António Guerreiro, "A História Gosta de se Citar", Público, 25 de Novembro de 2016
domingo, dezembro 04, 2016
Versões pindéricas
As imprecações contra o “politicamente correcto” e o multiculturalismo são versões pindéricas de uma cultura de extrema-direita.
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sábado, novembro 26, 2016
Hoje chora a Sierra Maestra
Fidel Castro (1926-2016)
Hoje chora a Sierra Maestra. Morreu-lhe o filho mais
querido.
De Fidel aprendi que "jamais poderá ser revolucionário aquele que não acredita no Homem." Infelizmente já não me coloco nessa
categoria. Sinal de que estou a ficar velho. Talvez.
A Revolução é coisa de jovens.
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sexta-feira, novembro 25, 2016
O sacrilégio do Rentes
Rentes cometeu um sacrilégio. Esse, o de juntar numa só
frase, as palavras “refugiado” e “terrorismo”. O sacrilégio de pensar pela sua própria cabeça. O sacrilégio de considerar o “politicamente correcto” uma obnubilação aos que ousam exprimir livremente um pensamento claro e limpo, livre de
conspurcações ideológicas e modas correntes.
Ora um pensamento livre não se deixa agrilhoar pelo "politicamente correcto".
Cá vai:
Com os seus atentados e degolações, o
terrorismo bastaria como séria ameaça, mas mesmo sem violência, pela simples
presença e número, os refugiados contribuirão igualmente, senão para destruir a
Europa, de certeza para abalar os seus alicerces, transformar as suas
instituições, desestabilizar o equilíbrio e a variedade das sociedades que a
compõem. Os refugiados do Médio Oriente não conhecem mais do que os regimes
tirânicos e autoritários que, malgrado as suas imensas riquezas, só produzem
sofrimento, atraso e miséria.
Será então razoável esperar que gente
nada e criada nesses ambientes seja capaz, ou deseje, abraçar os nossos valores
de liberdade e respeito quando, apesar do sofrimento, eles, como muçulmanos,
consideram o seu modo de encarar a vida o único possível? E a sua religião
única e obrigatória?
Rentes de Carvalho, A Ira de Deus Sobre a Europa, Quetzal,
2016, pág. 13.
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sábado, novembro 19, 2016
As elites já não moram aqui
Ontem, 18/11/2016, António Guerreiro escreveu
no Público uma das suas interessantes
opiniões, agora contra os que usam o discurso da crítica das “elites”, sem que
precisem com rigor de que elites se tratam. “Que elites são essas tão vagamente nomeadas?”, questiona ele, e refere que “Não é possível saber [que elites são essas], nem há nada a saber, porque este discurso [o da crítica das elites] tem o objectivo de uma palavra de ordem, um refrão, que nada diz de substancial, mas chama a atenção sobre quem o profere.”
Mais adiante esclarece-nos que “a palavra “elite” de origem francesa, incorpora a originária raiz do verbo latino eligere, escolher”.
***
Quem são as elites de hoje afinal?
Quem são os escolhidos, os eleitos dos nossos dias? Não serão os que se podem
evadir, descomprometidamente, de um mundo que se tornou demasiado superlotado,
demasiado malcheiroso, demasiado insuportável, enfim, um mundo com demasiados
outros, comuns mortais? Afinal não era Jean-Paul Sartre que afirmava que o Inferno são os outros? Mas atenção: ainda que possam e desejem
apartar-se dos outros, as elites, para o serem, não se podem apartar do poder. Caso contrário que elites seriam? Elites sem poder? Trata-se de uma contradição nos seus termos. É
o poder que define as elites, acima de tudo. Mas hoje, também acima de tudo,
esse poder é um poder politicamente descomprometido, é um poder
desterritorializado, e a sociologia das elites sabe-o bem e melhor do que
ninguém.
Zygmunt Bauman, aborda o assunto na
sua obra, Em Busca da Política, Zahar
Editores, 2000. Afirma ele o seguinte:
Os operadores de capital da nossa época [a elite global de hoje] têm uma notável semelhança com os
proprietários de terras pré-modernos que viviam longe das suas propriedades. A
sua ligação com as localidades das quais retiram o excedente de produção é, no
entanto, ainda mais ténue do que os laços que uniam aqueles proprietários
fundiários às suas terras distantes.
