terça-feira, dezembro 08, 2015

A Europa e os males do mundo

Pelos males do mundo já ouvi acusarem a Europa, ora por acção, ora por inacção.

Se age é porque age, se não age é porque não age.

É ridículo!

segunda-feira, dezembro 07, 2015

Outro menir



Mais alto do que as serras de Sintra e da Arrábida. Mais alto do que a serra do Caldeirão.

Cu-cu


Pois é. Aí está a extrema-direita a fazer a sua aparição no horizonte. Já se esperava.

Os principais responsáveis por esta situação são os partidos que governaram e ainda governam a França e as políticas que adoptaram para lidar com o inimigo dentro de portas. A responsabilidade é de François Hollande, um líder frouxo, uma caricatura, e também do seu partido. Quanto ao terrorismo, não o preveniu, tendo agido após os factos consumados e com os resultados que se conhecem. Há terroristas à solta,  a monte e aos montes.

Epílogo: a extrema-direita venceu a primeira volta das eleições regionais em França. E estamos só no princípio. Esta ainda é, e será sempre, a velha Europa.

segunda-feira, novembro 30, 2015

Da desconfiança, do excesso de zelo e do desmazelo

A confiança é boa. O controlo é melhor.
Ditado alemão e pelos vistos também suíço.

Dizem que é um ditado alemão. Ouvi-o pela primeira vez em solo suíço e segundo me informaram, como pude depois constatar, os helvéticos regem-se por ele. O dito remete para o totalitarismo em que toda a gente controla toda a gente e o vizinho denuncia o vizinho ao menor deslize, como por exemplo, o não cumprimento de uma simples regra comunal como a separação dos lixos e a sua colocação em contentores adequados e compartimentados, ou o disparo de um autoclismo fora de horas. Então “Aqui d’El Rei” que está ali um prevaricador. Impoluta Suíça! Imaculada!


O ditado bem podia ser “A confiança é boa, mas a desconfiança ainda é melhor”, que o seguro morreu de velho e não vá o Diabo tecê-las. A Suíça é o país dos relógios e das torres sineiras e não é por acaso. O tempo tinha de ser atestado pelo relógio na urbe suíça, logo que fosse possível construir relógios em torres altaneiras para que toda a gente pudesse ver. O sol até nos pode dizer que é meio-dia, mas pelo sim e pelo não, para o suíço, é melhor erguer o olhar para o alto, para a torre sineira.

Já nos países latinos, bem no sul mediterrânico da Europa, onde as gentes gostam de rir e de folgar, e acima de tudo neste Portugal, o ditado bem podia ser outro: “O controlo é bom, mas a confiança ainda é melhor.” Outras mentalidades.

sexta-feira, novembro 27, 2015

Chegado o novo governo e…

Já se perfilam as corporações: sindicalistas e patrões, taxistas e empresários (pequenos, médios e grandes), banqueiros e bancários, professores e enfermeiros, juízes e guardas prisionais, polícia de segurança pública e forças armadas, médicos e maquinistas, proprietários e senhorios e etc., etc. etc., e assim sucessivamente. Eis o país onde tudo falta e tudo se pede, cada um de acordo com os seus interesses, cada um sem olhar às possibilidades. O país onde todos ganham mal, desde o trolha ao presidente (o mesmo o disse). Ingovernáveis estes lusitanos, já diziam os romanos.

Que Costa não caia no erro de querer dar tudo a todos. Guterres nisso deu-se mal. Tanto ouviu que partiu, para escapar ao pântano lodoso da governação em que se meteu.

Mas Costa abre já com um ar de festa: cria mais ministérios e secretarias de estado, que há muita gente a sentar. Bem podia ser como a Holanda, como insinua aqui o Rentes. Sempre seria mais comedido e precavido. Mas não. Tempos festivos estes.

Ao Costa e aos seus, votos de um bom trabalho. É difícil fazer pior do que o governo anterior. Que saiba dizer não e que prove que sabe governar, ao largo de todas as banca rotas e corporações.

domingo, novembro 22, 2015

O Islão e as provocações

As palavras realçadas no último post, que não são as minhas, são evidentemente uma provocação que convocam a uma reflexão. Ainda assim, como disse, gostei de as ler.

Onde está a provocação?

No paternalismo implícito na expressão “civilizar o Islão”. O que significa isso? Poder-se-á civilizar uma civilização? O Islão não é apenas uma religião, é uma civilização; um espaço civilizacional que se estende desde a costa da Mauritânia aos confins das ilhas da Indonésia. Quererá dizer “civilizar o Islão” o mesmo que “ocidentalizar o Islão”? Ora nem o Islão quer ser ocidentalizado, da mesma forma que o Ocidente não quer ser islamizado.

Outra provocação: comparar o Alcorão ao “Mein Kampf”. Esta consideração leva-nos a associar o islamismo ao nazismo. Ora nem o islamismo é o nazismo, nem o Alcorão é o Mein Kampf. O “Mein Kampf” escrito por Hitler, como se sabe, é um livro maldito e proibido em muitos países e o nazismo foi, nos espaços onde vingou, alvo de um processo de desnazificação. Defenderão os que comparam o Alcorão ao “Mein Kampf” uma desislamização do mundo?

Contudo, e dito isto, constatamos ainda assim que algo “cheira mal, muito mal, neste Reino da Dinamarca”.

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