domingo, setembro 21, 2014
sábado, setembro 20, 2014
"Quem está na educação por outra razão que não seja a educação, não pode ser consentido na educação."
"Quem está na educação por outra razão que não seja a educação, não pode ser consentido na educação."
Gostei de ler o texto de Helena Damião no blogue Rerum Natura.
A educação não deve ser um negócio ou estar dependente de um negócio. Mas a educação também não deve estar ideológica e unicamente dependente das orientações doutrinárias de um Estado, de uma política partidária ou de uma religião.
Não há filosofia, ciência, cultura ou arte, e até desporto, totalmente independentes de correntes ideológicas ou de outros poderosos interesses, mas é aí, na independência da educação, que reside o ideal educativo. Uma educação unicamente do Estado e para o Estado deseduca (basta que nos lembremos da educação que os nazis "ministravam" nas escolas e universidades - eram muito educados os senhores nazis, não?!). Temos também universidades religiosas que educam à revelia da verdade científica. Na verdade não educam: deseducam! Na verdade nem deviam chamar-se universidades.
A Revolução Industrial e a guerra contra a Terra
Desde a revolução industrial nascida das minas de ferro britânicas, a
metalização da sociedade adquiriu ainda uma nova dimensão. Simultaneamente, a
exploração do interior da terra dá um salto. Nascem então minas gigantescas que
descem até às profundidades mais negras das entranhas da terra. Os mineiros
tornam-se o exército-fantasma da civilização industrial – exploradores explorados;
os operários da siderurgia tornam-se a tropa de elite do ataque capitalista
contra a crosta «avara» da terra. Finalmente, a economia moderna capitaliza
todas as riquezas naturais do subsolo e, por milhões de penetrações, de perfurações
e de extracções, faz avançar a guerra mineralógica contra a crosta da terra
para queimar as riquezas extraídas ou para as transformar em utensílios e em
sistemas de armamento. Quotidianamente, as civilizações industriais condenam à
morte milhões e milhões de seres vivos e milhões de toneladas de substâncias. Nelas se consuma a relação mantida com a terra pelos senhores saqueadores das
civilizações ocidentais.
Peter Sloterdijk, Crítica da Razão Cínica, Relógio D’Água,
2011, p. 444.
A difusão planetária da industrialização
generalizou a guerra contra a Terra. Já não é apenas uma questão entre as
civilizações ocidentais e a Terra. Os saqueadores estão por todo o lado e o
saque realiza-se já em todos os espaços civilizacionais, incluindo os das
civilizações não ocidentais, emuladoras do Ocidente. Com a Revolução Industrial, o saque, que já antes se iniciara, agudizou-se, tornou-se virulento e
pandémico.
Etiquetas:
Ambiente,
Filosofia,
Guerra,
Peter Sloterdijk,
Revolução Industrial
domingo, setembro 07, 2014
sexta-feira, setembro 05, 2014
E aí, onde aparece, começa a noite escura
No «projéctil capaz de pensar», chegámos ao ponto extremo da moderna dissimulação
do sujeito, pois o que se chama sujeito
na época moderna é na verdade esse eu da autoconservação que se está a retirar
passo a passo da vida até ao auge paranóico.
(…)
A próxima grande guerra já só verá como combatentes pessoas
esquizofrénicas e máquinas. Homunculi,
representantes do Estado, gerentes-lémures desdobrados das forças destrutivas,
premirão, quando «for preciso», os botões decisivos, e robots heróicos assim como máquinas infernais
«capazes de pensar» saltarão uns sobre os outros – o experimentum mundum estará terminado: o ser humano era um
falhanço. O Iluminismo só pode extrair a seguinte conclusão: não se pode
iluminar, esclarecer [al. aufklären]
o ser humano, pois este era já em si a falsa premissa do Iluminismo. O ser
humano não basta. Encerra em si o princípio obscurecente da dissimulação, e aí
onde aparece o seu eu não pode luzir o que foi prometido por todos os Iluminismos:
a luz da Razão.