Mesmo quando fisicamente ausentes e não integrando nem social nem
culturalmente a localidade, os antigos senhores de terras eram assim mesmo
proprietários fundiários, daí ser necessária uma certa preocupação em preservar
a capacidade da terra em produzir riqueza, caso contrário secaria a fonte da
sua riqueza e poder. No caso desses senhores de terras dos tempos
pré-modernos, o poder era acompanhado de obrigações, ainda que diluídas,
e a exploração andava de mãos dadas com algum tipo de solidariedade — ainda que
frágil e pouco confiável — para com a sorte dos explorados. Já não é mais
esse o caso ou pelo menos não tem que ser — e as pressões globais
combinadas dos todo-poderosos mercados financeiro, accionista e bancário cuidam
para que assim não seja.
O poder do capital perde cada vez mais a sua materialidade, e torna-se cada
vez mais “irreal” quando visto a partir do significado que a realidade tem para
as pessoas que não integram a elite global e têm pouca oportunidade
de juntar-se a ela. Uma nova habilidade para evitar, elidir e escapar
substituiu o envolvimento na vigilância, no treinamento e na administração como
recurso primordial e essencial do poder. Tornou redundante todo e qualquer compromisso
— por mais benigna ou cruel a forma que assumisse. Sobretudo, a capacidade de
evitamento tornou disponível a outrora suprema forma panóptica de envolvimento
através do esforço de vigilância, treinamento e disciplina. O financiamento do
controle de tipo panóptico é hoje considerado um gasto desnecessário e
injustificável, irracional mesmo, a ser descartado ou, melhor ainda,
completamente eliminado. O sinóptico — um panóptico tipo faça-você-mesmo, que
seduz muitos a embasbacarem-se com poucos, em vez de contratar uns poucos para
vigiar muitos — mostrou-se um instrumento de controlo muito mais eficaz e económico.
Os remanescentes do velho panóptico ainda actuantes não visam o treinamento
corpóreo nem a conversão espiritual das massas, mas a manter no seu lugar
aqueles sectores das massas que não devem seguir a elite no seu novo gosto pela mobilidade.
As classes cultas do nosso tempo,
produtoras e detentoras de saber [outra elite que Guerreiro critica], também se parecem às congéneres
pré-modernas à época em que estas se postavam em segurança atrás das impenetráveis
muralhas do latim, isolando-se da gente simples. Com efeito, o
ciberespaço da web mundial é sob muitos aspectos o equivalente actual do latim
medieval. Ela torna os integrantes das classes cultas pessoas sem território
e fora do alcance daqueles que lhes são próximos no espaço físico, ao mesmo
tempo que lança o alicerce tecnológico de um outro universo, um universo
virtual que aproxima os membros da classe culta. Na qualidade de homens e
mulheres de saber eles habitam o ciberespaço, no qual as distâncias são medidas
por padrões inteiramente diferentes dos que são usados no espaço geográfico
comum; no ciberespaço criam-se pistas independentes das rotas seguidas pelos
outros e a sinalização é disposta de maneira apenas, quando muito, superficial
e casualmente relacionada à cartografia e topografia usuais.
Zygmunt Bauman, Em Busca da Política, Zahar Editores, 2000
(adaptada), os destaques e sublinhados são nossos.
***
As elites já não moram aqui.
Moram em todo o lado, ou seja, não moram em lado nenhum. A extrema mobilidade é uma das suas características. A capacidade de morar em qualquer lugar,
onde lhes aprouver, sem qualquer outra ligação de maior a esse lugar, localidade
ou região, para além de ocuparem esporadicamente um dos seus condomínios aí
localizados, é outra das suas particularidades. O compromisso político com as
sociedades que as viram nascer deixou de ser considerado pelas elites como uma
obrigação, um dever ou uma necessidade de sobrevivência, ou ainda uma condição para a obtenção de poder. A possibilidade de evasão ou “evitamento” por parte das elites trata-se
antes de uma libertação.
As novas elites dispensam representação
e furtam-se à taxação.
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Sociologia
The Times They are a Changing. Really?! A Nova Ordem Trumpeana
Tudo começou quando se cantava uma
Nova Ordem Mundial no rescaldo da antiga (com a derrota da URSS no Afeganistão e
o seu fim, surpreendente, na época). Seguiu-se, breve, uma nova ordem unipolar dominada
pela hiperpotência americana. A América era grande outra vez. Essa nova ordem foi
uma ordem de novas guerras e rebeliões em países aparentemente distantes da
Europa, mas não tão distantes quanto isso. Durante os conflitos, potentes meios
de comunicação globais não deixavam de mostrar as imagens dos infernos
terrestres (tivemos bombardeamentos em directo comentados com todo o
profissionalismo) e imagens dos paraísos terrestres, chegando tais imagens aos
quintos dos infernos terrestres. E os que viviam no inferno dos conflitos, e os
que podiam, rapidamente de lá queriam sair, legitimamente ou ilegitimamente. E
saíam. E para onde rumar, mesmo com risco de vida, se não para os paraísos
terrestres mais próximos.
