Repitamos todos, em voz alta e uníssono, para que não sobre uma réstia de dúvida:
O BES NÃO É O GES!
Muito bom.
“Vivemos numa espécie de neoliberalismo que começou a ganhar o Ocidente
e que se tornou extremamente agudo depois da queda do muro de Berlim – e que é
muito confundível com o neo-riquismo -, e que, atacado pela crise em que
estamos, se transformou num neoliberalismo repressivo, com a multiplicação de
impostos, de restrições, etc. Sou contra o neoliberalismo repressivo.”
“A questão da Rússia está a mostrar que o diálogo entre culturas não deve ser baseado na tolerância, mas sim no
respeito. A tolerância só é precisa para aquilo de que não gostamos.”![]() |
| António José Seguro ao computador.(*) |
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| Paulo Portas e Xi Jinping, na ilha Terceira |
Hoje fomos tomados pelo
entusiasmo ao ouvir o Sr. Primeiro-ministro anunciar, baseando-se num estudo
encomendado pelo seu governo à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico
(OCDE), que afinal as desigualdades na distribuição do rendimento assim como os
índices de pobreza relativa, estavam a diminuir. Boas notícias! Se considerarmos
ainda a notícia menos recente da diminuição na taxa de desemprego, tudo indicia
então que o desenvolvimento chegou ao País. Caramba! Afinal o neoliberalismo é
coisa boa e contribui para o desenvolvimento. E julgávamos nós que estávamos a
empobrecer, a ficar socialmente cada vez mais desiguais e que a diminuição da
taxa de desemprego se devia há recente hemorragia emigratória de desempregados,
que superou a dos anos 60.
O livro de J. Rentes de Carvalho,
Portugal, A Flor e a Foice, projecta uma luz de holofote sobre um período
histórico, que agora alguns querem branquear em novas historiografias. Ao lê-lo
tudo fica mais claro. Escrito em cima dos acontecimentos, mas em dois espaços
diferentes, Portugal e Holanda, o que lhe confere quase simultaneamente a
proximidade e a distância necessárias a uma visão clara, livre de contaminações
revisionistas, não se coíbe de chamar os bois pelos nomes. Ao contrário de uma
certa História de Portugal que por aí foi contada em fascículos – refiro-me
àquela que foi coordenada por Rui Ramos e companhia -, em que não se ousa
chamar ao Estado Novo de Salazar, aquilo que ele realmente foi, um regime
fascista, Rentes coloca-os – a Salazar e ao estado Novo - no seu devido lugar,
entre os regimes fascistas europeus. Finda a leitura, o sentimento é de
gratidão para com o homem, pela leitura prazerosa e por clarificar em momento oportuno o que muitos por
aí nos querem ocultar ou confundir, trocando as voltas à história.![]() |
| Neymar contorcendo-se de dores após ter sido atropelado por um |