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Boa leitura, para quem gosta de escaladas. Nucleares é claro. Para lá já estamos a caminhar, não é verdade?!
Impensável, diz Guterres. Pensável, dizem Ackerman e Stavridis. Pensaram e escreveram.
Esperemos que não passe da ficção científica.
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Boa leitura, para quem gosta de escaladas. Nucleares é claro. Para lá já estamos a caminhar, não é verdade?!
Impensável, diz Guterres. Pensável, dizem Ackerman e Stavridis. Pensaram e escreveram.
Esperemos que não passe da ficção científica.
Ditadura nunca mais!
25 de Abril, sempre!
Mas o desenvolvimento e a democracia* ainda estão por cumprir.
O elevador social?
A maioria, levou-os do rés-do-chão ao 1º andar, enquanto os ricos do costume subiam do 10º ao 50º.
Qual elevador social?
Prossegue ainda a reprodução social.
O filho do pobre, pobre será e o filho do rico, rico será.
Pesa uma dívida enorme sobre a cabeça dos nossos filhos,
Criada pelos que nos desgovernaram.
Ditosa pátria.
Equipar as Forças Armadas. Pois.
Quem pensam que somos nós?
O país com uma das maiores dívidas do mundo
Mas o cobertor é demasiado pequeno: tapamos o peito, destapamos os pés.
Vamos equipar as Forças Armadas, pois.
Ou serão carreiras e salários o que mais importa?
O ordenado dos generais e dos marechais?
(Quantos generais e almirantes, meu Deus.)
Ou serão os canhões e os porta-aviões?
E o que vamos nós destapar, rica pátria?
A Educação, a Saúde, a Segurança Social?
Deixem-me rir.
E se começassem por pagá-la?
É o que me apraz dizer no dia de hoje.
Lamento.
Que cantem, pois.
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(*) "No seu sentido mais forte, democracia significa um poder que não tem representação, que é exercido diretamente. O sistema representativo, tal como funciona na Europa desde o século XIX, foi criado por medo da democracia. A ideia subjacente é a de que o poder das massas, ou da maioria, é perigoso. E o sistema representativo surge para impedir o que seria uma democracia efetiva. É qualquer coisa como um ‘assunto de família’: um pequeno número de eleitores que escolhem um ainda menor número de representantes. No século XIX, com a extensão do sufrágio, criou-se uma situação que é totalmente ilegítima: o casamento entre representação e democracia. Assim surge este sistema misto que não é democrático e que também não é verdadeiramente representativo. Criou-se algo que ia contra a democracia, a saber, uma classe de políticos profissionais, de gente que é especialista no poder. Ora, isto é contrário à democracia, assim como à própria lógica do sistema representativo que supõe uma proximidade entre o representante e o representado. Este sistema ilegítimo dá, por sua vez, um enorme poder aos governos."
Jacques Rancière, Expresso, Revista E, 22 de Abril de 2022, p.46.
Afinal foi Huntington quem tinha razão e não Fukuyama.
Do seu livro de 1996:
No entanto, aquela eleição [a presidencial de 1994] levantou a questão de a parte ocidental do país se separar da Ucrânia que estava mais perto da Rússia. Alguns russos concordariam. Como disse um general russo, «em cinco, dez ou quinze anos, a Ucrânia, ou melhor, a Ucrânia Oriental, voltará para nós. A Ucrânia Ocidental que vá para o inferno!» Contudo, essa Ucrânia, uniata e ocidentalista, só seria viável com uma forte e eficaz ajuda ocidental. Porém, tal ajuda só será provável se as relações entre o Ocidente e a Rússia se deteriorarem gravemente para se assemelharem às que existiam no período da guerra fria.
Samuel Huntington, op. cit, pág. 196.
Para quando a paz?
Para quando a luz?
Para quando a corrida sob o céu limpo?
Para quando o brilho dos teus olhos alegres?
Para quando as brincadeiras no parque?
Para quando os teus braços e abraços?
Para quando, para quando, para quando,
os leves sonhos das noites tranquilas?
Madeleine Albright (1937 - 2022)
Há dois tipos de fascistas: os que dão ordens e os que obedecem a elas.
Madeleine Albright
Alguns já começaram a considerá-lo um inimputável ao insinuarem que ensandeceu, que está louco. Putin não é louco. O seu acto de guerra contra a Ucrânia demonstra crueldade. Chamem-lhe assassino. Um frio assassino. Frio à superfície, claro. Nunca se sabe o que lá vai por dentro.
Um orgulho desmedido e sem razão. Uma vaidade, presunçosa e
imperial. O desejo em tornar a Rússia grande outra vez. Notou-se logo quando
rechaçou qualquer ajuda para resgatar o Kursk do fundo do mar, há quase
22 dois anos, no ano 2000, no Mar de Barents. Vários países propuseram ajuda para
resgatar o submarino nuclear e tentar salvar os marinheiros que
lá estavam, mas Putin, dispensou sempre a ajuda. A Rússia trataria orgulhosamente dos seus. Os
marinheiros morreram no fundo do mar.
Isto ajuda a perceber o homem. Não lhe chamem louco. A
maldade não se deve confundir com a loucura. Os loucos têm sempre algum
grau de impunidade.
Putin não é impune.
Viva a Ucrânia livre! Vivam os Ucranianos!
Uma desilusão.
Primeiro a debandada do Afeganistão e agora isto.
Mas é preciso vender armas e gás natural. É preciso conquistar os mercados. É preciso conquistar o mundo, principalmente quando se sente o mundo fugir debaixo dos pés.
O Ocidente está dividido e o responsável não é apenas Putin. Os anglo-saxónicos parecem querer forçar uma guerra e enterrar qualquer solução diplomática, ao contrário dos alemães e dos franceses.
Mas por que razão não pode ser a Ucrânia como a Finlândia, que está na U.E. mas não na NATO?
A União Europeia está a ser bem tramada neste jogo.
Enquanto isso lá vão os EUA, exportando inflação.