Há quem lhe chame liberalismo
radical (o Papa Bento XVI), há quem se lhe refira como sendo ultraliberalismo,
outros referem-se à teologia do mercado, outros chamam-lhe neoliberalismo. Outros
fazem manobras de contorcionismo para contornarem a palavra “neoliberalismo”. Mas
que diabo, é só uma palavra, um rótulo (sim sabemos que as palavras são
importantes, contudo não são mais importantes do que os factos). Chamem-lhe o que
quiserem, chamem-lhe "batatas", se quiserem. Os fins e os efeitos da prática desta
doutrina estão à vista de todos e são incontornáveis, ainda que alguns teimem em
chamar-lhe liberalismo tout
court, como se de o mesmo se tratasse. Problema deles.segunda-feira, dezembro 17, 2012
O neoliberalismo e os seus nomes
Há quem lhe chame liberalismo
radical (o Papa Bento XVI), há quem se lhe refira como sendo ultraliberalismo,
outros referem-se à teologia do mercado, outros chamam-lhe neoliberalismo. Outros
fazem manobras de contorcionismo para contornarem a palavra “neoliberalismo”. Mas
que diabo, é só uma palavra, um rótulo (sim sabemos que as palavras são
importantes, contudo não são mais importantes do que os factos). Chamem-lhe o que
quiserem, chamem-lhe "batatas", se quiserem. Os fins e os efeitos da prática desta
doutrina estão à vista de todos e são incontornáveis, ainda que alguns teimem em
chamar-lhe liberalismo tout
court, como se de o mesmo se tratasse. Problema deles.domingo, dezembro 16, 2012
A elite cosmopolita e os intelectuais locais: o padrão “europeu”
“Hoje em dia, em muitos aspectos, Bucareste pode parecer apenas parcial
e vagamente europeia, mas precisamente por essa razão, e por causa das cada vez
mais óbvias qualidades não-europeias da ruralidade romena remota, parte da sua intelligentsia, tal como a de Belgrado, sempre tentou
associar-se ao Ocidente, em especial à França, como acto de desafio contra a
natureza estranha do seu ambiente interno. O resultado tem sido, muitas vezes,
o suscitar do hipernacionalismo entre outros intelectuais locais e afastar
ainda mais a elite cosmopolita das massas populares. Também este é um padrão caracteristicamente
«europeu».”
Tony Judt, Uma Grande Ilusão? Um ensaio sobre a Europa.
Edições 70. 2012 P. 65
Também nós tivemos os nossos estrangeirados
- intelectuais cosmopolitas -, alguns repelidos pelo provincianismo local,
outros, privilegiados, foram ver o mundo lá fora e regressaram, e tornaram-se
tão ou mais provincianos que os ditos “provincianos”. Entre os repelidos temos Agostinho
da Silva, José Saramago, Jorge de Sena, Eduardo Lourenço, etc. Foram rechaçados
pelo nosso provincianismo e ficaram a olhar para nós, e por nós, lá de fora.
Amavam e amam Portugal, mais do que os regressados. Destes, os que retornaram
ao seio dos “indígenas” e que desprezam o país natal até às vísceras, nem vamos
falar. E depois temos ainda os que sempre cá estiveram, os “provincianos” que
sempre amaram o seu país e nem precisaram de ir mais além. Afinal sempre é possível
ir a Índia e voltar, sem abandonar Portugal. Há quem considere estes
verdadeiros patriotas, nacionalistas parolos…, mas sabemos que não é bem assim.
