segunda-feira, janeiro 19, 2015
Reformas e pistolas
Sempre que os nossos governantes, ou os da Comissão Europeia, ou do FMI, vêm falar da necessidade de reformas estruturais, saco logo da pistola.
domingo, janeiro 18, 2015
Do céu ameaçador ao inimigo interior
Vendo bem as coisas, e em
perspectiva, as ruas do Ocidente são hoje um lugar bem mais seguro do que eram entre 1945 e 1989. Naquele período o céu pesava como chumbo. A qualquer
momento podia cair-nos em cima da cabeça uma chuva atómica. Ainda que não
esteja afastado o regresso desses tempos, o que temos hoje de mais perigoso são
energúmenos à solta com bombas artesanais e armas automáticas que esporadicamente
espalham o terror e a morte entre as populações, em acções circunscritas no
tempo e no espaço. Não obstante tal adversidade, as sociedades prosseguem
funcionando - os cães ladram e a caravana passa. No entanto, agora é a nossa
liberdade que periga, porque a cada medida securitária que se impõe para os
travar, sacrifica-se um pouco mais da nossa liberdade. Ao extremo, por causa
dos terroristas, arriscamo-nos um dia a viver sem liberdade, sem privacidade e sem
democracia.
sábado, janeiro 17, 2015
A Sexta Extinção, de Elizabeth Kolbert
O livro A Sexta Extinção, de Elizabeth Kolbert, foi considerado pelo New York Times um dos dez livros do ano de 2014. Editado pela Vogais, li-o em tempo record e com grande prazer, mas a
edição portuguesa - 1ª edição, Junho de 2014 - está cheia de gralhas. Gralhas de palmatória. Um tão bom
livro de divulgação científica não merecia gralhas assim. Ou tratou-se de uma
tradução apressada, ou de uma revisão descuidada. Por exemplo, optou-se pela
expressão abrasileirada “Antropoceno” em vez do aportuguesado “Antropocénico”.
Mas não é por aí que o gato vai às filhoses, até porque neste caso, o livro
revela uma certa coerência, tratando por exemplo, o Cretácico por Cretáceo e
por aí fora.
Segue-se uma breve lista de
gralhas detectadas na primeira edição de 2014:
Na página 38, há uma referência à
História Natural de Pliny (?), quando
o autor dessa obra, na verdade, é Plínio. Aqui o nome não foi traduzido, coisa
que já acontece na página 114, embora nessa página o nome da obra de Plínio, o
Velho (23 d.C – 79-d.C.), apareça em inglês.
Na página 51, onde se lê “continuou
isso mesmo” deve ler-se “não passou disso mesmo”.
Na página 81, onde se lê “uma
análise genérica”, deve ler-se “uma análise genética”.
Na página 97, onde se lê “consistem
de tiras”, deve ler-se, “consistem em tiras”.
Na página 101, onde se lê “tendem
a estarem” deve ler-se “tendem a estar”.
Até aqui, pequenas gralhas, mas
na página 118, surge uma de fazer saltar a peruca - diz-se lá, relativamente ao
asteróide que terá colidido com a Terra e posto fim à era dos dinossauros, que, “Ao
bater contra a península do Iucatão, movia-se a qualquer coisa como 73
quilómetros por hora…” (?). Setenta e três quilómetros por hora? Só?! Na
verdade, a velocidade calculada é cerca de 73 000 km por hora.
Na página 121, onde se lê “densamente
populado” deverá ler-se “densamente povoado”.
Na página 142, onde se lê “o
interesse de Zalasiewicz por ratos gigantes representa uma extinção lógica”,
deverá ler-se “o interesse de Zalasiewicz por ratos gigantes representa uma extensão
lógica”. (Aqui trata-se claramente de um erro de simpatia).
Na página 145 refere-se que Charles
Lyell, nos anos de 1930 (?), “cunhou as palavras Eoceno, Mioceno e Plioceno”.
Ora acontece que o homem faleceu em 1875.
Na página 147, onde se lê “Geology
of Making”, deve ler-se “Geology of Mankind”.
Na página 151, falta a expressão “que
é” a seguir a “fecho de correr”.
Na página 160, onde se lê “Ulf Riebsell
é um oceanógrafo e biológico”, deve ler-se “Ulf Riebsell é um oceanógrafo e biólogo”.
Na página 202, onde se lê “afídeos”,
deve ler-se “afídios”.
Na página 235, onde se lê “biomos”,
deve ler-se “biomas”.
Na página 257, diz-se que “a
temperatura corporal de um morcego em hibernação baixa 50 ou 60 graus, muitas
vezes até quase congelarem” (!). Suspeito que são graus fahrenheit e não graus
celsius.
E agora o erro que considero mais
crasso:
Na página 280 lê-se que “data de
há 12 mil anos ou perto disso, quando os humanos modernos primeiramente
migraram de África”. Deveria ler-se “120 mil anos”. É uma gralha recorrente no
livro, e até flagrante.
Na página 328 lê-se “Esta teoria
[“Fora de África”] defende que todos os humanos são descendentes de uma pequena
população que vivia em África há sensivelmente 20 mil anos [?]. Há cerca de 120
mil anos [?], um subgrupo dessa população migrou para o Médio Oriente…”. Ora,
onde se lê “20 mil anos”, deveria ler-se “200 mil anos”. Só assim tem sentido a
consideração de que foi há cerca de 120 mil anos que se registou uma migração
para Médio Oriente.
Afinal no próprio livro se lê,
logo na segunda frase do prólogo que “esta história começa com a emergência de
uma nova espécie, talvez há 200 mil anos.”
Concluindo, não devolvi o livro. O
prazer que a sua leitura me deu superou a quantidade de gralhas encontradas. No
entanto o leitor mais incauto pode acabar por ficar desinformado se não
atentar nos erros que a tradução/revisão deixou passar.
