Lisboa está a passar novamente
por um momento de prosperidade e o turismo é a sua nova pimenta. Houve outros
tempos assim, em que uma Lisboa cosmopolita fervilhava de gente vinda de todos
os cantos, uns atraídos pelas riquezas da Índia e pelas novas descobertas do
mundo, outros, forçados, vindos em levas de escravos, outros ainda para
trabalhar na construção das naus e dos novos edifícios emblemáticos do período
das Descobertas, muitos dos quais ainda resistem para deleite de turistas e
Madonnas. Lisboa então maravilhava e prosperava. Mas infelizmente não há bem
que nunca acabe. No caso actual os efeitos secundários deste “bem” já se
começam a sentir. Lisboa está cara. Lisboa não é para lisboetas. O seu centro
transformou-se num parque temático e os turistas, hoje, são mais que pombos. Os
lisboetas mais cobiçosos e oportunistas e com alguma capacidade financeira, ou
de improvisação, apressam-se em transformar os seus apartamentos, pequenos ou
grandes, novos ou velhos, em unidades de alojamento para turistas, que o tempo
é de vacas gordas. É fartar vilanagem.sábado, junho 03, 2017
A nova pimenta de Lisboa
Lisboa está a passar novamente
por um momento de prosperidade e o turismo é a sua nova pimenta. Houve outros
tempos assim, em que uma Lisboa cosmopolita fervilhava de gente vinda de todos
os cantos, uns atraídos pelas riquezas da Índia e pelas novas descobertas do
mundo, outros, forçados, vindos em levas de escravos, outros ainda para
trabalhar na construção das naus e dos novos edifícios emblemáticos do período
das Descobertas, muitos dos quais ainda resistem para deleite de turistas e
Madonnas. Lisboa então maravilhava e prosperava. Mas infelizmente não há bem
que nunca acabe. No caso actual os efeitos secundários deste “bem” já se
começam a sentir. Lisboa está cara. Lisboa não é para lisboetas. O seu centro
transformou-se num parque temático e os turistas, hoje, são mais que pombos. Os
lisboetas mais cobiçosos e oportunistas e com alguma capacidade financeira, ou
de improvisação, apressam-se em transformar os seus apartamentos, pequenos ou
grandes, novos ou velhos, em unidades de alojamento para turistas, que o tempo
é de vacas gordas. É fartar vilanagem.A incursão nocturna na Feira do Livro de Lisboa e os escritores judeus
Ontem realizámos a nossa primeira
incursão nocturna na Feira do Livro de Lisboa. Missão: localizar rapidamente e
sem ajuda de qualquer mapa ou GPS o pavilhão da Bertrand e adquirir por uns
módicos 12,25 € o famoso livro do Prémio Nobel da Economia, Daniel Kahneman, Pensar Depressa e Devagar (Temas e Debates/Círculo
de Leitores), anunciado como o livro
do dia da editora e por isso mais barato. Soubemo-lo pela consulta prévia do
portal da Feira, na Internet (http://feiradolivrodelisboa.pt). Subimos impelidos
pela fresca brisa nocturna a avenida da esquerda por entre os pavilhões das
editoras, levados pelo instinto e pela memória de outras feiras, e fomos
certeiros. A Bertrand estava no sítio habitual com vários pavilhões e um amplo
balcão corrido, exclusivo para pagamentos, com várias caixas.
Missão cumprida, deambulámos depois por entre os pavilhões das editoras até ao
cume da Feira onde estacionava uma convidativa carripana de farturas (na
verdade estas carripanas encontram-se estacionadas em vários cantos estratégicos,
no sopé e no cume da Feira).
Em casa, abro o livro, dou um
relance nas badanas, na capa e no verso: Daniel Kahneman é judeu - outro judeu.
