O desprezo a que é votado o
mercado interno é evidenciado pela orientação política e económica destes que
nos dizem governar, ao privilegiarem exclusivamente as exportações e o turismo
como os motores do crescimento económico nacional (coisa que, curiosamente, mal se vê, ainda que andem já por aí a falar em milagres). Para esta gente, os
consumidores estão lá fora. Os de dentro que se resignem ao trabalho mal pago, à
exploração, aos baixos salários, que o consumo, esse, não é para cafres. Os da “piolheira”,
se quiserem, que emigrem, ou então, que aguardem o crescimento do investimento
directo estrangeiro, pois nem Governo,
nem empresas nacionais exportadoras, estão preocupados com as suas aflições. Neste
país, paradoxo dos paradoxos, empobrece-se a trabalhar. É o sonho português, no
seu melhor. Arbeit macht frei.
terça-feira, novembro 12, 2013
segunda-feira, novembro 11, 2013
Delinquentes
Após visionar uma reportagem na RTP 1 sobre o estado de degradação a que a Escola Secundária da Anadia chegou (e esta escola não é a única escola pública nesta situação degradada - há muitas Anadias por aí), uma
palavra ecoou na minha cabeça: “delinquentes!” (isso mesmo, a proferida por Soares). Tem razão Soares: somos governados por um bando de delinquentes e
presididos pelo chefe da quadrilha. Soares esquece porém que o caminho para a
chegada desta gente à governação do país foi preparado por aquela “terceira via” "socialista" e socrática, comprometida com o neoliberalismo, pioneira na
organização das escolas por agrupamentos, o que virá a facilitar o posterior passo
no sentido da privatização das escolas; a mesma via que precarizou o vínculo dos funcionários
públicos ao Estado, tornando-os, a maioria, em “contratados de trabalho por tempo indeterminado”, rebaixando
o estatuto social dos professores, a meros “ocupadores” de alunos – passavam a tratar
da famosa ocupação plena dos tempos livres, quando o seu papel não é,
meramente, ocupar alunos, mas sim ensinar saberes relevantes, divulgar cultura, ciência, arte e
desporto; congelou-lhes as carreiras; deixou de lhes pagar pela correção de exames, ao contrário do que se faz nos outros países; transferiu custos para muitos professores ao fazer com que tivessem de circular entre várias escolas de um mesmo agrupamento. Em curtas palavras, o ministério educativo de Sócrates tentou
arrastar os professores para a lama. Tentou, debalde, rebaixá-los socialmente.
Não conseguiu porque eles lutaram, e bem, e a maioria dos portugueses os tem em
grande consideração.
Mas no ministério educativo de
Sócrates nem tudo foi mau: distribuiu computadores pelos alunos e professores
- os famosos Magalhães, entre outros -, inclusive a alguns que nunca tinham
utilizado um, e equipou escolas. Diminuiu o número máximo de alunos por turma e
abriu a escola aos adultos – os famosos Cursos de Educação e Formação e os cursos
de Educação e Formação de Adultos, enquadrados pelo programa Novas Oportunidades. Introduziu o ensino
do Inglês no Primeiro Ciclo, alargou a rede pública de educação Pré-escolar. Além disso, investiu nalgumas escolas
reparando-as, modernizando-as, dotando-as de novos equipamentos, …Pelo menos era
essa a intenção, até chegarem os delinquentes.
Os delinquentes chegaram e
pararam tudo – não havia dinheiro, diziam – e ao invés de investirem na Escola Pública, desinvestiram. Agravaram as condições de trabalho nas escolas públicas, aumentaram o número de tempos lectivos nos horários dos
docentes, aumentaram o número máximo de alunos por turma (quando o Governo
anterior, o tinha diminuído). E, contrariando as orientações do memorando da troika (porque aqui lhes convinha), aumentaram a transferência de dinheiros públicos para os colégios privados –
para isto já havia dinheiro.
