentes.
Safo, Lesbos, Séc. VII-VI a.C.
(traduzido por Maria Helena da Roca Pereira, in Hélade)
***
Mais de dois mil e quinhentos anos nos separam, imortal Safo.
E poucas foram as vozes femininas desse tempo que chegaram até nós.
Contudo a tua ainda soa - tu, que participaste nas rosas de Piéria - entoando cânticos e declamando poemas às primeiras horas da Aurora.
Sei que ainda percorres descalça as praias de Lesbos com a tua harpa,
enquanto o teu olhar divaga no mar,
insaciado, insatisfeito, invadido pela saudade.
Transporta um desejo obsessivo de reencontro impossível.
Daí a profunda dor que canta
Por um ardente amor ausente.
Distante. Sempre.
sábado, outubro 18, 2014
Para quem os impostos sobem
Lido hoje no Público:
“Uma das tendências internacionais dos últimos anos (e décadas) foi a
diminuição da carga fiscal sobre as empresas. Não só se reduziram as taxas de
impostos sobre o rendimento das empresas como, por via de acordos internacionais
e directivas europeias, se criaram mecanismos que permitiram a redução dos
impostos.”
Ricardo Cabral, Público, 18 de Outubro, pág.51.
Há dias emiti um comentário n' O Insurgente a um post que punha em
questão a ideia de estarmos a viver numa época de “[Neo]Liberalismo” - para
estes “Testemunhas de Jeová” do liberalismo, fundamentalistas do laisser faire, laisser passer, o termo “neoliberalismo” é impronunciável, é
um “vai de retro Satanás”, daí escreverem o prefixo entre aspas, ou entre
parêntesis, ou, neste caso, entre colchetes -, na medida em que os impostos
cobrados eram maiores que nunca, ilustrando com um gráfico esse aumento.
Acontece porém que se esqueceram do
facto de que existem impostos e impostos, e que, não obstante, no seu conjunto,
os impostos tenham aumentado, os que recaem sobre os lucros das empresas, ao
invés, têm diminuído, como salienta Ricardo Cabral.
As grandes fortunas, fugidias,
foram contempladas por este governo com um perdão fiscal, é bom não esquecer. O
IRC é o único imposto que tem diminuído, assim como a TSU. Os impostos sobre os
lucros dos bancos e sobre as transacções financeiras (a que me referi como
impostos sobre o capital) são irrisórios.
O colossal aumento dos impostos
recai principalmente sobre os rendimentos do trabalho.
***
Entrar n’ O Insurgente para
colocar uma objecção ou uma crítica às ideias daquela gente é como entrar numa
congregação de Testemunhas de Jeová para os tentar convencer acerca do erro em
que incorrem ao fazerem uma interpretação literal da Bíblia. Aquela gente está
cega pela crença ideológica. Só vêem o que querem ver. É uma questão de Fé e
não de Razão.
sábado, outubro 11, 2014
A fé do ateu
O agnóstico considera a existência de Deus uma possibilidade. É uma hipótese que não descarta. Para um ateu, Deus não existe. O ateu, por sua vez, crê na inexistência de Deus. É por isso um homem de fé, o ateu.
Quando o “Estado Islâmico” éramos nós
O nosso Estado foi construído contra
o Castelhano e contra o Mouro, há quase 900 anos, na Idade Média. As práticas
terroristas que hoje condenamos ao Estado Islâmico, e condenamos bem, também
nós já as praticámos. Então, os bárbaros éramos nós. Pilhagens, cercos, razias,
conquista de territórios à espadeirada, decapitações, eram o “pão nosso de cada
dia”, a tal ponto que, perto delas, as atuais práticas terroristas do Estado
Islâmico parecem ser coisa de crianças.
Fica um excerto do texto de Martin
Page, A Primeira Aldeia Global, relativo
ao cerco de cidade de Lisboa (1147), então cidade moura, pelos exércitos de D.
Afonso Henriques, auxiliados por cruzados bretões, ingleses, normandos e
alemães, entre outros:
«Escreveu no seu relato, o capelão dos cavaleiros normandos: “O ânimo
dos nossos homens foi enormemente fortalecido para continuar a lutar contra o
inimigo.” Um grupo de cavaleiros, que, entretanto, tinha ido fazer uma incursão
a Sintra, acabava de regressar para junto dos seus companheiros de cerco,
carregado com o produto das pilhagens.
Enquanto os bretões pescavam na margem sul do Tejo, um grupo de
muçulmanos atacou, matando vários deles e fazendo cinco prisioneiros. Como
represália, os ingleses organizaram um assalto à margem sul, à cidade de
Almada, regressando nessa mesma tarde, com 200 prisioneiros muçulmanos e moçárabes
e mais de 80 cabeças cortadas, o que, segundo então afirmaram, só lhes havia
custado uma baixa. Empalaram as cabeças em lanças e agitaram-nas por cima das
muralhas de Lisboa.