Curiosamente, já tinha acontecido
o mesmo com outro excelente livro desta editora – Breve História da Humidade, 1ª edição, Novembro de 2013, de Yuval Harari. Também nesse livro
foram várias as gralhas detectadas, nomeadamente em quadros e esquemas.
No entanto descanse o leitor, pois
a editora, nas páginas do copyright das
obras referidas, dá-lhe uma garantia incondicional
de satisfação e qualidade, referindo que o reembolsará, se não ficar satisfeito
com a qualidade destes livros.
quarta-feira, janeiro 14, 2015
A Verdade
Ao nível mais importante, somos um mamífero razoavelmente cruel, feito
para avançar, ultrapassar e destruir obstáculos. Na realidade, o obstáculo
atrai-nos magneticamente. Há algo de central em nós que prefere a dificuldade,
que procura os problemas enredados. Em última instância, isso deve-se ao facto
de os mais dotados e enérgicos entre nós saberem há muito – sem, talvez,
enunciarem este conhecimento – que a
verdade é mais complexa do que as necessidades humanas, podendo até ser
completamente alheia, ou mesmo oposta a essas necessidades.
(…)
Tenho uma certa imagem mental da verdade emboscada ao virar da esquina,
à espera de que o homem se aproxime – e a preparar-se para lhe dar uma cacetada
na cabeça.
George Steiner, Nostalgia do Absoluto, Relógio D’Água,
2003. Pág. 80 e 81
***
Habitamos num “universo, de forma alguma feito para o nosso
conforto e sobrevivência, e muito menos para o nosso progresso económico e
social nesta minúscula Terra.”(Steiner) E, segundo Steiner, essa é uma imagem assustadora.
A verdade, que tanto procuramos movidos pela curiosidade científica, pode revelar-se adversa aos interesses
humanos. A verdade pode ser um asteróide enorme, indetectado, imparável, em
rota de colisão com a Terra. A verdade pode ser outra. A sua revelação pode no
entanto, ser-nos desconfortável.
Se assim for, o que iremos fazer
quanto a isso? Deveremos negá-la?
domingo, janeiro 11, 2015
E você? Sente-se Ocidental?
Uma civilização representa a mais ampla entidade cultural. Aldeias,
regiões, grupos étnicos, nacionalidades, grupos religiosos, todos têm culturas
distintas em diferentes níveis de heterogeneidade cultural. A cultura de uma
aldeia na Itália meridional pode ser diferente da de uma aldeia no Norte, mas ambas
partilham uma cultura italiana comum que as distingue das aldeias alemãs. As
comunidades europeias, por seu lado, partilharão traços culturais que as
distinguem das comunidades chinesas ou hindus. Chineses, Hindus e Ocidentais,
no entanto, não são parte de qualquer entidade mais ampla. Constituem civilizações. A
civilização é, assim, o mais elevado agrupamento cultural de pessoas e o nível
mais amplo de identidade cultural que as pessoas possuem e que as distingue das
outras espécies. Ela define-se quer por elementos objectivos comuns, como a
língua, a história, a religião, costumes e instituições, quer pela
auto-identificação subjectiva das pessoas. As pessoas têm níveis diferentes de
identidade: um residente de Roma pode definir-se, em vários graus de
intensidade, como romano, italiano, católico, cristão, europeu, ocidental. A civilização
a que pertence é o nível mais amplo de identificação a que se sente ligado. As civilizações são os maiores de «nós»
dentro dos quais, culturalmente, nos sentimos «em casa» de uma forma diferente
de todos os outros «eles».
Samuel Huntington, O Choque de Civilizações e a Mudança na
Ordem Mundial, Gradiva, pág.47. (os destaques são nossos)
***
O conceito de civilização é
incómodo. Causa comichão a muita gente. Contudo factos são factos. As ciências
sociais e naturais nem sempre nos dão, ou darão, as respostas que gostaríamos
de ouvir. Temos de estar preparados para isso. Da mesma forma que muitos
idealistas querem erradicar a pobreza no mundo, outros também desejam apagar
todas as linhas divisórias que levam à existência de um “nós” e um “eles”. Será tal coisa possível?
Fez-me pensar este post do Ma-shamba – “Je suis Baga”.
Afinal por que nos indignamos tanto com a morte de 20 pessoas em Paris, ao
ponto de sairmos à rua, em manifestação, enquanto quase nos passam
despercebidas as cerca de 2 000 mortes causadas pelo Boko Haram, em Baga, na Nigéria, na quarta-feira passada? Não se observou qualquer veemente manifestação
nas avenidas das cidades ocidentais. Porquê?
sábado, janeiro 10, 2015
Nem todos somos Charlie!
Este também não é. Vide aqui.
Confesso que também não gosto lá muito de unanimismos, que me fazem uma certa confusão. E já começa por aí muito boa gente, e muito má gente, a dizer que eles não, que eles não são Charlie. No que me toca, solidarizo-mo com as vítimas que teimavam em ser livres e em dar azo à sua liberdade de expressão. A Liberdade é talvez o maior valor da nossa civilização e aqui não pode haver qualquer concessão ao medo. Ser Charlie é ser pela Liberdade e pela coragem de a defender, com prejuízo, se necessário, da nossa própria vida. É que a Liberdade é um valor que está acima da própria Vida, pelo menos na minha escala de valores. É isso que significa preferir "morrer de pé, a viver de joelhos".
Não me surpreende lá muito que o senhor Jean-Marie Le Pen não seja Charlie.
sexta-feira, janeiro 09, 2015
quarta-feira, dezembro 31, 2014
quarta-feira, dezembro 10, 2014
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