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| Dmitry Shostakovich (1906 - 1975) |
sábado, agosto 09, 2014
Dmitry Shostakovich
Lembramos hoje, 39 anos após a sua morte, o compositor Dmitry Shostakovich.
E Nagasaki é lá tão longe…
É longe, mas transportamo-la no coração. Quando a bomba caiu tudo caiu, mas as paredes dos
velhos edifícios construídos pelos nossos antepassados ficaram de pé ao
contrário das construções de madeira japonesas, que arderam facilmente. Consta
que num qualquer ano da Graça, lá para meados do século XVI, os mercadores e
padres portugueses desembarcaram nas praias do Japão e fundaram a cidade.
Levaram as armas de fogo, a Fé e a tempura, para além de tudo o resto que
levaram. Levaram Portugal.
Hoje lembramos esse dia de 1945
em que se cometeu um dos mais horrendos e hediondos crimes de guerra contra os
japoneses e, de certa forma, contra nós. Os americanos podiam ter-se limitado a
mostrar os dentes, ou a realizar uma manifestação de força no mar, ao largo da
costa do Japão, ou apenas a esperar, pois já tinham lançado uma bomba atómica a
6 de Agosto em Hiroxima. Mas não. Preferiram morder outra vez. No dia 9 de
Agosto de 1945 foram assassinadas, a sangue frio, entre 60 000 a 80 000 pessoas
– não é conhecido o número exacto - na cidade portuária de Nagasaki. A nossa
cidade portuária de Nagasaki.
quarta-feira, agosto 06, 2014
Crimes de guerra e colheitas futuras
Os crimes de guerra podem ser definidos como violações das convenções
de Genebra e de Haia relativamente às práticas proibidas em situação de guerra.
As referidas convenções cobrem um vasto leque de categorias, incluindo os maus
tratos infligidos a prisioneiros de guerra, refugiados e não combatentes, o uso da força excessiva e de armas proibidas
(tais como gás venenoso); a violação de hospitais e equipas médicas, a tomada
de reféns, o bombardeamento de alvos
civis; episódios recorrentes de saque, violação, espancamento e assassínio
praticados por militares indisciplinados.
Norman Davies, A Europa em Guerra, 1939-1945, Edições
70, 2008, pág. 83.
(realces nossos)
***
Quando um pirralho dá uma canelada num adulto este tem o dever moral de não lhe responder da mesma
forma, ou de forma pior, dando-lhe um murro ou um pontapé, por exemplo. O
adulto tem a razão e a força que o pirralho não tem e o uso da força numa
situação destas, pela sua parte, redunda no uso de força excessiva e na perda da
razão.
O governo de Israel porta-se como o adulto irresponsável e o Hamas como o pirralho malcriado. Ambos
têm cometido crimes de guerra e os seus líderes deviam ser severamente punidos
pela justiça internacional.
Neste conflito não há bons de um
lado e maus do outro. Ambos os lados são maus e cada bomba ou rocket lançado por cada uma das partes,
cada tiro disparado, é uma semente de ódio e violência que no futuro irá despontar.
Tristes colheitas se adivinham.
***
Sobre este assunto, é
interessante a entrevista de Zygmunt Bauman, divulgada pelo Diário do Centro do Mundo. Aqui.
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terça-feira, agosto 05, 2014
No mundo disfuncional onde nos é dado viver
Ele [o mundo disfuncional onde nos é dado viver] é caracterizado por um processo, iniciado
de modo mais sistemático no dealbar os anos de 1980, e que se traduz numa
enorme expansão do capital financeiro (suplantando em muito a produção de bens
e serviços da chamada «economia real»). Por outro lado, regista-se um enorme
aumento da concentração de riqueza, a nível global, facilitado pela quase
irresponsabilização da circulação de capitais, com a correspondente perda de peso da componente de rendimentos
do trabalho nas economias nacionais. A globalização permitiu a criação de
uma elite mundial, transnacional, capaz de influenciar ou mesmo determinar as
agendas políticas nacionais e internacionais.
