Os media assumem-se como veículo da condenação moral do terrorismo e da exploração do medo com fins políticos, mas simultaneamente, na mais completa ambiguidade, difundem o fascínio bruto do acto terrorista, são eles próprios terroristas, na medida em que caminham para o fascínio (eterno dilema moral, ver Umberto Eco: como não falar do terrorismo, como encontrar bom uso dos media – ele não existe).
Baudrillard, Simulação e Simulacro
Quando os media difundem as mensagens dos terroristas tornam-se os media terroristas. Isto não é um mero jogo de palavras.
Desta forma os terroristas entram pelas nossas casas, mesmo com as portas trancadas.
E assim o mensageiro é a mensagem.
Neste contexto, é preciso desligar o mensageiro.
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Leituras posteriores:
- Baudrillard, Jean (1981). Simulacres et simulation. Éditions Galilée.
- Biernatzki, Williams (2002). “Terrorism and Mass Media”, Communication Research Trends, Vol. 21, n.º 1.
- Eco, Umberto (1968). La Struttura Assente. Milan: Bompiani.
- McLuhan, Marshall (1962). The Guttenberg Galaxy: The Making of Typographic Man. London: Routledge & Kegan Paul.
- Rantanen, Terhi (2005). “The message is the medium – An interview with Manuel Castells”, Global Media and Communication, Vol. 1 (2): 135 – 147.