São delinquentes, pois claro,
porque a sua intenção evidente é a de favorecer negócios privados, que envolvem empresas
de amigos, conhecidos, influentes e grupos de interesse dos colégios privados. Para estes
delinquentes é preciso que a Escola Pública e a Universidade Pública se degradem, para que a Privada se torne mais apelativa, apetecível e lucrativa. Para estes
delinquentes, o ensino e a educação escolar são ainda um rico filão à espera de
ser explorado. Há que prepará-lo para a rapina.
domingo, novembro 10, 2013
A comercialização da estética e a prostituição publicitária
A comercialização da
estética, a sua redução a kitsh,
contam-se entre os traços marcantes das culturas capitalistas. Shakespeare e
Kant servem para vender sabonetes. Um tema de Haydn é convertido em refrão que
acompanha o lançamento de um novo modelo de peúgas. Os textos, a música em
causa, prestar-se-iam, em certo sentido, a uma tal prostituição? As ironias
aqui são profundas.
George Steiner, Gramáticas da Criação
Muito antes desta constatação de
Steiner, Fernando Pessoa tinha sido alertado por um amigo para o possível destino
que a sua obra – Mensagem – teria, caso
lhe desse o nome inicialmente pensado, “Portugal”. É que nem “Portugal”, nem a
sua maior Dinastia, escapavam já à prostituição publicitária da cultura
capitalista da época e ao kitsh (curiosamente,
tal como Steiner, também Pessoa relaciona esse uso publicitário, por ser mais
do que abusivo e empobrecedor, à prostituição).
Fernando Pessoa, AQUI
Em suma, a relação entre o
capitalismo e a cultura equipara-se à relação entre o proxeneta e a prostituta,
“em certo sentido”. A cultura só ao capitalismo interessa na medida em que ele pode
ganhar dinheiro com a sua comercialização. Fernando Pessoa não queria que a sua
“Mensagem” se prestasse a tal tratamento.
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domingo, novembro 03, 2013
Desarmadilhar o futuro
Diz o caro Rogério, do blogue Conversa Avinagrada, em comentário
ao post anterior, que o futuro virá
atrás de um punho cerrado, se cerrarmos os punhos.
O futuro virá atrás de um murro de revolta se não for
desarmadilhado, ou de um ruidoso murro dado numa mesa, por algum Sebastião
iluminado, populista, que gritará “Basta!”, um ditador... Estaremos ainda a
tempo de o evitar?
O futuro, longe de ser uma pomba,
parece ser uma bomba. Uma bomba nuclear, demográfica, ambiental, económica,
social...São essas as ameaças que pairam sobre as nossas cabeças e que se têm
acumulado. O futuro já vai explodindo por aí, por esse mundo fora e por aqui,
por Portugal. Que futuro mora no Bairro do Lagarteiro, ou noutros bairros como
esse, só para dar um exemplo? O futuro poderia ser uma pomba, mas armadilharam-no
como uma bomba.
sábado, novembro 02, 2013
O futuro
Nunca esteve tanto nas nossas mãos, mas as nossas mãos nunca foram tão ignorantes sobre se afagam uma pomba ou uma bomba.
Boaventura de Sousa Santos, Pela Mão de Alice, 9ª ed. Afrontamento, 2013, p.54
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quarta-feira, outubro 16, 2013
Enquanto isso, na América
Enquanto isso, na América
trava-se uma batalha épica, uma espécie de contra-ofensiva desesperada, uma “Batalha
das Ardenas” contra a vaga neoliberal que tudo invade. Obama, contra a corrente
principal que se faz sentir no mundo, e também em Portugal, que visa a desagregação
do Estado Providência, tenta impor o ObamaCare,
e, dessa forma, democratizar o sistema de saúde Norte-americano, abrindo a
prestação de cuidados de saúde aos que no actual sistema se veem privados
desses cuidados, em suma, aos mais pobres e classes médias endividadas, aos que não têm dinheiro
para pagar às poderosas seguradoras pelos tratamentos necessários.
Esta gente contra a qual Obama
actualmente se bate – os do Tea Party
do Partido Republicano - não brinca em serviço na defesa das classes mais ricas
(move-os na verdade uma visão de classe). Recentemente votaram uma lei que
implica a retirada das senhas de alimentação do programa Federal a mais de 3,4
milhões de pobres em 2014. Outro insulto aos pobres noticiava o editorial do New York Times de 20 de Setembro.
O desfecho deste braço-de-ferro é
de extrema importância, pois não é só o ObamaCare
que está em causa. É a própria sobrevivência da democracia, na verdadeira
acepção da palavra.
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terça-feira, outubro 15, 2013
O novo colonizador
Sonhais ainda com guerras coloniais, José Eduardo?
Eram outros portugais, José Eduardo.