(…)
O «sistema
bancário sombra» (que efectua operações bancárias sem ser submetido à
disciplina do bancos oficiais) movimentou 67 biliões de dólares
norte-americanos em 2011 (111% do PIB mundial).
Viriato
Soromenho-Marques, Portugal na Queda da
Europa, Temas & Debates/Círculo de Leitores, pág. 109
***
O crescimento exponencial da
componente dos rendimentos do capital financeiro no rendimento global
planetário ditou uma desvalorização relativa dos rendimentos do trabalho.
Paradoxalmente, no “mundo
disfuncional onde nos é dado viver”, a acumulação de riqueza é, cada vez mais, independente do trabalho, daí que se assista hoje, mais do que nunca, à
destruição inescrupulosa de estruturas económicas nacionais e à precarização do
trabalho, com as inevitáveis consequências na vida do trabalhador, que,
ironicamente, já empobrece a trabalhar. O trabalhador, no “mundo disfuncional
onde nos é dado viver”, é cada vez mais prescindível. Neste mundo, o
especulador vence em toda a linha. O capitalismo financeiro é mais sedutor do
que o capitalismo industrial e industrioso. O dinheiro enquanto mercadoria é já
a principal variável da equação. Dinheiro gera dinheiro, riqueza gera riqueza.
O trabalho é deixado para trás, enquanto prossegue o processo de concentração
do rendimento e da riqueza.
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Viriato Soromenho-Marques
segunda-feira, agosto 04, 2014
Ainda no Meridiano
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| Cormac McCarthy |
A violência gratuita e explícita,
afinal, não está apenas reservada aos filmes mais brutais e hediondos de Hollywood.
Surpreendentemente vim encontrá-la num livro - o Meridiano de Sangue - escrito por Cormac McCarthy, onde ainda me encontro,
esperando concluir a leitura em breve. Pensava eu que não seria possível plasmar tal violência numa obra literária. Ou que a literatura estaria sempre aquém do cinema quando se trata de impressionar pela exposição brutal da violência. É impressionante. É certo que na Ilíada, a obra fundadora da literatura europeia,
a violência já nos era mostrada de forma explícita, mas estava longe de ser
gratuita. Tratava-se de uma violência enquadrada e, de certo modo, justificada.
Já os personagens de McCarthy no Meridiano,
matam por matar, esfolam por esfolar e deambulam em atribulado e aleatório percurso,
ora a aterrorizar os aldeões e os índios do norte do México, ora perdidos pelo
deserto de Sonora, mas ainda assim, sempre ávidos por escalpes. Um bando de patifes onde se integra um enigmático personagem, sábio e cientista, mas que também é
um implacável assassino: o juiz Holden.
Hoje li estas palavras proferidas
por esse estranho personagem:
O universo não é uma coisa limitada e a ordem que o rege não tem peias
que, tolhendo-lhe os desígnios, a forcem a repetir noutro lugar qualquer o que
já existe num dado lugar. Mesmo neste
mundo, existem mais coisas que escapam ao nosso conhecimento do que aquelas que
conhecemos e a ordem que os nossos olhos vêem na criação é a ordem que nós
lá pusemos, qual fio num labirinto, para não nos perdermos.
Cormac McCarthy, Meridiano de Sangue, Biblioteca Sábado,
2008, pág. 204
Ora, curiosamente, já tinha lido
qualquer coisa parecida, do filósofo Karl Popper:
Seria desejável que por vezes nos lembrássemos que é precisamente no
pouco que sabemos que somos diferentes, já que somos todos iguais na nossa
ilimitada ignorância.
Karl Popper, Em Busca de um Mundo Melhor, Editorial
Fragmentos, 1989, pág. 59
Um pouco mais adiante, pela boca
do mesmo personagem, surgem-me Nietzsche e o niilismo. Diz o juiz Holden, na página 208:
As leis da moral são uma invenção da humanidade para privar dos seus
direitos os mais poderosos em favor dos fracos. As leis da história subvertem as
leis da moral a cada passo. A validade de uma perspectiva moral nunca pode ser
confirmada ou infirmada por um qualquer exame definitivo.