Peter Sloterdijk, Crítica da Razão Cínica, Relógio D’Água,
2011, pp. 446-447.
***
Estamos perante outra versão do
dito heideggeriano segundo o qual só um deus poderá salvar-nos. Para Sloterdijk, nem a Ciência nem a Razão
podem salvar-nos. Para ele o Homem é uma experiência falhada: “o ser humano era
um falhanço”. O ser humano é a “falsa premissa do Iluminismo”. “O ser humano
não basta”, diz ele, nem se basta a si mesmo, para se salvar: só um deus, caso
exista, o poderá salvar.
Até lá a loucura prossegue,
enredada no mais profundo desespero.
Etiquetas:
Filosofia,
Guerra,
Máquinas,
Peter Sloterdijk
A coisa-para-ti.
Aquilo que destinámos ao inimigo – a sua aniquilação numa grande
superfície por consumpção, contaminação, atomização -, temos de começar por o
fazer sofrer à própria arma. No fundo, mais não é do que a nossa mensagem para
o nosso adversário, transmite as nossas intenções a seu respeito. Por esta
razão, as armas são os representantes do inimigo no nosso próprio arsenal. Quem
forja uma arma dá a perceber ao seu
inimigo que será tão impiedoso a seu respeito como a respeito da moca, do bloco
de ferro, do obus e da ogiva. A arma é já o adversário maltratado; ela é a coisa-para-ti. Quem
se arma está sempre já em guerra. De facto, esta opera continuamente
segundo alternâncias de quente e de frio e chamamos abusivamente paz à fase
fria. Na óptica do ciclo polémico, a paz significa tempo do armamento, quer dizer, transferência das hostilidades para os metais; a guerra é, por conseguinte, a utilização e consumo dos produtos de armamento; a actualização das armas contra o adversário.
Peter Sloterdijk, Crítica da Razão Cínica, Relógio D’Água,
2011, p. 445.
(escrito em 1983, destaques nossos)
A paz é mais do que um estado em
que se ganha fôlego e músculo para a guerra seguinte. A paz é já a fase fria da guerra
incessante. De acordo com esta acepção vivemos sempre num estado de guerra.
Guerra contra a Natureza, guerra contra os outros, guerra contra nós próprios.
Etiquetas:
Filosofia,
Guerra,
Peter Sloterdijk
sábado, agosto 23, 2014
A Criação e a Expulsão do Paraíso
Giovanni di Paolo, A Criação e a Expulsão do Paraíso (detalhe), c. 1445
Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque
quinta-feira, agosto 21, 2014
Notícias da queda
De George Steiner, sobre o pensamento de Claude Levy-Strauss:
A queda do homem não apagou de uma penada todos os vestígios do Jardim do Éden. Os viajantes do século XVIII sucumbiram a uma espécie de ilusão
premeditada quando pensaram ter encontrado raças humanas inocentes no paraíso
dos Mares do Sul ou nas florestas do Novo Mundo. Mas as suas idealizações
tinham uma certa validade. Os homens primitivos, que existiam, por assim dizer,
fora da história, seguindo usos sociais e mentais dos primórdios e possuindo
uma certa intimidade com as plantas e os animais, encarnavam efectivamente uma condição mais natural. O seu divórcio
cultural com a natureza ocorrera evidentemente centenas, milhares de anos
atrás, mas fora menos drástico que o do homem branco: em termos mais precisos,
os seus usos culturais, os seus rituais, mitos, tabus, técnicas de recolha de
alimentos eram calculados para aplacar a natureza, para confortá-la, para viver
com ela, para tornar a divisão entre natureza e cultura em algo menos violento,
menos dominante.
