sexta-feira, julho 31, 2020
quarta-feira, julho 29, 2020
O dinheiro de Bruxelas e o país dos espertalhões
Todos os espertalhões do país estão já a congeminar um plano para justificar o direito ao dinheiro e à subvenção, ao fundo e ao maneio.
Clara Ferreira Alves, Revista E, Expresso, 24 de Julho de 2020
Não fosse este o país dos cobiçosos pilhadores-quando-podem. A ocasião faz o ladrão. Não sei porquê, vem-me sempre à memória a carraca de Albuquerque à saída de Malaca. Naufragou logo ali com o peso da pilhagem.
É o retrato de um povo. Se não de um povo, pelo menos de uma parte dele muito significativa.
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terça-feira, julho 28, 2020
Escritos na parede, em Almada
Frases enigmáticas, escritas provavelmente por algum
anarquista, de fugida, numa noite muito escura. Frases que nos desafiam de
propósito, e, portanto, frases que gostamos de desafiar.
Eis uma das frases:
“O futuro é passado no presente”
Este “passado” é importante pois pode referir-se ao decorrer,
e nesse caso a frase diz-nos que o futuro decorre no presente. Ou pode
referir-se tão só ao que já ocorreu, ao tempo antes do presente. E aqui
surge um paradoxo: como é que o futuro se pode considerar tempo antes do
presente? A frase presta-se a diferentes interpretações e conduz-nos ao paradoxo.
Na verdade, o presente é o futuro do passado. Esta
ideia está expressa no excelente livro de Ivan Krastev (2020), O Futuro por Contar, Objectiva, na página 18. Diz ele:
A diferença entre o passado e o
presente é que nunca podemos conhecer o futuro do presente, mas já vivemos o
futuro do passado.
Eis outra frase que lemos nas paredes, provavelmente escritas
pela mesma pessoa, pois a letra era a mesma:
“O dinheiro que salva também mata”
Por que não o contrário? Ou seja: o dinheiro que mata
também salva.
O “também” é de extrema importância
na frase, assim como a palavra que surge no fim. Na frase inscrita na
parede, o dinheiro é um malvado, pois no fim acaba por matar. Na frase que
proponho o dinheiro no fim também salva. Acaba por ser uma visão mais positiva
de um meio que é o dinheiro. O dinheiro não tem culpa. O uso que dele se faz é
que pode ser questionável. Atirar no dinheiro
é atirar ao lado.
Mas ainda assim, as referidas frases
inscritas na parede são frases-pontapé. Frases que nos fazem pensar, nos
interpelam e desafiam.
Mas como dizia Nanni Moretti: le parole sono importanti!
segunda-feira, julho 27, 2020
domingo, julho 26, 2020
Racistas ilustres*
Hoje derrubaram e vandalizaram a estátua do Cristóvão Colombo no Funchal, porque era racista, acusam-no. Sim à
luz do contexto actual, Cristóvão Colombo era racista. Não o era, ou esse facto
não relevava, no contexto histórico em que viveu. A história, se a analisarmos
à luz do actual contexto moral, está cheia de racistas ilustres: Cristóvão
Colombo, o padre António Vieira, Ghandi, Churchill, são os
nomes que nos ocorrem, acusados de racismo, mas outros haverá. É bom não
esquecer as atrocidades do passado, o esclavagismo e o imperialismo, os
genocídios, é bom não esquecer a história, para que os mesmos erros não tornem
a ser cometidos, mas também é bom não esquecer os contextos. Derrubar estátuas é
um acto de zelotismo primário que não deve ser tolerado em democracia. Não se
pode tolerar que uma minoria contorne a democracia para impor a sua vontade e
a sua ideologia aos demais. Somos pelo livre jogo democrático. Se as
estátuas desagradam então que se proponha um referendo para apurar se os
cidadãos são favoráveis ou não à sua remoção do pedestal, na sua cidade. Elas poderão ser removidas, mas se assim for que
o sejam democraticamente. A democracia tem de falar mais alto, e no caso, a
democracia directa.