Cormac McCarthy, Meridiano de Sangue, Biblioteca Sábado,
2008, pág. 208
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sábado, agosto 02, 2014
Como é que a entidade reguladora não percebeu a existência do “buracão” no BES?
Perguntava hoje a pivot da SIC, Maria João Ruela, ao comentador
Marques Mendes: como é que ninguém percebeu que a dívida do banco tenha chegado
a este valor? E acrescentamos nós: como é que os auditores não deram por ela?
Como é que as entidades reguladoras não viram? Como é que o líder do suposto principal
partido da oposição confiou e não desconfiou? Não sabiam eles já de uma prática
comum por parte das empresas de auditoria aos bancos auditados?
Ainda que se trate de um livro
cheio de hinos laudatórios ao credo mercantil, tendo a verdade sido deixada
para notas de rodapé, O Declínio do
Ocidente, de Niall Ferguson, lá explica, na transição da página 84 para a
85, fazendo uso parcial de uma metáfora:
Espera-se
da regulação que reduza o número e grandeza de incêndios florestais. E, no
entanto, ela pode, como já vimos, ter exactamente o efeito contrário. Acontece
assim porque o próprio processo político é, em si, também bastante complexo. As entidades reguladoras podem ficar reféns
daqueles que deveriam regular, não menos pela expectativa de empregos bem
pagos, no caso de o guarda-florestal decidir transformar-se num caçador
furtivo. Há outras formas de se tornarem reféns. Por exemplo, quando dependem das organizações que tutelam para obter os
próprios dados de que necessitam para o seu trabalho.
Niall Ferguson, O Declínio do Ocidente, Como as Instituições se Degradam e a Economia
Morre, D. Quixote. 2014, pp. 84-85 (ênfase nossa).
Seremos todos anjinhos?
A “linha da troika”
Recorrer à “linha da troika” para recapitalizar um banco é
recorrer ao dinheiro do Estado Português. Dinheiro que foi emprestado ao Estado
português e cujos juros têm de ser pagos pelo Estado português. Pelos
contribuintes. Na verdade, os contribuintes já estão a pagar pelos empréstimos
contraídos e que constituem um fundo para salvar bancos em aflição devido à
gestão danosa dos seus gestores, que, esses sim, quiseram dar passos maiores do
que as suas próprias pernas – por outras palavras, quiseram viver acima das
suas possibilidades.
Os contribuintes serão no futuro chamados
à pedra? A ver vamos. Já se apronta o argumentário do risco sistémico. E o “buraco”
está aí para justificar futuros cortes no rendimento disponível dos contribuintes
portugueses.
sexta-feira, agosto 01, 2014
Do neoliberalismo furtivo
"O neoliberalismo não se manifesta somente na privatização de tudo o que é público e, em particular, no esvaziamento do Estado social. É também um desígnio compulsivo de enfraquecimento do Estado e da Administração."
Sub-repticiamente e às claras, o neoliberalismo vai-se imiscuindo, e nós por cá andamos, todos a dormir.
Vital Moreira, Causa Nossa
quinta-feira, julho 31, 2014
Onde se travam as batalhas
“A doutrina contra-revolucionária
militar actual frisa a importância da conquista do coração e da mente da
população.”
Joseph S. Nye, Jr., O Futuro do Poder, Temas e
Debates/Círculo de Leitores, 2012, pág. 47
Nos nossos tempos as principais
batalhas não são pelos territórios físicos. Ao invés, travam-se pelos
territórios psíquicos, pela conquista da nossa consciência. O objectivo é
conquistar a nossa mente e o nosso coração. É preciso colocar muitos filtros de permeio quando se observam as imagens na TV. Filtros críticos. Não podemos
aceitar acriticamente tudo o que nos mostram, sob pena de nos tornarmos um
joguete na mão dos manipuladores da opinião pública.
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