Salto a introdução (ao diabo com as introduções, deixo-as quase sempre para o
fim) e começo a ler o primeiro capítulo. Descubro que o livro tem duas
personagens – o Sistema 1 e o Sistema 2. Torço o nariz. Que raio de nomes. Mas
rapidamente se tornou claro que poderá ser uma leitura interessante, ou então será
mais um livro que irá repousar na anti-biblioteca. O Cisne Negro do Taleb, já lá está. Foi lido até pouco mais de metade
com algum interesse, depois com alguma resistência e depois com alguma
penosidade: logo naquelas páginas iniciais se percebe o leimotiv, o motto - “shit
happens” – que é apresentado em looping, com inúmeros exemplos, quase
até à exaustão. Destino: anti-biblioteca. A leitura será retomada noutro dia,
talvez para as calendas. Espero que não ocorra o mesmo com o livro do Kahneman.
Afinal os judeus, por razões
históricas, religiosas e civilizacionais, parece que se especializaram na
lapidação de diamantes, na banca e na escrita – são um dos povos do Livro -, e na
verdade escrevem obras cativantes como diamantes. Quase sem me dar conta dou
com a casa repleta de livros de judeus, estando inclusivamente a ler em
simultâneo várias obras deles: Homo Deus,
do Yuval Harary (HarperCollins
Publishers), George Steiner em The New Yorker (o da Gradiva),
e agora este do Kahneman.
Nas prateleiras, repousam livros
de Hannah Arendt, Elias Canetti, Zygmunt Bauman, Eric Hobsbawn, Stefan Zweig,
George Steiner, Tony Judt e se calhar outros com os quais ainda nem me deparei,
também escritos por gente da diáspora. Outros li, como Primo Levi, que não
queria deixar de referir aqui. A todos eles tiro o meu chapéu. Grande gente, grande
povo e grande civilização que culturalmente nos enriquece a todos. Como foi
possível termos expulsado outrora esta gente?
Bem hajam! (Ops, não é este o
título da obra de outro judeu que também li recentemente?).
segunda-feira, maio 22, 2017
O Alien: Covenant e a Guerra dos Tronos
No Alien: Covenant decidiram os argumentistas, como agora é moda,
aproveitar e misturar cenas similares a outras histórias que fizeram história:
nele encontramos a indomável criatura que escapa ao seu criador, virando-se contra ele, coisa que já vem do tempo do Dr. Frankenstein e provavelmente antes
disso, e que se repete vezes e vezes sem fim, do Robocop
ao Terminator, antes e depois. Temos
também um robot psicopata, qual Hannibal Lecter, que esconde as suas intenções assassinas
sob uma face inexpressiva, quiçá até bondosa e uma falsa atitude protectora, até se revelar na sua
extrema agressão. E uma cena no banho, à Psico,
do velho Hitchcock, mas agora com um casal bem amparado em vez de uma menina
desamparada e de grito estridente.Argúcia do realizador: receitas antigas para novos proventos.
***
Já na Guerra dos Tronos a misturada é também evidente: velhas epopeias, ilíadas e odisseias, histórias medievais, as histórias fantásticas de Tolkien, com dragões e anões, mas
agora condimentadas com erotismo e soft porn (receita
das Sombras de Grey?), relações incestuosas, sadismo,
zombies e grosserias. Enfim, um melting
pot que vende.
domingo, maio 21, 2017
A realidade sofre
«When examining the history of any human network,
it is therefore advisable to stop from time to time and look at things from the
perspective of some real entity. How do you know if an entity is real? Very
simple – just ask yourself, ‘Can it suffer?’ When people burn down the temple
of Zeus, Zeus doesn’t suffer. When the euro loses its value, the euro doesn’t
suffer. When a bank goes bankrupt, the bank doesn’t suffer. When a country
suffers a defeat in war, the country doesn’t really suffer. It’s just a
metaphor. In contrast, when a soldier is wounded in battle, he really does
suffer. When a famished peasant has nothing to eat, she suffers. When a cow is
separated from her newborn calf, she suffers. This is reality.»