Por muito que secretamente o desejes, já não nos encontrarás
nesse mister de matar e morrer. Estamos curados disso e muito tempo passou.
Aí
já não nos encontrarás.
Agora tu, José Eduardo,
Numa irónica reviravolta do destino,
tornaste-te o vil colonizador do teu próprio povo,
que jamais medrará
sob a tua cleptocrática sombra.
segunda-feira, outubro 14, 2013
Ainda por cumprir e já noutro filme
«Assim, como atrás referi, as duas mais importantes promessas da
modernidade ainda por cumprir são, por um lado, a resolução dos problemas da
distribuição (ou seja, das desigualdades que deixam largos estratos da
população aquém da possibilidade de uma vida decente ou sequer da
sobrevivência); por outro lado, a democratização política do sistema político
democrático (ou seja, a incorporação tanto quanto possível autónoma das classes
populares no sistema político, o que implica a erradicação do clientelismo, do
personalismo, da corrupção e, em geral, da apropriação privatística da actuação
do Estado por parte de grupos sociais ou até por parte dos próprios
funcionários do Estado).»
Boaventura de Sousa
Santos, Pela Mão de Alice, O Social e o Político na Pós-Modernidade,
8ª ed., Edições Afrontamento, 2002, (na página 88).
Desconheço se Sousa Santos já o
teria escrito aquando da primeira edição, em 1994. Se o fez, passaram então
dezanove anos. Neste ínterim o mundo mudou, para pior, e, em vez de nos
aproximarmos progressivamente do cumprimento das promessas por cumprir da modernidade,
afastámo-nos delas à velocidade da luz. Volvidos estes anos, em Portugal,
semiperiferia (sempre semiperiferia!) cada vez mais periférica, a conversão das
elites governantes e dos seus partidos à doutrina neoliberal pós-moderna, agravou
os problemas da distribuição e afastou-nos da democratização política do sistema
político democrático, ao ponto de se voltarem a ouvir por aí as famosas
grandoladas (inclusive na Assembleia da República, a Casa da Democracia).
A modernidade ficou por cumprir
neste país e a modernização é uma gargalhada.
A pós-modernidade abalroou as
promessas incumpridas da modernidade como uma locomotiva abalroa um camião.
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domingo, outubro 06, 2013
Tangerinas de Tânger, laranjas de Portugal
Quanta história se
cruza nas ruas de Tânger – até a fruta que recebeu nome da cidade fala de
séculos de intercâmbios comerciais e choques culturais. E por causa das frutas,
e da geografia cultural que representam, vem-me à memória uma conversa uma vez
num mercado do Irão. Eu que explicava que era de Portugal. O vendedor de fruta
mostrou-me uma laranja e sorriu: “Ah, portugália”. O nome para “laranja” em
persa era “portugália”.
Tangerinas de Tânger,
laranjas de Portugal – e pelo meio um estreito de mar com a largura de um
milénio de desconfianças, preconceitos, ódios e guerras. Que estúpidos que são
os homens e as coisas em que acreditam.
Gonçalo Cadilhe, África Acima, Oficina do Livro, 2007,
pp. 197-198
***
O livro de Gonçalo Cadilhe é para
ler com o auxílio de um bom atlas ou mapa e de uma lupa, para podermos acompanhá-lo no
seu percurso e localizarmos as cidades que atravessa. Li-o num ápice. Consegue
transportar-nos para África, é divertido e faz pensar. Agradeço ao autor.
***
Curiosamente acabei de ler o
livro numa semana marcada pela tragédia (mais uma) que se abateu sobre centenas
de africanos que tentavam alcançar a ilha de Lampedusa num barco que ardeu e se
afundou. Morreram centenas de imigrantes, incluindo mulheres grávidas.
Prenhes de África, esperançosas de Europa. Que problema este. Que tragédia.
Estamos pois, muito longe desse
tão apregoado mundo plano, aplanado pela globalização, onde supostamente
existiria igualdade de oportunidades para todos. A globalização capitalista não
é solução porque gera enormes desigualdades socio-económico-espaciais –
polarizações, chamam-lhe os sociólogos - e são estes diferenciais que estão na
origem de todos fluxos, no caso, fluxos de desesperados que pagam muitas vezes
com a vida, a ousadia de sonharem com outra existência, mais promissora do que
a que lhes é oferecida nos poeirentos campos de África.
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