ΩΩΩ
Será que os zelotas que
desfiguraram a estátua de Atena e destruíram os templos da Era Clássica tinham
razão? Será que os talibans que destruíram os budas de Bamiyan tinham razão?
Será que os fundamentalistas do Estado Islâmico que destruíram Palmira tinham
razão? Não nos parece.
Abaixo o fascismo iconoclasta!
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*Entenda-se que este título é uma provocação. Um oxímoro. Não há nada de ilustre no racismo. Mas há racismo e racistas. Mas muitas vezes confunde-se racismo com racistas e generaliza-se abusivamente a todo um povo a ignomínia do racismo, quando se diz que um povo é racista por nele haver racistas. A existência de racistas num povo não significa que todos o sejam, ou que a maior parte o seja.
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*Entenda-se que este título é uma provocação. Um oxímoro. Não há nada de ilustre no racismo. Mas há racismo e racistas. Mas muitas vezes confunde-se racismo com racistas e generaliza-se abusivamente a todo um povo a ignomínia do racismo, quando se diz que um povo é racista por nele haver racistas. A existência de racistas num povo não significa que todos o sejam, ou que a maior parte o seja.
Inclinações e prosternações: uma forma de jihad
![]() |
| Islâmicos prosternados junto a Hagya Sophia |
A exacerbação final [do militantismo sagrado islâmico] encontra a sua expressão mais concreta na prece obrigatória (salāt), praticada cinco vezes ao dia, cada uma compreendendo dezassete inclinações e duas prosternações – por isso, cada muçulmano praticante efectua diariamente oitenta e cinco inclinações e dez prosternações diante de Alá, ou seja, 29 090 inclinações e 3540 prosternações por ano lunar, com as recitações que as acompanham. (…) A palavra árabe masdjid, «mesquita» designa, por conseguinte, o «local de prosternação». Seria dar provas de leviandade de espírito subestimar o efeito formador do ritual praticado muitas vezes. O próprio profeta diz: Ad-dînu um’amala, a religião é o comportamento. Por esse motivo, os eruditos do islão chegam ao ponto de afirmar, com certa razão, que a prece ritual é uma forma de jihad.
Peter Sloterdijk (2009),
A Loucura de Deus, Relógio D’Água, pág. 66.
(destaque a negrito nosso)
(destaque a negrito nosso)
***
A religião é o ópio do povo. Os
ditadores gostam de ministrá-lo em doses maciças.
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sábado, julho 25, 2020
A reabertura das escolas em tempos de pandemia: três casos

Fonte: https://www.worldometers.info/coronavirus/ (consultado a 25 de Julho)
***
A reabertura das escolas em
tempos de pandemia é a grande questão política que se coloca neste momento e
assim será em crescendo até Setembro. A importância das escolas no
funcionamento das sociedades é fulcral. Se houvesse alguma dúvida em relação ao
seu papel, esta pandemia contribuiu para apagá-la. De facto, é preciso uma
aldeia inteira para educar uma criança. De acordo com a revista TIME “60% das escolas em 186 países e territórios encerraram devido aos confinamentos, levando a que 1,5 mil milhões de estudantes tivessem de ficar em casa”. Fala-se
apenas de estudantes, mas o número avoluma-se quando se pensa em toda a
comunidade educativa.
É compreensível a ansiedade de
alguns governantes com a reabertura das escolas no Outono. Querem re-normalizar
o funcionamento das sociedades e da economia o mais depressa possível. Mas,
qualquer precipitação pode ter consequências trágicas, levando ao aumento da
difusão dos contágios e, consequentemente, ao aumento exponencial do número de
óbitos.
O artigo da TIME ilustra três
exemplos de reabertura das escolas, um com relativo sucesso, o dinamarquês, um
intermédio, o sul coreano e um que correu mal, o israelita. Olhando para os
gráficos da evolução do número de casos por dia são patentes as diferenças
entre os três países após a reabertura das escolas, facto que reflecte as diferentes
condições com que reabriram.