Yuval Noah Harari
Yuval Noah
Harari, Homo Deus, A Brief History of
Tomorrow, HarperCollins Publishers, 2017
***
Yuval Harari, testa a realidade pelo
sofrimento. Quer saber se uma entidade é real? É, se apresentar um
potencial de sofrimento. Caso contrário estamos a falar de abstracções, metáforas,
realidades intersubjectivas, porém, não da realidade objectiva. Essa sofre. É um
pensamento com similitudes ao pensamento cartesiano. O “penso, logo existo” de
Descartes é substituído pelo “sofro, logo existo”. No entanto Harari circunscreve
esta ideia à história das redes de relações humanas - the history of any human network. Não aplicou o método de Descartes
– a dúvida em relação à fiabilidade
dos sentidos na leitura de toda realidade. Descartes viu-se então só com o seu
pensamento e, como não podia duvidar que estava a pensar, deduziu que existia
porque estava a pensar.
A realidade para Yuval Harari não é um pensamento, é um sentir. O sentimento vem antes do pensamento, e vem depois. Ou vem sem que exista pensamento algum.
Porém, cogitatio est. O pensamento existe. (Ortega y Gasset)
A realidade para Yuval Harari não é um pensamento, é um sentir. O sentimento vem antes do pensamento, e vem depois. Ou vem sem que exista pensamento algum.
Porém, cogitatio est. O pensamento existe. (Ortega y Gasset)
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sexta-feira, maio 19, 2017
Como Portugal criou o primeiro império global
«Este uso do terror será grandioso para a obediência a Vossa Alteza sem
necessidade de os conquistar»
Afonso de Albuquerque
Roger Crowley narra-nos a impressionante
história da entrada dos portugueses no Índico no início do século XVI. Como Portugal
criou o primeiro império global? Lido o livro, a resposta à questão é
extremamente simples. Portugal criou o primeiro império global através do
terror. Um terror que aplicou com persistência e tenacidade. Onde quer que surgissem no mar, as enfunadas velas brancas com a vermelha cruz de Cristo pintada, a população dos
lugares costeiros debandava. Fomos terroristas, piratas e corsários e aplicámos
todo o hardpower para dominar a costa
do Malabar, da África Oriental, do Golfo Pérsico e mais além. Chegámos a penetrar
no ardente Mar Vermelho e ousámos trepar e atacar as muralhas de Adém. Fomos
longe demais. O espírito que nos movia no início do século XVI era ainda o da
cruzada medieval. O objectivo era matar o Islão no berço, passar o mouro à espada,
sem dó nem piedade ou esmagá-lo por todas formas possíveis e imaginárias. Queimámos,
esquartejámos, empalámos, enforcámos, retalhámos, massacrámos, pilhámos…
Conta o narrador que após a
tomada de Goa os rios que envolviam a ilha ficaram rubros do sangue dos muçulmanos
apanhados na orgia saqueadora, e que nem os crocodilos “conseguiram lidar com a
fartura”. “Foi uma limpeza” escreveu Afonso de Albuquerque a Dom Manuel I.
A história de Portugal no Índico
não foi uma coisa bonita de se ver.
E no entanto, ficamos perplexos
com tanta bravura e crueldade.
O livro já vai na 6ª edição.
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domingo, maio 07, 2017
A derrota do fascismo de pantufas
Venceu a União Europeia, que
precisa urgentemente de ser reformada nas suas políticas. Os eleitores franceses, e
anteriormente os holandeses, não quiseram entrar em aventureirismos que os
poderiam levar a um empobrecimento. Interiorizaram que a cisão com o projecto
europeu, o fim do Euro e da União Europeia, teria um impacto muito negativo nas suas carteiras, com as desvalorizações das moedas nacionais que então criariam e,
consequentemente, das suas poupanças. As derrotas de Le Pen, em França, e de Geert Wilders, na Holanda, devem-se às suas posições contra o projecto europeu e contra a União Europeia.
Os problemas que se colocam hoje ao
mundo transcendem a capacidade dos velhos Estados-nação para os resolverem. São
problemas transnacionais. São precisas organizações de alcance mais vasto (espaços políticos transnacionais), e reticulares (cidades globais
funcionando em rede).
Mas o fascismo de pantufas
continuará a andar por aí, pronto a ocupar o poder em França, se
Macron e a União Europeia não estiverem à altura dos desafios (as migrações ilegais
massivas, os refugiados, o terrorismo, os problemas ambientais e as alterações
climáticas, e as ameaças geopolíticas que sopram de várias direcções).
segunda-feira, abril 17, 2017
The specifics
Now few biochemists and molecular biologists doubt that life can arise naturally from nonlife , even though the specifics are yet to be discovered.