Ao encontrar estas sombras de vestígio do Éden, o homem ocidental
dispôs-se a destruí-las. Massacrou inúmeros povos inocentes. Derrubou as
florestas e queimou as savanas. Então, a sua fúria de destruição virou-se para
as espécies animais. Uma após outra, foram perseguidas até à extinção ou à
sobrevivência factícia dos jardins zoológicos. Esta devastação foi muitas vezes
deliberada: era o resultado directo da conquista militar, da exploração
económica, da imposição de tecnologias uniformes aos modos de vida autóctones.
Milhões pereceram ou perderam a sua identidade e património étnicos. Alguns
observadores calculam que, só no Congo, tenham morrido vinte milhões de vítimas
desde o início da colonização belga. Linguagens, cada uma das quais codificava
uma única visão do mundo, foram cilindradas e lançadas no esquecimento. A
garça-real e a baleia foram caçadas quase até à extinção. Muitas vezes, a
destruição era acidental ou mesmo devido a benevolência. As dádivas trazidas
pelo homem branco – dádivas médicas, materiais, institucionais – mostraram-se
fatais para os seus receptores. Como conquistador, explorador ou médico, o
homem ocidental trazia sempre a destruição. Aparentemente possuídos por alguma
ira arquetípica pela nossa exclusão do Jardim do Paraíso, por alguma recordação
torturante dessa desgraça, revirámos a Terra em busca de vestígios do Éden e
arrasámo-los sempre que os encontrámos.
George Steiner, Nostalgia do Absoluto, Relógio D’Água,
2003, pp 45-47
***
Post scriptum:
O texto supracitado, da autoria de George
Steiner, faz parte de um conjunto de palestras que ele proferiu na rádio em
1974. Então não se falava de países emergentes. Hoje, o homem ocidental, o
branco de que ele fala, está longe de ser o único a causar a devastação
planetária (*). Chineses, hindus, malaios, africanos, enfim, brancos, pretos,
amarelos, homens de todas as cores, muito para além do homem branco, caucasiano,
devastam alegremente os últimos vestígios edénicos do planeta.
Deixemo-nos de lirismos.
Virámo-nos contra esses vestígios
do Éden primordial e contra nós mesmos. No fim, não irá restar pedra sobre pedra.
Nesta visão apocalíptica compreendemos
Heidegger que disse um dia numa entrevista que só um deus poderia salvar-nos. O
ser humano entregue a si mesmo está perdido, é a ilação que se tira de tudo
isto. Trata-se de um voto de desconfiança cruel no ser humano.
Não subscrevemos essa ideia
porque não a queremos subscrever. Só a Ciência pode salvar-nos, só o Homem pode salvar-se. É preciso acreditar ainda na Ciência e no Homem.
Contra todas as evidências.
_______________________________________
(*) Hoje, o homem ocidental já
não é apenas o homem branco caucasiano. Entre as sociedades dos países
ocidentais convivem homens de todas as cores.
Etiquetas:
Antropologia,
Claude Lévy-Strauss,
George Steiner,
Livros
quarta-feira, agosto 20, 2014
Novo mundo
Na segunda metade do século XX
foi criado um novo universo, um novo mundo que se amplia, para além do universo
exterior e do universo interior: o universo cibernético.
Os autistas, perdidos ou aprisionados
no universo interior, aparentemente, estabelecem ténues relações com o universo exterior
e nenhuma com o universo cibernético. Por outro lado, certos seres humanos,
vivem sem saber conscientemente que
vivem, e estabelecem ténues relações com o universo interior. Aparentemente
fazem pouco uso da consciência, como certos animais não humanos. Agem
instintiva e irreflectidamente. Como rezava a canção do Zeca Afonso: “Há quem viva sem dar por nada. Há quem morra
sem tal saber”. Tal não significa que estejam doentes. São mais seres de
acção do que de reflexão. Mas hoje, o universo cibernético em expansão pode
levar-nos cada vez mais à alienação do mundo exterior e do mundo interior. Ao
extremo, um indivíduo pode encontrar-se de tal forma alienado pela “vida” nesse
mundo cibernético, que não repara na existência desse outro mundo, lá fora. Ao extremo,
pode até o edifício que o abriga ruir, que ele não repara.
