Sabemos agora
que Assad, o criminoso de guerra contra a Humanidade, só ainda se sustém porque
existe uma base russa no território sírio. É o seu seguro de vida. Caso essa base
não existisse, o seu destino teria sido o mesmo que o de Sadam ou o de Kadafi,
ou ainda o de Mubarak, esses déspotas orientais. O problema é que a Síria,
nessa circunstância, estaria hoje transformada numa Líbia, onde reina a
anarquia, ou num Iraque. A entrada em campo dos terroristas do Daesh, outros criminosos contra a Humanidade, entre outros, conduziu ao descrédito toda e qualquer oposição séria a Assad, para mal dos
sírios. E há já quem pense que, mal por mal, que fique por lá o Assad. Também para
mal dos sírios, que saem sempre mal nesta história, e saem da Síria. E há já também entre
nós quem lastime a queda de Kadafi e de Sadam, pois a anarquia que se seguiu
está à vista de todos.
Há uma importante lição a tirar
de toda esta história: tentar impor a democracia à bomba, ou até de outras
formas menos agressivas, nos estados do Médio e do Próximo Oriente, não resulta.
Trata-se de um erro crasso só atribuível a quem despreza a história longa, pois
antes até dos tempos de Heródoto, têm sido os reinos despóticos ou as
monarquias que sempre por ali vingaram, e estas reagem continuamente contra
toda e qualquer tentativa de imposição da democracia.
Ali a democracia não funciona, nem quer funcionar.