Lawrence Kraus, A Universe from Nothing: Why There Is Something Rather Than Nothing, Simon & Schuster, 2012
***
Defende-se que pode haver criação sem criador e que a vida surgiu da não vida, mas o problema são os detalhes - "the specifics". Sempre os detalhes.
Mas afinal, o que se esconde nos detalhes? Deus, o Diabo, o Nada?
segunda-feira, abril 10, 2017
Maria Helena da Rocha Pereira (1925-2017)
Maria Helena da Rocha Pereira (1925-2017)
Hoje partiu uma das nossas melhores.
Enriqueceu-nos.
Por ela chegou até nós a Cultura Clássica, os mundos gregos e romanos. Muito antes de sabermos quem ela era, já tínhamos descuidadamente lido algumas das suas traduções entre as quais A República, de Platão, da Fundação Calouste Gulbenkian. Depois foi uma curiosa descoberta verificarmos, afinal, que o seu nome estava em muitas obras traduzidas e lidas.
É gratidão o que sentimos e lamentamos a sua partida. Foi (É) para nós a Tradutora e a Anfitriã desses mundos longevos.
Fica aqui a nossa humilde homenagem.
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domingo, abril 02, 2017
Um mundo novo é inevitável
Todos sabemos que a lagarta se metamorfoseará numa borboleta. Mas a
lagarta saberá isso? Esta é a pergunta que temos de fazer aos profetas da
catástrofe. São como as lagartas no casulo da mundivisão da sua existência de
lagarta, inconscientes da sua metamorfose iminente. São incapazes de distinguir
entre a decadência e a mudança para uma coisa diferente. Veem a destruição do
mundo e dos seus valores, embora não seja o mundo que está a perecer, mas a
imagem que têm do mundo.
Ulrich Beck, A Metamorfose do Mundo, Edições 70,
2017, pág. 30
Um novo mundo é possível?! Que
interessa isso agora? Agora é tarde. Os portões saíram dos seus gonzos. Um novo
mundo é já inevitável! Quer queiramos quer não. A metamorfose do mundo está em
curso. O que daí virá? Um admirável mundo novo? Talvez. Um mundo distópico? Não
sabemos. Não será por certo um mundo em que os amanhãs cantam. Por certo será um
mundo que não esperamos e do qual nem suspeitamos. Um mundo distante, muito distante
desse mundo desejável pelos que proclamavam a possibilidade de um novo mundo,
diferente do que nos impunha a globalização capitalista.
Ulrich Beck morreu. Só o soube, para grande surpresa minha, quando
adquiri este seu novo livro póstumo: A
Metamorfose do Mundo. Julgava-o vivo. Outro mestre que partiu, já há dois
anos. Vive no entanto na sua obra e no pensamento que dela ecoa.
Até sempre Ulrich Beck.
***
Novas costas delinear-se-ão. Ilhas e porções de terra hoje emersas ficarão submersas, assim
como as áreas baixas das cidades e as baixas das cidades. Populações procurarão
refúgio noutros lugares, espécies perecerão com o desaparecimento dos seus habitats e tempestades cada vez mais violentas
varrerão os céus, a terra e os mares. Vinhedos, oliveiras e palmeiras surgirão noutros
horizontes, mais para o norte e mais para o sul e certos insectos transmissores
de doenças alastrarão também, assim como os desertos que já cobrem um terço da
superfície da área continental planetária. Oceanos nunca antes navegados por veleiros serão atravessados por esses barcos de lés a lés. Os corais branqueiam-se e morrem,
como já se anuncia, e muitas espécies perecerão numa já anunciada sexta extinção
em curso. Não obstante não é do Apocalipse segundo São João de que falamos. É de outra coisa. A metamorfose do mundo é também a nossa metamorfose, assim como a
da nossa visão do mundo. Virá um Homem novo. Um cyborg (já há quem por aí ande, merecidamente feliz, com um novo coração
artificial). Também isto é já parte do mundo novo.
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