Subscrever:
Comentários (Atom)
Etiquetas
- . (3)
- 25 de Abril (14)
- Acordo Ortográfico (1)
- Açores (2)
- Adelino Maltez (2)
- Adriano Moreira (8)
- Afeganistão (7)
- Afonso de Albuquerque (1)
- África (10)
- Agamben (2)
- Agostinho da Silva (9)
- Água (1)
- Agustina Bessa-Luís (1)
- Alcácer do Sal (2)
- Alcochete (1)
- Alentejo (1)
- Alepo (1)
- Alexandre Farto (1)
- Alfonso Canales (1)
- Algarve (15)
- Alienação (1)
- Allan Bloom (1)
- Almada (1)
- Alterações Climáticas (1)
- Álvaro Domingues (1)
- Ambiente (68)
- América (2)
- Amy Winehouse (1)
- Anaximandro (1)
- Âncoras e Nefelibatas (1)
- Andaluzia (7)
- Andrew Knoll (1)
- Angola (2)
- Ann Druyan (1)
- Ano Novo (2)
- António Barreto (1)
- António Guerreiro (3)
- Antropoceno (5)
- Antropologia (3)
- Apocalípticas (1)
- Arafat (1)
- Arcimboldo (1)
- Aretha Franklin (1)
- Aristides de Sousa Mendes (1)
- Aristóteles (4)
- Arqueologia (1)
- Arquíloco (1)
- Arquitectura (1)
- Arrábida (2)
- Arte (12)
- Arte Etrusca (1)
- Astronomia (11)
- Atletismo (5)
- Azenhas do Mar (1)
- Babel (3)
- Banda Desenhada (1)
- Banksy (2)
- Baudelaire (1)
- Bauman (25)
- Benfica (3)
- Bento de Jesus Caraça (3)
- Bernard-Henri Lévy (1)
- Bernini (1)
- Bertrand Russel (1)
- Biden (1)
- Bill Gates (1)
- Biodiversidade (1)
- Biogeografia (1)
- Bismarck (1)
- Blogosfera (11)
- Blogues (3)
- Boas-Festas (1)
- Boaventura de Sousa Santos (6)
- Bob Dylan (2)
- Brasil (4)
- Brexit (5)
- Bruegel (1)
- Bruno Patino (1)
- Cão d' Água (1)
- Capitalismo (5)
- Caravaggio (2)
- Carl Orff (1)
- Carlo Bordoni (1)
- Céline (1)
- Censura (1)
- Cervantes (2)
- Charles Darwin (1)
- Charles Trenet (1)
- Chesterton (1)
- Chico Buarque (1)
- China (4)
- Chris Jordan (2)
- Cícero (3)
- Cidade (1)
- Ciência (14)
- Ciência e Tecnologia (5)
- Ciência Política (2)
- Cinema (1)
- Citações (118)
- Civilizações (9)
- Clara Ferreira Alves (4)
- Claude Lévy-Strauss (3)
- Claude Lorrain (1)
- Coleridge (1)
- Colonialismo (1)
- Colum McCann (1)
- Comunismo (1)
- Conceitos (1)
- Conquista (1)
- Cormac McCarthy (4)
- Cornelius Castoriadis (4)
- Coronavírus (7)
- Cosmé Tura (1)
- COVID-19 (3)
- Crise (2)
- Crise financeira (1)
- Cristiano Ronaldo (4)
- Cristo (1)
- Crítica literária (1)
- Croce (1)
- Cultura (5)
- Curzio Malaparte (2)
- Daniel Bessa (1)
- Daniel Boorstin (1)
- David Attenborough (3)
- David Bowie (1)
- David Harvey (8)
- David Landes (1)
- David Wallace-Wells (1)
- Dedos famosos que apontam (5)
- Democracia (7)
- Demografia (1)