“Vieram ter com os nossos homens, suplicando-lhes que lhes dessem as
cabeças que tinham sido cortadas”, acrescenta o capelão cronista. “Tendo-as
recebido, voltaram para dentro das muralhas chorando a sua dor. Durante a
noite, em quase todas as zonas da cidade, apenas se ouvia a voz da mágoa e o
lamento da saudade. A audácia deste feito transformou-nos no pior terror para o
inimigo.”»
Martin Page, A Primeira Aldeia Global, 6ª ed, Casa
das Letras, 2010, pp. 87-88.
***
Em suma, naquela altura os terroristas éramos nós. (Não
estamos com isto a querer desculpar os imperdoáveis crimes do Estado Islâmico, mas factos
são factos)
Hoje, o Estado Islâmico está a
aplicar tácticas medievais de terror que os ocidentais então usavam sem qualquer
pudor. Mas estamos no século XXI.
Naquele distante ano do século XII, a
cidade sob cerco era Lisboa, hoje é Kobani.
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Martin Page,
Terrorismo
quarta-feira, outubro 08, 2014
O menino é o alvo
Jean Fouquet. Madona e Menino, painel direito do Díptico de Melun. ca. 1450
***
Caramba! Um seio prestes a rebentar, e logo no século XV!
Já o menino, tem um ar estranho o menino.
Insuflado de uma alma adulta, perscruta ao colo, carrancudo.
Guarda o alvo seio o menino.
E aponta sub-repticiamente o menino.
E o alvo seio aponta o menino.
O menino é o alvo.
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Pintura,
Poesia
domingo, outubro 05, 2014
Homens que odeiam as viagens
Odeio as viagens e os exploradores. E aqui estou eu disposto a relatar
as minhas expedições. Mas quanto tempo para me decidir! Quinze anos passaram
desde a data em que deixei o Brasil pela última vez e, durante todos esses
anos, muitas vezes acalentei o projecto de começar este livro: a cada vez, era
detido por uma espécie de vergonha e de repulsa, pois será mesmo necessário
contar minuciosamente tantos pormenores insípidos, tantos acontecimentos
insignificantes?
Claude Lévi-Strauss, Tristes Trópicos, Edições 70, 1993,p. 11
A ideia de
viajar nauseia-me.
Já vi tudo
que nunca tinha visto.
Já vi tudo
que ainda não vi.
O tédio do constantemente novo, o tédio de descobrir, sob a falsa
diferença das coisas e das ideias, a perene identidade de tudo, a semelhança
absoluta entre a mesquita, o templo e a igreja, a igualdade da cabana e do
castelo, o mesmo corpo estrutural a ser rei vestido e selvagem nu, a eterna
concordância da vida consigo mesma, a estagnação de tudo que vive só de
mexer-se.
Fernando Pessoa, Livro do Desassossego, Assírio &
Alvim, 6ª ed. 2013, 130.
Que é viajar, e para que serve viajar? Qualquer poente é o poente; não
é mister ir vê-lo a Constantinopla. A sensação de libertação, que nasce das
viagens? Posso tê-la saindo de Lisboa até Benfica, e tê-la mais intensamente do
que quem vá de Lisboa à China, porque se a libertação não está em mim, não está,
para mim, em parte alguma. «Qualquer estrada», disse Carlyle, «até esta estrada
para Entepfuhl, te leva até ao fim do mundo». Mas a estrada de Entepfuhl, se
for seguida toda, e até ao fim, volta a Entepfuhl; de modo que o Entepfuhl,
onde já estávamos, é aquele mesmo fim do mundo que íamos a buscar.
Fernando Pessoa, Livro do Desassossego, Assírio &
Alvim, 6ª ed. 2013, 140.
***
Claude Lévi-Strauss e Fernando
Pessoa eram dois homens que odiavam as viagens. O primeiro sabia, ou
pressentia, que ao fazer das culturas indígenas o objecto da sua dissecação análise, já
estaria dessa forma a contaminá-las. O seu olhar inquisidor era também o do
explorador científico. Claude Lévi-Strauss sabia muito bem o que se seguiria e
para que servia essa actividade científica e exploradora a que se dedicava com
minúcia. O Homem lança-se ao conhecimento do Mundo para melhor dominar o Mundo.
Primeiro vem a exploração, depois a dominação.
Já para Fernando Pessoa, o universo interior era mais
apelativo e encantador do que o universo exterior. Esse apelo soava mais alto,
a ponto de ele desvalorizar completamente as deslocações no espaço físico. Para
ele as grandes viagens eram as que realizava interiormente, quiçá, embalado
pelos copos de aguardente.
sábado, outubro 04, 2014
O mural apagado
Os instalados pombos, racistas, sedentários, ridículos, manifestam-se contra a andorinha errante.
Pois o mural fica também aqui.
Aqui ninguém o apagará.
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