Na Dinamarca reduziu-se o número
de alunos por turma, formaram-se microgrupos de doze alunos - um modelo a que
chamaram “bolha protectora”. De acordo com a TIME estes grupos “chegavam à escola separadamente, em momentos programados, para a sua chegada não coincidir com a de outros grupos, almoçavam à parte dos demais e tinham as suas próprias áreas de recreio. A todos os alunos se requeria que lavassem as mãos a cada duas horas, mas não tinham de usar máscara. As carteiras foram separadas dois metros umas das outras, todo o material educativo tinha de ser desinfectado duas vezes ao dia, se possível, e aos encarregados de educação não era permitida a entrada no espaço escolar”. Este protocolo foi prosseguido primeiro para os alunos mais novos,
sendo depois generalizado aos alunos dos níveis mais avançados, quando chegou a
sua vez.
Em Israel, inicialmente foi
seguido o modelo da “bolha protectora”, mas ao fim de duas semanas após a
reabertura das escolas a 3 de Maio, as limitações que se colocavam ao tamanho
das turmas foram levantadas. O resultado foi o agravamento das situações de
contágio entre alunos, professores e comunidade educativa, forçando o governo a
fechar as escolas a 3 de Junho.
Seria bom que isto não
acontecesse em Portugal, quando as escolas reabrirem em Setembro.
quinta-feira, julho 23, 2020
Medo e crueldade
Em nenhuma parte da Europa o
Alemão me aparecera tão nu, tão descoberto, como na Polónia. No decorrer da
minha longa experiência de guerra, tinha-me convencido de que o Alemão não tem
medo do homem forte, do homem armado que o enfrenta com coragem e que lhe faz
frente. O Alemão tem medo dos desarmados, dos débeis, dos doentes. O tema do
«medo», da crueldade alemã como efeito do medo, tornara-se o tema fundamental
de toda a minha experiência. Para quem olhar bem, com inteligência moderna e
cristã, este «medo» inspira piedade e horror, e nunca me tinha suscitado tanta
piedade e tanto horror como na Polónia, onde me aparecia em toda a sua
complexidade o elemento mórbido, feminino, da sua natureza. O que move o Alemão
para a crueldade, para os actos mais fria, mais metódica, mais cientificamente cruéis
é o medo. O medo dos oprimidos, dos desarmados, dos débeis, dos doentes, o
medo dos velhos, das mulheres, das crianças, o medo dos judeus.
Curzio Malaparte (1944), Kaputt, Publicações
Europa-América, 1979, pág. 88.
O desconhecimento e o
desconhecido escondem-se sempre por trás do medo. O medo do outro, esse
desconhecido, pode conduzir, em situação extrema, à agressão, quando pressentimos
no outro uma potencial ameaça, um risco, um perigo. Colocamo-nos em guarda ante
o desconhecido. O outro é um abismo.
Os Alemães pouco participaram das grandes
navegações e dos encontros entre povos e civilizações, iniciadas no século XV. Só quanto os europeus
partilharam a África, no final do século XIX, lhes coube a Togolândia, o
Camarões, a África Oriental (actual Tanzânia) e o Sudoeste Africano (actual
Namíbia). Neste último território ensaiaram o extermínio de povos autóctones e o
funcionamento de campos de concentração*, “solução” que viriam mais tarde a adoptar
largamente na Europa, durante a IIª Guerra Mundial, para fins de extermínio, não
só de judeus, mas principalmente de judeus.
_____________________________
(*) Sobre as atrocidades dos
Alemães no Sudoeste Africano, ver Niall Ferguson, Civilização: o Ocidente e
os Outros, Civilização Editora, 2012, pp. 205-213.
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Colonialismo,
Curzio Malaparte
quarta-feira, julho 22, 2020
O brasileiro
O brasileiro é um feriado.
Nelson Rodrigues (1912-1980)*
__________________
*citado por:
Oscar Mascarenhas, O Grande Livro dos Pensamentos & das Citações, Marcador, 2015.
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