- Desabafos (3)
- Descartes (1)
- Desemprego (1)
- Desenvolvimento (2)
- Desmond Tutu (1)
- Desporto (15)
- Direitos Humanos (1)
- Diversão (1)
- Don Delillo (1)
- Dudley Seers (1)
- Dulce Félix (1)
- Dürer (3)
- E.O. Wilson (3)
- E.U.A. (1)
- Eça de Queirós (2)
- Economia (69)
- Eduardo Lourenço (3)
- Educação (35)
- Edward Soja (2)
- Einstein (1)
- Elias Canetti (1)
- Elites (1)
- Embirrações (4)
- Emerson (1)
- Emmanuel Todd (1)
- Empédocles (1)
- Ennio Morricone (2)
- Ensino (8)
- Ericeira (1)
- Escultura (6)
- Espanha (2)
- Espinosa (1)
- Espuma dos dias (5)
- Ésquilo (1)
- Estado Islâmico (1)
- Estoicismo (2)
- Estranhos dias os nossos (2)
- Ética (10)
- EUA (19)
- Eugénio de Andrade (3)
- Europa (18)
- Famosos Barbudos (1)
- Fascismo (2)
- Fauna (40)
- Feira do Livro (2)
- Ferdinand Addis (1)
- Férias (2)
- Fernando Grade (1)
- Fernando Pessoa (17)
- Ficção (1)
- Ficção Científica (2)
- Fidel Castro (3)
- Figueiras (1)
- Filosofia (67)
- Finanças (1)
- Flora (11)
- Fogo (1)
- Fonte da Telha (1)
- Formosa (1)
- Fotografia (114)
- Foucault (5)
- França (5)
- Frank Herbert (2)
- Freitas do Amaral (1)
- Fukuyama (2)
- Futebol (23)
- Gabriel García Márquez (2)
- Galbraith (1)
- Garcia Lorca (3)
- Garzi (1)
- Geografia (29)
- Geologia (4)
- Geopolítica (16)
- George Steiner (14)
- Georges Moreau de Tours (1)
- Gerês (4)
- Globalização (15)
- Gonçalo Cadilhe (2)
- Gonçalo M. Tavares (1)
- Gonçalo Ribeiro Telles (1)
- Gore Vidal (3)
- Goya (1)
- Gramsci (1)
- Grandes Aberturas (8)
- Grécia (2)
- Grécia Antiga (10)
- Guadiana (5)
- Guerra (20)
- Guterres (2)
- Handel (1)
- Hannah Arendt (1)
- Harold Bloom (2)
- Hayek (1)
- Hegel (1)
- Henri Lefebvre (1)
- Henrique Raposo (1)
- Heraclito (7)
- Heródoto (5)
- Hervé Le Tellier (1)
- Hesíodo (7)
- Hillary Clinton (1)
- Hino (2)
- História (16)
- Hobsbawm (4)
- Homenagem (7)
- Homero (5)
- Horácio (4)
- Hubert Reeves (3)
- Hugo Chávez (3)
- Humanismo (2)
- Humor (1)
- Ian Bremmer (3)
- Ian Morris (1)
- Iconoclastia (2)
- Ideologia (8)
- Ignacio Ramonet (2)
- Ilíada (1)
- Iluminismo (2)
- Imigração (1)
- Immanuel Wallerstein (1)
- Imprensa (1)
- Índia (2)
- Internacional (31)
- Iraque (1)
- Islão (3)
- Israel (5)
- Jacques Barzun (1)
- Jakob Schlesinger (1)
- James Knight-Smith (1)
- Japão (5)
- Jared Diamond (2)
- Jean Fouquet (1)
- Jihadismo (1)
- Jim Morrison (1)
- Jô Soares (1)
- João Lourenço (1)
- João Luís Barreto Guimarães (1)
- João Maurício Brás (9)
- João Salgueiro (1)