Carontes bem pagos ajudavam à travessia
agora inversa, do Hades ao Éden, das terras dos mortos para as terras dos
vivos, terras prometidas de vida farta e plena. Então os novos bárbaros começaram
a chegar, ousando atravessar desertos e fossos dantescos, mediterrânicos. Os
novos bárbaros serão os novos europeus (lê-se numa revista), pois claro (afinal
os velhos europeus – nós - também não fomos já velhos bárbaros?).
***
Schengen rebentou como uma
barragem prenhe de água até não poder mais. O descontrolo instalou-se nas
fronteiras externas da “União” e depois nas fronteiras internas. Rios de
imigrantes e refugiados começaram a penetrar os caminhos da Europa em direção
ao Norte. A figura do imigrante clandestino, ilegal, desapareceu. Eram todos
refugiados. Um governo socialista francês fechou os olhos à construção de uma
cidade de barracas num extremo do seu território, frente à fossa mais estreita
e menos profunda, e por isso mais transponível, do Canal da Mancha. Formou-se então
essa enorme “selva” de habitações precárias – uma “selva” em plena Europa
continental, frente a esse outro paraíso mais paradisíaco, aos olhos de quem
procura, não refúgio, mas outra coisa qualquer, que é a Grã-Bretanha. Na
verdade, aqueles refugiados de Nord-Pas-de-Calais, já não fugiam da guerra, não
procuravam refúgio, procuravam sim outra coisa. Pois afinal no paraíso francês
não havia guerra, não é verdade? Então o que procuravam aqueles refugiados?
Não haviam alcançado já a paz nas terras de França? Não se encontravam já distantes
dos infernos terrestres? A constituição da “Selva” em Nord-Pas-de-Calais teve
um efeito desconfortável no subconsciente de muitos dos que viviam além Mancha.
Afinal, meu Deus, meu Deus, o que vinha aí. Epílogo: Venceu o Brexit! O Reino
Unido, desunido, abandona o barco Europeu, qual escaler lançado ao mar em
momento de aflição ou invasão, quando o grande navio já mete água por todo o lado.
***
Meses depois, do outro lado do
Atlântico, vence um Trump. Um grosseiro. Outro rombo no casco do navio
Ocidental.
O Euro afunda-se agora face ao
dólar, na iminência de uma subida das taxas de juro diretoras americanas e a
Itália ameaça uma evasão da zona Euro, aprofundando mais ainda a eterna crise
do Euro. Crise que só terminará, diga-se de passagem, com o fim do Euro. Em
suma: o Euro é a crise.
Por tudo isto são por isso agora
mais sonoros os brados dos profetas da desgraça e das cassandras, anunciando o
fim do Euro e a derrocada do projeto Europeu. O fim de um mundo que se queria
novo e o começo de um novo mundo que afinal é o velho.
The times are changing.
Mas o vento que por aqui sopra, nem cheira bem, nem está de feição.
Mas o vento que por aqui sopra, nem cheira bem, nem está de feição.
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domingo, novembro 13, 2016
quinta-feira, novembro 10, 2016
Trump, trump, bang, bang.
Eis que o Imperador Trump tomará
o ceptro e irá sentar-se no trono da América. Será que desta vez a América irá
deixar o mundo em paz? E será que o mundo irá deixar a América em paz? Afinal são
muitos os que acusam de inacção a América quando alguns conflitos despontam. Depois, mais tarde, vêm acusar a América de querer
ser o polícia do mundo e de se querer substituir ao papel da ONU com a qual rivaliza
no intervencionismo “salvador” do mundo.
O Trump quer fazer da América
grande outra vez. Mas se pensarmos bem, foram as grandes guerras que fizeram a
grandeza da América.
