Um grande comunicador e divulgador da História de Portugal. É assim que o recordamos, sabendo que foi muito mais do que isso.
Partiu hoje.
Ouvimos o economista João Salgueiro falar na TV sobre a crise sistémica. Disse que o país de há doze anos para cá baseou o seu modelo económico no crédito fácil. Que nos tornámos viciados no crédito e que o problema se colocou quando os credores nos negaram mais dinheiro. Que nos encontramos agora numa situação análoga à de um país que tivesse perdido uma guerra devastadora. Que por isso temos de mudar de vida, ou seja, de modelo económico e começar de novo. Que o país tem de, doravante, basear o seu desenvolvimento no investimento produtivo não público. João Salgueiro olhou para o país.
"Não descansaremos enquanto não pusermos Portugal a crescer. Sabemos bem que essa é a única forma verdadeira e duradoura de defender o nosso Estado social, de poder realizar a justiça social para quem dela precisa e para poder garantir uma melhor distribuição do rendimento e da riqueza no nosso país", declarou Pedro Passos Coelho.
Relembramos
aqui as palavras do economista britânico Dudley Seers (1920-1983): “as
perguntas a formular acerca do desenvolvimento de um país, de uma região, são
simplesmente estas: o que é que vem acontecendo com a pobreza? Com o desemprego? Com as desigualdades? Se os três se
têm reduzido (a pobreza, o desemprego, as desigualdades), não pode duvidar-se
de que houve desenvolvimento no país ou região em questão.” (1)