- João Villaret (1)
- Jogos Olímpicos (14)
- John Keegan (1)
- John Locke (1)
- Jonathan Swift (1)
- Jorge Luis Borges (1)
- Jornalismo (3)
- José Gil (4)
- Joseph Conrad (3)
- Joseph-Noël Sylvestre (1)
- Juliette Gréco (1)
- Justiça (1)
- Kamala Harris (1)
- Karl Polanyi (3)
- Karl Popper (1)
- Kazuo Ishiguro (1)
- Ken Follett (1)
- Kenneth Clark (1)
- Kolakowski (1)
- Kropotkin (1)
- Krugman (1)
- Lana Del Rey (1)
- Langston Hughes (1)
- Laurent Binet (1)
- Lavoisier (1)
- Leituras (10)
- Leon Tolstói (1)
- Leonardo da Vinci (4)
- Li Wenliang (1)
- Liberalismo (5)
- Liberdade (5)
- Lipovetsky (4)
- Lisboa (2)
- Literatura (10)
- Literatura pós-modernista (1)
- Livros (77)
- Livros Lidos (35)
- Lorca (3)
- Lou Marinoff (1)
- Lugares de Portugal (4)
- Macaulay (1)
- Madeira (1)
- Madeleine Albright (2)
- Madredeus (2)
- Madrid (1)
- Mafalda (1)
- Málaga (1)
- Manuel António Pina (1)
- Máquinas (6)
- Maradona (1)
- Marc Augé (1)
- Marcelo Rebelo de Sousa (2)
- Marco Aurélio (1)
- Maria Filomena Mónica (4)
- Maria José Morgado (1)
- Maria José Roxo (1)
- Marilyn (1)
- Mário Soares (1)
- Marques Mendes (2)
- Marte (3)
- Martin Landau (1)
- Martin Page (2)
- Marx (8)
- Marxismo (1)
- Matemática (1)
- Máximas pessoais (3)
- Medeiros Ferreira (1)
- Media (4)
- Mega Ferreira (1)
- Melville (3)
- Memória Esquecida (6)
- Michel Houellebecq (2)
- Michel Serres (1)
- Migrações (1)
- Miguel Ângelo (1)
- Miguel de Unamuno (2)
- Miguel Esteves Cardoso (2)
- Miguel Torga (5)
- Mikhail Gorbachev (1)
- Minho (1)
- Mitologia (3)
- Moçambique (1)
- Modernidade (3)
- Montesquieu (1)
- Morin (1)
- Morrissey (1)
- Mozart (1)
- Música (20)
- Mussorgsky (1)
- Nagasaki (1)
- Naide Gomes (1)
- Nanni Moretti (1)
- Natal (4)
- NATO (1)
- Natureza (1)
- Natureza Humana (1)
- Navios (2)
- Nazismo (1)
- Nelson Évora (1)
- Neoliberalismo (70)
- Niall Ferguson (3)
- Nietzsche (9)
- Noam Chomsky (1)
- Norman Davies (2)
- Notícia (2)
- Notícias do milagre económico (2)
- Nova Iorque (1)
- Nuno Rogeiro (3)
- O Neoliberalismo no seu Estertor (19)
- O neoliberalismo no seu melhor (9)
- Obama (6)
- Opinião (3)
- Oppenheimer (1)
- OqueStrada (1)
- Orlando Ribeiro (3)
- Ortega y Gasset (10)
- Orwell (2)
- Os touros querem-se vivos (2)
- Paco de Lúcia (1)
- Padre António Vieira (2)
- Paidéia (1)
- Paisagem (28)
- Paleontologia (2)
- Palestina (3)
- Palmira (1)
- Pandemia (9)
- Papa Bento XVI (4)
- Paquistão (2)
- Para memória futura. Ambiente. (1)
- Paris (2)
- Partidas (53)