Do neoliberalismo e dos que não crêem em tal (2)
Há algum tempo atrás, nos idos de
2008, Vasco Pulido Valente (VPV) anunciava no Público que vivíamos numa Era
onde as ideologias já não tinham lugar. Em curtas palavras, lembrava-nos a
morte das ideologias. Esqueceu-se porém da ideologia dominante, nascida das
cinzas das lutas ideológicas: o neoliberalismo (sabemos que muitos não
ousam qualificá-lo como uma ideologia, preferindo chamar-lhe doutrina, enfim um
anexo do capitalismo ou uma forma de capitalismo tardio, mais agressiva e
invasora). O neoliberalismo emergiu das cinzas do fim do conflito entre o
comunismo, enquanto projecto alternativo, e o capitalismo (*) e passou a dominar o mundo, embora tivesse de arrumar primeiro com a
social-democracia e com o welfare state,
que ainda resiste nalguns bastiões. O neoliberalismo não deve ser confundido
com o antigo liberalismo. O neoliberalismo é aquilo em que o capitalismo
dominante, tardio e vencedor, se tornou ou se transmutou. Depois da implosão do
comunismo soviético, que por milagre lhe saiu da frente, foi a social-democracia o
próximo alvo a abater.
Vasco Pulido Valente (VPV) não
era um intelectual provinciano, pelo contrário, pertencia a uma elite
cosmopolita pois era um daqueles que tinha "um olho em terra de
cegos": “estudou” lá fora, andou pelas terras de Oxford. Ora nesse tempo
do “orgulhosamente sós”, esses intelectuais cosmopolitas, arredados da
"piolheira" e afastados das massas populares (dos "indígenas", da "populaça"), tinham o privilégio de
trazer ideias novas e frescas do exterior. Os intelectuais provincianos, esses
nacionalistas, foram os que ficaram (não por acaso, Maria Filomena Mónica, outra intelectual da outrora elite cosmopolita, agora tornada provinciana, considera “parolo” o actual nacionalismo - pode sê-lo, mas não o é o patriotismo). Mas a verdade é que VPV deve andar há muito
arredado do que se escreve e debate na Academia. O homem provincianizou-se, só pode, porque se atentasse, por exemplo, no que actualmente escrevem os académicos britânicos e norte-americanos, entre outros, em particular na área das Ciências Sociais e das Humanidades, facilmente verificaria que o
neoliberalismo é um conceito corrente, não só entre os radicais de esquerda.
Que saia mais do Gambrinus e que vá ver o mundo.
É que o mundo mudou!
(*) Quando o
comunismo soviético começou a decair nos anos 80.
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sábado, dezembro 15, 2012
As fronteiras oscilantes da pobreza
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«Há, e sempre houve uma Europa rica e uma pobre, mas a fronteira que as
divide tem mudado ao longo dos séculos. Ainda não há muito tempo, o litoral
mediterrânico e o seu interior urbano, de Marselha até Istambul, contavam-se
entre as regiões mais prósperas da Europa. Em contraste, as terras escandinavas
foram pobres durante uma grande parte da sua história. Com algumas excepções
notáveis, hoje é o contrário.»
Tony Judt, Uma Grande Ilusão? Um ensaio sobre a Europa.
Edições 70. 2011. P. 62
***
Sempre estivemos no limite
oscilante entre a pobreza e a riqueza. Mas, quase sempre, do lado da pobreza.
Seja à escala europeia, aquela a que Tony Judt se refere, seja à escala mundial,
a que Adriano Moreira se refere, na sua obra, Da Utopia à Fronteira da Pobreza. Já fomos os cafres da Europa, quando da Europa não éramos. Na verdade, estávamos
no mundo ocupados, fora da Europa, e nos oceanos. Nela desembarcámos em 1986,
após uma descolonização apressada (*).
Por isso, muitas vezes dizemos que entrámos na Europa. E ao nela desembarcarmos,
embarcámos numa utopia da qual vamos agora acordando. Afinal foi tudo um sonho.
Nós, os primeiros dos ocidentais a
assomar às exóticas costas de África e aos distantes mares de Timor, retornámos
acossados. Rapidamente voltámos à nossa prévia condição de cafres da Europa, mas agora pior, porque nela estamos, tendo
perdido já essa liberdade de ser cafres
livres onde bem quisermos. Mas nessa
viagem, como em todas as viagens, também aprendemos algo. Talvez possamos ainda
ensinar alguma coisa aos habitantes desta península da Ásia, que é a Europa, em
particular, aos que por cá ficaram, ensimesmados, frios e calados como teutões.