***
Estou curiosíssimo para ver que
cavalos vai Trump nomear, qual novo Calígula, imperador louco dos tempos
pós-modernos. Avizinham-se tempos interessantes para a globalização galopante, com
o Brexit e agora com o presidente Trump a agitar a bandeira do proteccionismo e das
fronteiras fechadas. Tudo parece indicar que o galope da globalização vai ser
travado, mas é difícil crer nisso, tal a velocidade que assumiu o processo. Petróleo
a queimar, armas a disparar e corpos a tombar (muitos deles negros, às mãos armadas da polícia) continuarão a ser garantidos na terra do Tio Sam e, provavelmente, noutros lugares do mundo. Prosseguirão as alterações climáticas, a todo o gás, assim como o
aquecimento global. Preparemo-nos para o pior, esperando que o pior não
aconteça. Eis os tempos do cowboy americano,
de revólveres na mão, disparando as suas armas em todas as direcções: trump, trump, bang,
bang.
domingo, novembro 06, 2016
A natureza das coisas
Todas as coisas acabam mal, no fim. Mas acabar é a natureza das coisas.
Gore Vidal, Criação, Publicações Dom Quixote, 1981, pág. 68.
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sábado, novembro 05, 2016
O velho humanismo: uma mistura para vomitar. Mas será o novo melhor?
O velho humanismo afasta-se e desaparece. A nostalgia atenua-se e é
cada vez mais raro que nos voltemos para rever a sua forma estendida no
caminho. Era esta a ideologia da burguesia liberal. Inclinava-se sobre o povo,
sobre os sofrimentos humanos. Cobria, sustentava a retórica das almas belas,
dos grandes sentimentos, das boas consciências. Compunha-se de citações
greco-latinas polvilhadas de judaico-cristianismo. Um cocktail assombroso, uma
mistura para vomitar. Só alguns intelectuais (de “esquerda” – mas ainda haverá intelectuais
de direita?) mantêm ainda o gosto por esta bebida triste, nem revolucionários,
nem abertamente reaccionários, nem dionisíacos, nem apolíneos.
É, assim, para um novo humanismo que devemos tender e esforçar-nos,
isto é, para uma nova praxis e um
outro homem, o da sociedade urbana. Escapando aos mitos que ameaçam esta
vontade, destruindo as ideologias que desviam este projecto e as estratégias
que afastam este percurso. A vida urbana ainda não começou. Nós realizamos hoje
o inventário dos despojos de uma sociedade milenar na qual o campo dominou a
cidade, cujas ideias e “valores”, os tabus e as prescrições eram, em grande
parte, de origem agrária, marcados por uma dominante rural e “natural”. Do
oceano campesino emergiam custosamente esporádicas cidades. A sociedade rural
era (ainda é) a sociedade da não-abundância, da provação aceite e rejeitada,
dos interditos que ordenam a regulamentam as privações. Esta também foi,
todavia, a sociedade da Festa, mas esse aspecto, o seu melhor, não foi retido,
e era ele que seria necessário ressuscitar e não os mitos e os limites!
Henri Lefebvre, O Direito à Cidade, Letra Livre, 2012,
pág. 110.
A vida urbana já começou. Lefebvre
acusa o velho Humanismo burguês e aponta para um novo, ironicamente ainda mais aburguesado
(não é afinal um humanismo de burgo aquilo que ele nos propõe?). Trata-se no
entanto de uma fuga para a frente. Ora o novo humanismo que ele nos propõe ainda é
pior. Sabemo-lo agora. Trata-se de um humanismo urbano que descarrila na
desumanidade das cidades sem fim. É o humanismo das ruas nocturnas, frias e
vazias que produziu os sem-abrigo deambulantes e envergonhados que povoam as
grandes cidades, verdadeiras sepulturas do espírito humano. À festa rural circunscrita
opôs-se o frenesim festivo e consumista, urbano e omnipresente. À contenção da
sociedade da não-abundância, sobrepôs-se o desperdício da sociedade da
abundância, incontida, desregrada, infrene e insustentável. Se a dominante
rural era “natural” e idílica, a urbana é artificial, insana e doentia.
Trata-se de uma dominante mecânica. Um irónico humanismo de máquina.
Somos hoje prisioneiros de um
quotidiano sistematicamente medido e controlado pelas máquinas do tempo, essa
marca do novo humanismo. Vivemos o totalitarismo do tempo maquinal, em
sociedades-máquina (e em cidades-máquina), onde os vizinhos não se conhecem. Nas
sociedades humanistas urbanas defendidas por Lefebvre marchamos todos a toque
de caixa. Alguns de olhos sonâmbulos ainda entoam loas a esse novo humanismo, nas
novas manhãs urbanas que agora cantam. Um canto desafinado.
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