- Pascal (1)
- Patrick Deneen (1)
- Patti Smith (1)
- Paul Valéry (2)
- Pelé (1)
- Pensamentos (54)
- Peter Sloterdijk (33)
- Phil Hansen (1)
- Píndaro (1)
- Pino Daeni (1)
- Pintura (84)
- Platão (3)
- Plutarco (1)
- Poder (1)
- Poe (1)
- Poemas da minha vida (9)
- Poesia (105)
- Política (161)
- Política Internacional (2)
- Porto (18)
- Portugal (59)
- Portugal é Paisagem e o Resto é Lisboa (9)
- Portugueses (5)
- Pós-modernidade (2)
- Praia (20)
- Pré-socráticos (1)
- Presidente Cavaco (23)
- Putin (4)
- Quino (1)
- Raça (1)
- Rachmaninov (1)
- Racismo (2)
- Rafael (3)
- Rafael Alberti (1)
- Reflexões (4)
- Reflexões sobre Reflexões (1)
- Reino Unido (6)
- Relações Internacionais (4)
- Religião (28)
- Rembradt (1)
- Renoir (1)
- Rentes de Carvalho (4)
- Respeito (2)
- Revolução Industrial (1)
- Revoluções (5)
- Ricardo Reis (1)
- Richard Dawkins (4)
- Richard Rogers (1)
- Rimbaud (2)
- Robert Capa (2)
- Roberto Bolaño (1)
- Rocha Pereira (1)
- Rodin (2)
- Roger Scruton (1)
- Roma (9)
- Rússia (4)
- Safo (1)
- Sal da Língua (1)
- Salazar (2)
- Samuel Barber (1)
- Samuel Huntington (1)
- Santa Sofia (1)
- Sean Connery (1)
- Sebastião Salgado (1)
- Seca (1)
- Século XX (2)
- Séneca (4)
- Sesimbra (2)
- Sevilha (4)
- Sexta Extinção (3)
- Shostakovich (1)
- Simões Lopes (1)
- Sionismo (1)
- Síria (9)
- Socialismo (1)
- Sociedade (22)
- Sociologia (11)
- Sócrates (2)
- Sófocles (2)
- Solidão (1)
- Sólon (2)
- Sorolla (1)
- Steven Pinker (2)
- Stiglitz (1)
- Sublinhado (24)
- Suiça (1)
- Sun Tzu (1)
- Suzanne Collins (1)
- T.E.Lawrence (1)
- Tabucchi (1)
- Telavive (1)
- Telescópio James Webb (1)
- Televisão (1)
- Terreiro do Paço (2)
- Território (1)
- Terrorismo (11)
- Thomas Friedman (2)
- Thomas Kuhn (1)
- Tim Marshall (2)
- Titã (1)
- Tocqueville (1)
- Toledo (2)
- Tom Lea (1)
- Tony Judt (11)
- Transformações Sócio-Culturais (1)
- Triste País (1)
- Trump (15)
- Turquia (2)
- Ucrânia (9)
- Ulrich Beck (6)
- Umberto Eco (8)
- União Europeia (25)
- Universidade (1)
- Urbanismo (2)
- Ursula von der Leyen (1)
- Utopia (1)
- Vargas Llosa (3)
- Vasco da Gama (1)
- Vasco Graça Moura (1)
- Vasco Pulido Valente (5)
- Venezuela (1)
- Verão (9)
- Violência Policial (1)
- Virgílio (1)
- Viriato Soromenho-Marques (1)
- Vital Moreira (1)
- Vítor Gaspar (1)
- Viviane Forrester (1)
- Vulcões (3)
- walt whitman (5)
- Walter Mittelholzer (1)
- Winston Churchill (2)
- Xenofonte (2)
- Yuval Harari (3)
- Zelensky (1)
- Zizek (2)
- Zurique (1)
- Zweig (6)