(*) Afinal
sempre estivemos numa espécie de jangada de pedra.
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segunda-feira, dezembro 10, 2012
Porque hoje não é Sábado, nem Domingo...
© AMCD
Porque hoje não é Sábado, nem Domingo...a praia. Como li uma vez, algures na blogosfera, e mais uma vez o cito: podemos falir, mas pelo menos falimos na praia, ante o mar, fonte inesgotável de inspiração poética. Fonte incansável.
Gostei hoje de ver tocar e cantar os OqueStrada frente àquela "realeza Nobel", com os instrumentos mais simples do mundo (e ao mesmo tempo mais complicados) e a voz de um fado, mas de um fado alegre, sem chorosas guitarras. Actuaram como quem afirma a sua alegria de viver, e a nossa, ainda que os tempos nos sejam adversos.
sábado, dezembro 08, 2012
Paredes
O velho Torga, grande Torga. Encontrámo-lo com surpresa na nota de rodapé de uma obra de um dos mais lidos filósofos teutónicos actuais [1], que não o compreende, nem pode, porque a sua mundivisão está a milhas da mundivisão portuguesa que também é a de Torga. Critica o teutónico uma frase do Torga, dissecando-a como quem disseca um sapo: “O universal é o local sem paredes.” Diz o alemão que é uma afirmação da mais falsa que há, porque define o mundo como uma soma de províncias (?). Então o local são províncias?! E chega a essa conclusão porque o Torga fala em paredes? E diz ainda que “é ingénua a afirmação, porque pressupõe uma simetria onde não a pode haver e abate paredes onde não as há”. Pois nós dizemos que as há, ou havia, porque os portugueses, e não só os portugueses, mas todos os povos navegadores e descobridores, mais não fizeram do que, ao longo da sua história, derrubar paredes; e que muitas paredes existem ainda para serem derrubadas. Paredes de medo assentes no desconhecimento e no desconhecido. Paredes de ignorância. Há até pessoas que se emparedam, se cercam de paredes, vivas na vida, mortas na vida, e se fecham ao mundo, por medo. Ou não saberá Peter Sloterdijk que não há paredes mais fortes do que as paredes do medo e que o medo assenta no desconhecido? São gigantescas muralhas, essas paredes! Esse medo que nos tolhe os movimentos e a ousadia de ir mais além. É preciso coragem! Foi preciso colocar a navegação à frente da vida - “navegar é preciso, viver não é preciso”, canta a velha canção. Caso contrário, se não tivéssemos ousado navegar contra essas paredes (esses monstrengos), ainda estaríamos fechados nesta Europa, vivendo no desconhecimento da existência de outros povos e de outros mundos. Afinal, passaram pouco mais do que 500 anos.
O universo está cheio de paredes mas o universal é o local sem paredes. Qual é a dúvida?
Mas todos nós por aqui sabemos que o Torga é muito mais do que uma nota de rodapé.
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Instrução Primária
Não saibas: imagina…
Deixa falar o mestre e devaneia…
A velhice é que sabe, e apenas
sabe
Que o mar não cabe
Na poça que a inocência abre na
areia.
Sonha!
Inventa um alfabeto
De ilusões…
Um a-bê-cê secreto
Que soletres à margem das lições…
Voa pela janela
De encontro a qualquer sol que te
sorria!
Asas? Não precisas:
Vais ao colo das brisas,
Aias da fantasia…
Miguel
Torga,
S.
Martinho de Anta, 18 de Abril de 1962
segunda-feira, dezembro 03, 2012
Nem Roma, nem Império, nem Israel.
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O Arco de Tito, construído em 81
d.C., em Roma, celebra o triunfo sobre a Judeia e a destruição do Templo de Jerusalém, em
70 d.C., pelos romanos. Num pormenor, pode observar-se um grupo de soldados transportando a Menorah (candelabro de sete braços) entre outros despojos do saque.
Consta na wikipedia que “os judeus, de Roma ou de qualquer lugar, nunca passaram por baixo do Arco de Tito, até 1948, quando o Estado de Israel foi fundado. Nessa ocasião os judeus de Roma fizeram um grande desfile e passaram por baixo do arco, comemorando a reconquista de sua terra [“sua”, é óbvio que isto
é muito discutível e discutido] e, claro, a sua sobrevivência ao Império Romano.”
Hoje, na verdade, “os romanos”
são outros e Israel vive com a anuência do Império que a consente e apoia. As
questões são por isso agora outras: até quando sobreviverá este Império? E sobreviverá
Israel à queda do Império que agora a suporta?
Ouvi um dia, pela primeira vez, estas
palavras da boca do falecido Arafat (e garanto que foi pela primeira vez e por isso as
retive): “Não há força que sempre dure”. Nem Roma, nem Império, nem Israel.
O peido mais funesto da história universal
Em homenagem ao Sr. Benjamin
Netanyahu, que autorizou a construção de três mil casas na parte Leste da
Cidade Santa e Cisjordânia, logo após a obtenção do reconhecimento da Palestina
como Estado observador não-membro da ONU, com o apoio de 138 Estados, entre os
quais Portugal. Como é óbvio, a pacificação da região não se alcança com
decisões que implicam a construção de mais colonatos. Pelo contrário, tais
decisões acirram mais ainda os ânimos da guerra e os ódios.
O que nos faz pensar que a esta
gente – sionistas conservadores do Likud e alguns fanáticos que julgam pertencer ao povo eleito de Deus - tem de ser recordada a sua posição, posição essa que, nem é
mais elevada nem é mais baixa do que a posição dos outros povos. Por outras
palavras, e para sermos mais exactos, não acreditamos em povos eleitos e abençoados
por Deus, ou qualquer deus que seja. Qualquer povo que seja. É claro que muito
admiramos Albert Einstein, George Steiner, Stefan Zweig, Hannan Arendt, Eric Hobsbawn,
Tony Judt e muitos outros judeus, mas tal admiração não implica que abandonemos
essa ideia de que é tão importante, como ser humano, por exemplo, tanto um bosquímano
como um judeu, aos supostos “olhos do Senhor”. Aliás, provavelmente a maioria
judeus, também não embarca nessa história.
Ainda assim, invocamos aqui uma
passagem de um texto de Peter Sloterdijk, que nos remete para outros tempos,
quando o orgulhoso e cínico domínio romano na região mostrava aos supostos
eleitos de Deus a sua posição naquela época.
Diz o filósofo Peter Sloterdijk:
«O peido, entendido como sinal, mostra que o baixo-ventre está em plena
acção e isso pode ter consequências fatais nas situações em que toda e qualquer
alusão às esferas desse género é absolutamente indesejada. Ernst Jünger notava
no seu Diário Parisiense sobre a leitura de uma passagem da Guerra dos Judeus
do historiador Flavius Josephus:
«Voltei a ir dar à passagem que descreve o início da agitação em
Jerusalém sob o governo de Cumano. Enquanto os Judeus se reuniam para a festa
do pão ázimo, os Romanos colocaram por sobre o pórtico do templo uma coorte a
fim de manter a multidão sob observação. Um dos soldados levantou o manto e,
voltando com uma reverência irónica o posterior para os Judeus, «emitiu um som
indecente correspondente à sua posição». Foi motivo de um conflito que custou a
vida a dez mil homens, de modo que podemos falar do peido mais funesto da
história universal.» (Strahlungen, II, pp. 188-189)
O cinismo do soldado romano, que se peidou de forma politicamente
provocatória e «blasfematória» no Templo, tem um paralelo no comentário de
Jünger que faz a transição para o domínio do cinismo teórico.»
Peter Sloterdijk, Crítica da Razão Cínica, Relógio D’Água,
2011, p. 203.
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